![O eterno duelo entre Toyota Corolla e Honda Civic em 9 verdades e 1 mentira Toyota Corolla e Honda Civic travam um duelo pela preferência do consumidor de sedãs médios no Brasil. | Bruno Guerreiro/ Ali Studio](https://media.gazetadopovo.com.br/2017/05/72dcf21147493c56ab670e5e91c88a71-gpLarge.jpg)
A Toyota reforçou recentemente o time que está ganhando. Líder absoluto do segmento nos últimos três anos, o Corolla ganhou no Brasil uma reestilização para tentar manter a hegemonia. Só que o arrojado Honda Civic é um adversário de peso.
Fizemos um comparativo entre as versões mais procuradas dos dois modelos: o Corolla XEi e o Civic EXL. Quem leva essa briga?
Antes de pontuar o comparativo, resolvemos entrar na brincadeira que tomou conta das redes sociais nos últimos dias: 9 verdades e 1 mentira. Leia os fatos e lembre-se que apenas um é mentira!
- A versão XEi do Corolla é a mais procurada nas lojas.
- O Corolla perdeu a liderança três vezes entre 2007 e 2016. De 2007 para cá, mais de 600 mil unidades do Corolla foram emplacadas – contra pouco mais de 400 mil do Civic.
- Na última década, o Civic vendeu mais que o Corolla somente em três ocasiões: 2007, 2008 e 2013.
- O Honda Civic EXL passa dos R$ 100 mil.
- No ano passado, o Toyota dominou o segmento com 44,2% de participação e foi o 5.º veículo mais vendido do Brasil entre todas as categorias.
- A cada 15 segundos um Corolla sai do forno no mundo. Ao todo, 16 fábricas produzem o carro.
- Rodas 17”, motor 2.0 flex e câmbio CVT são similaridades entre os atuais Corolla XEi e Civic EXL.
- O Toyota é apelidado de “Vovôrolla” no Brasil.
- O Corolla vence o comparativo a seguir.
- Além de constatar qual é o fato que tem a perna curta, nas próximas linhas você verá o que o 'cinquentão' Corolla fez para tentar rejuvenescer e os novos itens que ele ganhou. Quer saber se os novos truques são suficientes para vencer a nova geração do Civic? Confira!
TOYOTA COROLLA
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O Toyota Corolla tem muitas qualidades. Não é à toa que ostenta mais de 44 milhões de unidades vendidas globalmente e nem é por acaso figurou entre os cinco automóveis mais emplacados no Brasil em 2016.
E o facelift só melhora as coisas. O sedã aplicou botox na face, turbina a lista de equipamentos (sete airbags e controles de estabilidade e tração são de série).
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Quando foi lançada a linha 2018, a versão XEi (a mais vendida) custava abaixo dos R$ 100 mil, mas a gama recebeu reajuste na semana passada e a configuração pulou para R$ 103.990. O Civic equivalente em equipamentos é o EXL, que custa mais (R$ 105.900).
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Por ser discreta, a reestilização não atiçou a curiosidade de quem olhava o novo sedã na rua. Mas ela dá um frescor estético ao senhor de 50 anos – principalmente na dianteira. O design continua conservador, é verdade, mas já é alguma coisa.
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Outro ponto positivo é o extremo conforto, item muito apreciado por quem compra o três volumes. Nem mesmo a substituição das rodas de 16” por 17” (a partir da configuração XEi) comprometeu a suavidade.
O novo tamanho dos calçados exigiu nova calibração da caixa de direção. Só que ela também não altera a leveza ao fazer manobras e a firmeza necessária ao contornar viadutos ou cruzamentos.
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A parte mecânica não traz novidades. O motor 2.0 flex, inclusive, garante maior desempenho que o 2.0 flex do Civic. As retomadas do Corolla são mais robustas. Nada que o atual ou um futuro proprietário – dos dois modelos, diga-se – esteja preocupado.
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Na batalha dos câmbios CVTs com simulação de sete marchas, o Corolla vence. O comportamento da caixa é mais natural que no Civic. As marchas virtuais são mais perceptíveis, sobretudo quando você aciona o motor Sport.
Você só vai se dar conta de que se trata de um câmbio continuamente variável caso finque o pé no acelerador. Aí não há milagre. A rotação vai às alturas e o som do motor invade a cabine.
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A marca, inclusive, reforçou o isolamento acústico ao adicionar uma camada de borracha no revestimento do painel corta-fogo e colocar feltro nos painéis das portas. E funcionou. Os números de ruído são melhores que os do Civic.
De quebra, a Toyota tem sua confiabilidade e o baixo custo de manutenção. Ao final dos 60.000 km, você terá gasto R$ 3.250 com revisões – as manutenções do Civic são mais caras.
Até aqui foram só elogios. Vamos aos pontos fracos. O espaço interno é um deles. O Honda é mais largo por dentro (+ 4 cm), tem mais área para os joelhos de quem senta atrás (+ 1 cm) e o porta-malas engole 519 litros – contra 470 l do Toyota. O Corolla também não conseguiria acompanhar o Civic em uma pista.
