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A auxiliar de enfermagem Anapaula de Fátima Nascimento, de 24 anos, moradora na Fazendinha, em Curitiba, é uma prova de que o cinto de segurança aumenta em 50% a proteção durante um acidente grave e que sem ele a chance de se salvar é uma em 1.000, conforme revelam estatísticas do Ministério da Saúde.

Graças ao equipamento, ela sobreviveu a um trágico acidente ocorrido em julho do ano passado. Anapaula era a passageira do amigo Thiago Cristiano Pereira, de 20 anos, que conduzia o Uno de volta para o bairro depois de um passeio em Santa Felicidade. Diante de uma forte neblina, ele perdeu o controle do veículo quando estava a 1,5 quilômetro de casa, no Contorno Sul, vindo a se chocar a mais de 100 km/h com o meio-fio. O Fiat capotou várias vezes até parar praticamente dentro da casa de um morador da região.

Como não utilizava o cinto, Thiago foi arremessado do automóvel, caindo em cima do telhado da residência. "O corpo dele foi projetado tão alto que atingiu os fios de telefonia no poste, arrebentando-os. Ainda quebrou o telhado de eternit e só parou no forro da casa", lembra Anapaula, que teve lesões leves. Thiago não resistiu aos impactos e faleceu após ficar dois dias em coma.

"Poucos dias antes havia completado o curso de direção numa auto-escola e uma das coisas que aprendi foi a de sempre utilizar o cinto e de maneira correta, com a faixa diagonal passando sobre o ombro e a horizontal na região da pélvis. Foi essa consciência que me salvou", ressalta.

Consciência que ainda falta em muitos curitibanos. Segundo levantamento feito pela Paraná Pesquisas em 2005, um em cada sete motoristas da capital não usava sempre o cinto de segurança, e mais de um quarto envolvidos em acidentes de trânsito não utilizava na hora da colisão.

O número de autuações registradas pelo Detran-PR também comprova a desobediência ao Artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro, que obriga o uso do cinto para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional. De janeiro a outubro de 2005 foram aplicadas 7.132 multas pelo não-uso do equipamento, quase três vezes mais do que o mesmo período de 2004 (2.718). Esse aumento se deve, principalmente, a uma maior fiscalização dos agentes de trânsito. (RT)

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