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De repente o ronco do carro se altera, o cheiro de fumaça toma conta do interior do veículo e da parte traseira vem um barulho de batida que mais parece uma escola de samba. Pronto. São sintomas de que alguma coisa não vai bem no sistema de exaustão, mais conhecido como escapamento.

Esquecido pela maioria dos proprietários de carro, o componente só é lembrado quando começa a deixar pedaços pelo caminho. Para evitar que esses problemas ocorram, é recomendável checar o mecanismo pelo menos a cada seis meses.

O escape tem como principal função eliminar os gases queimados, que saem dos cilindros, além de deixar o ruído do motor dentro do nível determinado pela lei (máximo de 86 decibéis). Ele é formado basicamente por quatro peças: saída do motor, catalisador, abafador e silencioso (parte final do escape). Segundo Ânderson Ricardo Carvalho, técnico da Escapamentos Zezus, no Xaxim, em Curitiba, quando um deles apresenta qualquer dano, a única solução é a troca da peça. "O componente que mais estraga é o silencioso. É nele que se acumulam os resíduos do combustível de má qualidade que é vendido no Brasil. Os solventes encontrados na gasolina adulterada e a mistura do álcool na gasolina são os principais vilões do sistema", diz o funcionário, afirmando que a vida útil da peça, em média, não ultrapassa dois anos.

Uma das maneiras de se notar a deterioração do silencioso é olhar o chão ao parar o veículo. Se formar pequenas manchas "de água" significa que equipamento está corroído. O técnico não aconselha remendos para tapar os furos. "A solda só fará o reparo por fora. Internamente, o componente continuará podre, não corrigindo o desgaste".

Na Zezus, para trocar o silencioso o cliente irá desembolsar em média R$ 65 num carro popular – categoria mais suscetível à corrosão do equipamento. Com a troca também do abafador, o custo subiria para R$ 130. Já nos veículos médios, o preço do conjunto silencioso/abafador pode chegar a R$ 225. Ligar e desligar

De acordo com Cleverson Ferreira da Silva, repositor da Centauro Escapamentos, no Portão, a freqüência no uso do carro é outro fator que influencia na conservação do acessório. Quanto mais quente o escape, mais tempo irá durar, pois estará expelindo ou evaporando o líquido corrosivo. "O hábito de ligar e desligar o veículo em intervalos reduzidos só encurtará a durabilidade do sistema", ressalta.

O profissional salienta que manter também o carro muito tempo parado, na garagem, por exemplo, faz com que se junte umidade no abafador, corroendo-o de dentro para fora. Por isso, quando se olha externamente, não se percebe o desgaste", ressalta.

Localizado na saída do coletor de escape, o catalisador ‘purifica os gases poluentes’ por meio de reações químicas. E exige cuidados especiais, como manter o motor bem regulado, não fazer o carro ‘pegar no tranco’, para que não entre gasolina sem ser queimada pelo sistema de escapamento, que poderia danificá-lo irremediavelmente.

Carlos Alberto Rolim, proprietário da Bruno Escapamentos, no Cabral, lembra que o equipamento trabalha em alta temperatura, atingindo de 350 graus centígrados (cidade) a 700 graus centígrados (rodovia). Portanto, é aconselhável evitar transpor ou parar em áreas alagadas, sob o risco de ocasionar um choque térmico devido ao contato repentino com a água. Isso pode trincar a parte interna, feita em cerâmica, fazendo com que ele deixe de funcionar.

"Preste atenção também para não estacionar sobre grama, folhas secas, papel, etc., pois pode provocar um princípio de incêndio. A combustão ocorre porque, ao parar o carro, devido à falta de ventilação embaixo, a temperatura tende a subir ainda mais", avisa.

O preço do catalisador varia de R$ 350 (ex.: Gol quadrado) a R$ 900 (ex.: Audi e Golf). A garantia geralmente é de um ano.

Serviço: Bruno Escapamentos – Fone (0XX41) 3016-5300. Centauro Escapamentos – Fone: (0XX41) 3246-8884. Escapamentos Zezus – Fone: (0XX41) 3275-6662.

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