A trégua dada pela chuva parece que chegou ao fim. Nos últimos dias ela voltou com toda a força na grande Curitiba. A previsão do Simepar, órgão responsável pelas informações sobre o clima, é de mais pancadas para hoje e nos próximos dias. Por isso, se você sair de casa motorizado tome alguns cuidados para não ser surpreendido pelos riscos que acompanham esse cenário típico dos dias de verão.
Os temporais nessa época do ano costumam ser passageiros, porém, às vezes duram tempo suficiente para causar alagamentos e inundações. E a chance de um carro ser danificado por causa desse problema é uma realidade que deve ser levada a sério.
Um pequeno alagamento, por exemplo, que alguns consideram uma boa oportunidade para lavar as rodas e a parte baixa do veículo, pode resultar num grave enguiço conhecido como calço hidráulico. O fenômeno ocorre quando o motor aspira água em vez de ar geralmente pelo sistema de ventilação forçado do cárter (respiro) posicionado abaixo da linha dos faróis ou pelo duto do filtro de ar. "A água preenche a câmara de combustão e o carro morre na hora. Ao dar partida novamente ou tentar pegar no tranco, os pistões sobem e encontram a resistência da água, que não tem para onde fugir. Ela então força a biela, que chega a entortar ocasionando o calço hidráulico. Uma biela quebrada também pode resultar numa trinca no bloco", explica Adir Francisco Gnoalto, proprietário da Auto Mecânica Adir, no Prado Velho, em Curitiba. "Nesse caso só a retífica dá jeito, o que significa um gasto médio de R$ 3 mil", acrescenta.
Segundo Gnoalto, numa situação de alagamento ou inundação em hipótese alguma deve-se ligar o veículo caso ele tenha apagado. O correto é empurrá-lo para fora da água e chamar um guincho ou então secar as peças do motor com um pano e ar comprimido, encontrado nos postos de combustíveis. "Com isso, a avaria no motor será mínima, exigindo apenas a secagem das peças para que volte a funcionar normalmente", salienta. O custo para recuperar o motor "afogado" varia de R$ 500 (serviço simples) a R$ 5 mil (quando atinge componentes eletrônicos mais sofisticados, exemplo dos carros importados).
Danos
Passar em alta velocidade numa simples poça d'água também pode resultar em algumas horas parado, principalmente se o carro possui distribuidor (componente que direciona a corrente elétrica enviada pela bobina para o cilindro). "Há risco desta peça umedecer e cortar a corrente. O motor, então, deixa de funcionar. Um pano seco resolve o problema", aconselha Joarez Sofiste, dono da Sofiste Mecânica, Lataria e Pintura, no Cristo Rei.
Caso não dê para desviar das vias inundadas, a recomendação é que observe antes a distância do trecho coberto e o nível da água. Se possível espere um carro maior passar para ter uma noção da profundidade do local alagado. A travessia é permitida se o nível da água não ultrapassar a metade da altura da roda. É importante manter a velocidade baixa, de preferência usando a primeira marcha, para evitar que as ondas levem a água à entrada do filtro de ar. "Mesmo assim existem veículos que possuem conectores elétricos em baixo do assoalho que poderão ser contaminados, além de afetar rolamentos e freios", ressalta Sofiste. Ele atenta para a checagem dos freios sempre que sair de trechos alagados.
O excesso de água nas vias também encobre os buracos, criando armadilhas para os motoristas. No carro, quem sofre são as rodas e a suspensão. A queda nas crateras pode amassar os aros, cortar os pneus, além de empenar as bandejas de suspensão. O sistema de direção também pode ser atingido, desalinhando com o choque. "Para evitar maiores prejuízos, mantenha os pneus sempre calibrados e evite frear quando cair nessas crateras. Quando o carro cai em um buraco com as rodas travadas o impacto da batida é bem maior, além de causar sérios danos ao veículo", orienta Alberto Mendes, proprietário da KLS Mecânica de Suspensão,
Serviço: Auto Mecânica Adir Tel.: (0XX41) 3333-7338. Sofiste Mecânica Tel.: (0XX41) 3264-3902. KLS Mecânica de Suspensão Tel.: (0XX41) 3276-5545.
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