O ano de 2016 teve despedidas importantes do mercado automotivo. Veteranos deram adeus, abrindo passagem para novidades que já estrearam ou ainda chegarão às lojas.
A crise do setor também forçou algumas marcas a finalizarem a produção de modelos com baixo retorno nas vendas. Há ainda esportivos que saíram de cena discretamente e importados que deixaram de cruzar o Atlântico rumo ao Brasil.
Por isso, fizemos uma lista com 15 carros que deram adeus em 2016 e que agora só será possível comprá-los como seminovos, salvo os que ainda estão disponíveis em estoque de zero km.
A Fiat domina a relação das despedidas. Reflexo da crise do setor e também à chegada de novos produtos, como o Mobi, e a renovação da frota prevista para 2017.
LEIA MAIS: Fiat confirma novos hatch e sedã que vão aposentar quatro modelos; saiba quais
RENAULT CLIO
O hatch despediu-se para abrir espaço ao subcompacto Kwid, que será feito em São José dos Pinhais e começa a ser vendido no primeiro trimestre de 2017.
O Renault Clio foi descontinuado na fábrica da Argentina, de onde vinha para o Brasil. Foram 550 mil unidades produzidas entre 2000 e outubro deste ano.
LEIA MAIS: Renault Kwid será o primeiro ‘popular’ com airbags laterais de série
A trajetória do clássico no mercado brasileiro durou 16 anos. Chegou a ser considerado um modelo premium quando foi pioneiro no segmento a vir de série com airbag duplo frontal, no início da década passada.
Não passou da segunda geração por aqui, enquanto que na Europa está na quarta geração e com um projeto bem moderno.
CHEVROLET CLASSIC
Ao lado do Clio, era um dos poucos veteranos ainda na ativa. A aposentadoria do Classic no Brasil saiu em agosto após 21 anos ininterruptos de mercado.
Nessas duas décadas de mercado, o Corsa Sedan/Classic teve motorizações 1.0 e 1.6. A nome Classic veio em 2003, ainda com as duas opções de propulsores. Mas, logo resumiu ao de menor cilindrada. Chegou a ter uma versão automática de quatro marchas em 1997.
O posto de carro entrada da marca passou para o Prisma Joy (R$ 43.590), única versão a manter o visual antigo do sedã compacto.
FIAT IDEA
A minivan saiu de fininho, depois de 11 anos de atuação por aqui. A produção foi paralisada na metade do ano em Betim (MG) e não mais retomada.
O carro faz parte do pacote de modelos que a Fiat pôs um ponto final já com a estratégia de restruturação da gama em 2017. Porém, o carro ainda não tem um substituto anunciado.
Desenhada por Giorgetto Giugiaro, famoso designer de automóveis, o Idea foi o escolhido para transportar o Papa Francisco em sua visita ao Brasil, em 2013.
FIAT BRAVO
Outro do pacotão da Fiat que teve a produção finalizada em Betim (MG) no meio do ano. Não há um substituto oficial para ele, já que o hatch que estreará no próximo ano tem tamanho mais compacto que o Bravo.
Há rumores de que o Tipo europeu ocuparia essa lacuna, mas não há nada oficial pelos lados da fabricantes italiana.
O fim do Bravo está atrelado também à baixa demanda de mercado. Nunca foi um campeão de vendas e os últimos anos estava ‘agonizando’. Foram seis anos de existência entre nós.
FIAT LINEA
O sedã se juntou à turma de aposentados neste ano da Fiat. Para o seu lugar já está definido a vinda do, por enquanto, X6S - código do projeto que a montadora confirmou para 2017.
A novidade terá produção argentina e forte inspiração visual no Tipo europeu.
O Linea é mais um que ficou à sombra dos concorrentes, mesmo com as inúmeras ações da Fiat em tentar animar as vendas. Entre elas a criação do Trofeo Linea, uma competição monomarca envolvendo o modelo, preparado para voar nas pistas.
FIAT SIENA
Se clicar no site da Fiat perceberá que o sedã compacto não figura mais no portfólio da marca. Ele e o Linea sucumbiram para a chegada do projeto X6S no fim do próximo ano.
Até lá, o Grand Siena será a única alternativa para a categoria. Tanto que o modelo ganhou a versão 1.0 flex, de 75 cv, além da 1.4 flex, de 88 cv, já disponível anteriormente.
No mercado há 19 anos, o Siena era um dos modelos preferidos dos taxistas. Inclusive, foi o único carro no país a oferecer de fábrica a motorização Tetrafuel - que acrescentava Gás Natural Veicular (GNV) às opções gasolina e etanol.
