Nos anos 70 e 80, quando a importação de veículos era proibida no Brasil, o paulista Antonio Carlos Avallone foi um dos que apostaram no mercado de réplicas e carros especiais. Aproveitando sua experiência na construção de carros de corrida, fabricou a partir de 1974 réplicas do MG TF (equipadas com motor de Chevette e, depois, Opala). É de se recordar que o modelo inglês MP Lafer também teve réplicas no país, só que estas eram com motor traseiro e mecânica Volkswagen. Avallone deixou de fabricar suas réplicas em meados dos anos 80, por absoluta inviabilidade econômica. Havia excesso de encomendas do exterior e falta de capital de giro para atendê-las.
Embora sem dados concretos, estima-se que foram produzidas apenas 72 unidades do Avallone. Dono da réplica que leva o número 32, o colecionador Roberto Polatti assegura que bem poucas ainda se encontram em seu estado original. Tanto Polatti e Gil Leão argumentam que a principal qualidade do Avallone é que apesar de ser uma réplica segue rigorosamente todas as medidas e detalhes do carro original. O modelo encanta por seu desenho, que mistura linhas clássicas e esportivas. A frente é marcada pelos cromados da imponente grade, pára-choque e o conjunto de faróis. Os longos pára-lamas em forma de onda são marca registrada do modelo de duas portas e dois lugares, assim como as rodas raiadas. Outro toque de sofisticação do modelo é o painel, feito em madeira raiz de nogueira. O volante de três raios e os instrumentos do painel enfatizam o estilo esportivo
Com mecânica Chevette, o Avallone utiliza motor dianteiro e tração traseira. O chassi tem duas longarinas perimetrais e duas centrais, formando um Y para acomodar o motor. A suspensão dianteira é independente com triângulo superior e braço inferior. Na traseira, a suspensão é de eixo rígido, molas helicoidais e trava transversal do tipo Panhard.
Gil Leão conserva o seu modelo há 10 anos. Durante este tempo praticamente refez o carro e ainda busca alguns detalhes, para deixá-lo o mais próximo possível do original. Embora seja nacional, o esportivo traz vários componentes importados como trinco, tampa de combustível, lanterna, instrumental e distintivo. Para Polatti, que encontrou o seu Avallone há menos tempo, o prazer é de ir encontrando as peças originais pelo mundo afora. "Os faróis, por exemplo, são da francesa Marchal e os pneus com faixa branca são encontrados apenas na Coreia", diz.
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