A suspensão (independente na dianteira e eixo de torção atrás) consegue dar dinâmica ao sedã até certo ponto. Depois daí ela não segura o modelo em uma tocada mais entusiasmada.
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Somando isso a direção leve, a resultante a que chegamos é de que é melhor só ir visitar os filhos/netos ou ao supermercado.
O modelo ainda precisa de mais espaço para frear que o Civic. Por fim, o consumo de combustível. A diferença é pouca, mas o Corolla registrou média de 11,5 km/l com etanol no tanque. No Civic foi possível rodar quase 12 km com um litro de etanol no tanque.
Em 2019, o sedã da Toyota entra na 12.ª geração e adota a moderna arquitetura TNGA.
HONDA CIVIC
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São R$ 2 mil extras para levar o sedã da Honda, eu sei. Só que logo nos primeiros segundos dentro do carro você vai perceber que valeu a pena ter gasto um pouco a mais.
Antes de falar da cabine, vamos comentar o ousado design da 10.ª geração. Meses após o lançamento, o carro ainda atrai olhares por onde passa.
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Os japoneses se desprenderam do estereótipo conservador e arriscaram nas linhas esportivas – principalmente com as lanternas “bumerangue”. Talvez esse seja um dos motivos de vender menos que o rival. Aqueles que ainda procuram carros desse segmento não são habitué de pular de bungee jump, né?
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Ao entrar no Civic você vai sentir falta do painel de dois andares ao melhor estilo ônibus londrino. Em compensação, há uma tela TFT no centro do cluster. Ela é digital e projeta inúmeras funções, como velocímetro, computador de bordo, conta-giros e mais uma meia dúzia de funções. Melhor que essa você só vai encontrar em Audi.
A qualidade, escolhas de materiais e a finalização do interior faz o Honda se tornar uma bela opção de compra. Tudo é pensado na cabine.
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Quer dizer, quase tudo. A segunda entrada USB (a primeira é no console central) e a HDMI, para espelhamento de smartphones, são escondidas na altura do seu joelho, bem embaixo da tela multimídia. Localizar e acessar ali é complicado.
Outro incômodo é a sistema de entrenimento de ambos os carros. Elas têm duas coisas em comum: telas sensíveis ao toque de 7” e interação ruim. O simples trocar a estação do rádio ou até mesmo aumentar/diminuir o volume é difícil. O Toyota Play, do Corolla, que veio da linha Hilux e SW4, consegue ser pior.
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Nos itens de série, as duas versões vêm bem completas. O freio de estacionamento eletrônico e os bancos de couro presentes no Civic EXL são itens que Corolla XEi não traz. O Toyota, por sua vez, vem com sete bolsas de ar desde a versão de entrada – no Honda são seis – e botão de partida.
Luzes diurnas, rodas de liga leve de 17”, direção elétrica, chave canivete, câmera de ré e função Eco se fazem presentes nos modelos. O Honda leva vantagem no porta-malas – 519 litros a 470 l. O Civic ainda é mais gostoso de dirigir.
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A suspensão traseira independente confere uma superioridade dinâmica sobre o Corolla. Em situações que o Civic é exigido, ele tem maior tempo de apoio no chão do que o conjunto de eixo de torção do rival.
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Bom, melhor acabamento, espaço interno, porta-malas, equipamentos e design são alguns quesitos que fazem o Honda Civic vencedor deste comparativo. Porque se fosse pelo desempenho e emoção da dupla 2.0 flex, de 155 cv, e câmbio CVT... No 0 a 100 km/h o Civic leva 10,3 s – o Corolla crava em 10 s. O sedã da Toyota é melhor também em retomadas de velocidade e no isolamento acústico. O Honda freia melhor e bebe ligeiramente menos.
O cinquentão Corolla pode vender mais, porém o Civic é um carro melhor. E isso não é nenhuma mentira...
GANHADOR
Por ser um carro mais bem acabado, com uma estética que surpreende, boa dose de itens de série e um powertrain satisfatório, o Honda Civic EXL sai vencedor deste comparativo. O Toyota Corolla XEi se aproxima do rival nessa reestilização. Mas a geração 10 do Civic leva pelo conjunto da obra.
CONCLUSÃO
No frenesi dos utilitários compactos no Brasil, os dois sedãs resistem e são excelentes compras. Ambos gozam de prestígio, confiabilidade mecânica e o forte pós-venda inerentes às duas fabricantes. O Honda leva a melhor nos detalhes. Mas os dois são boas opções de conforto e equipamentos.
PONTO A PONTO
Corolla | Civic | |
Preço | 10 | 9 |
Preço de revisões (manutenções até 60 mil km) | 10 | 9 |
Acabamento | 9 | 10 |
Equipamentos de série | 10 | 10 |
Seguro no 1.º ano | 10 | 9 |
Garantia de fábrica | 10 | 10 |
Consumo médio | 9 | 10 |
Espaço interno | 9 | 10 |
Porta-malas | 9 | 10 |
Motor | 10 | 10 |
Câmbio | 10 | 9 |
Segurança | 10 | 10 |
Design | 8 | 10 |
Desempenho | 10 | 9 |
Multimídia | 9 | 10 |
Total (150) | 143 | 145 |
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