FIAT PALIO
Com o chegada do Mobi, o veterano compacto perdeu espaço no varejo. Acabou descontinuado para a venda à pessoa física, ficando restrito a encomendas feitas por frotistas.
A versão lançada em 2004, utilizando ainda a plataforma da primeira geração do Palio, de 1996, ainda era encontrada na loja devido à retração da economia que abarrotou os estoques de fábrica e das concessionárias.
FIAT DOBLÒ CARGO
Mais um modelo que sumiu do site. Desde o lançamento do novo Fiorino, em 2013, a versão comercial do furgão foi gradativamente perdendo mercado.
Imaginava-se que o Doblò Cargo substituiria a Volkswagen Kombi, o que não aconteceu.
Porém, a versão carro de passeio continua firme, sendo uma das boas opções para quem tem família grande.
FIAT PUNTO T-JET
A versão esportiva do hatch saiu de cena sem muito alarde. Deixou de ser oferecida em junho devido a pouca procura, na mudança do Punto para a linha 2017.
Era um modelo interessante para quem buscava um carro com um pegada esportiva, mas o bolso não alcançava os hatches médios. O motor 1.4 a gasolina, de 152 cv e câmbio manual de seis marchas, deixará saudade.
O Punto T-Jet como concorrente diretos o Renault Sandero R.S. e o Peugeot 208 GT.
FIAT UNO VIVACE
O versão de entrada da Fiat não havia sido atualizada como o restante da linha em 2014. Sinal de que os dias da configuração estavam contados.
A sobrevida do Uno Vivace durou até maio deste ano, quando veio o Mobi para ocupar a porta de entrada da marca.
FIAT 500
Deixou de ser importado do México a partir deste ano. O 500 ainda era vendido graças ao excesso de estoque.
A vinda do compacto passou a ficar inviável com a alta do dólar. Chegou a ser vendido por R$ 39 mil em 2011, atualmente começa em R$ 57 mil e pula para R$ 94 mil na versão esportiva Abarth.
Lançado em 2009 no Brasil, o veículo de estilo retrô fez sucesso em 2011 quando a Fiat decidiu trazê-lo do México e também adotar o motor 1.4 EVO 8V flex, de 88 cv, que barateou o preço do veículo.
FIAT FREEMONT
Estreou em 2011 custando R$ 81,6 mil como a variante Fiat para o Dodge Journey. A diferença visual estava somente na grade dianteira e emblemas.
De 2011 a 2015, o Freemont emplacou 22.593 unidades - sendo metade disso (11.330) só em 2012. Neste ano, porém, foram cerca de 500 unidades, o que teria motivado a marca a paralisar sua importação.
O Freemont será substituído pela versão SUV da picape Toro, que estreia em 2018.
PEUGEOT RCZ
Já era difícil ver o esportivo RCZ nas ruas, imagine agora que a Peugeot deixou de importá-lo. Uma pena, pois o visual do carro é bonito e não tem como passar despercebido ao estilo próprio com teto côncavo e perfil baixo.
Desde janeiro não aparecia mais no site da marca. O motor 1.6 THP turbo, de 165 cv e 24,5 kgfm, é gerenciado por um câmbio automático de seis marchas.
VOLKSWAGEN PASSAT VARIANT
Ué, nem sabia que ainda era vendida? Você deve ter se perguntado ao ver a perua na lista. Porém, o Passat Variant continuava tentando sobreviver num mercado que hoje impera a preferência pelos SUVs como sinônimo de modelo espaçoso voltado para a família.
Mesmo a vinda da nova geração do Passat (sedã) não motivou a Volks a manter o modelo. Além disso, o Golf Variant virou a opção da fabricante para que ainda busca um station wagon para colocar na garagem.
GEELY GC2
A pergunta para o Passat Variant também se aplica neste caso. O subcompacto com carinha de ‘panda’ da Geely despediu-se temporariamente do Brasil em abril sem data de retorno.
Foram oito meses de Brasil e algumas dezenas de unidades emplacadas. O carro vinha do Uruguai, onde era montando em regime de CKD. Tinha motor 1.0 de 3-cilindros, que rendia 68 cv.
Custava menos de R$ 30 mil e era bem equipado para o segmento: direção hidráulica, ar-condicionado, volante com regulagem de altura, sensor de ré, travas elétricas, abertura do porta-malas pela chave, regulagem elétrica dos faróis e multimídia com USB e auxiliar.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast