Todo motorista, por mais cuidadoso que seja, está sujeito a imprevistos no dia a dia do trânsito. Uma pequena batida, um arranhão na lataria, um retrovisor quebrado e até avarias mais graves no motor ou no freio. Diante do imprevisto uns recorrem às concessionárias da marca, enquanto outros optam pelas oficinas mecânicas.
Mas encontrar um bom serviço fora das autorizadas nem sempre é uma tarefa simples, principalmente para quem ainda não tem um mecânico ou estabelecimento de confiança.
O preço quase sempre pesa na hora da escolha, mas nem sempre economizar pode ser a melhor opção. É necessário analisar outros critérios que possam afetar diretamente na manutenção, desgaste e até mesmo na segurança dos passageiros.
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“Estrutura, equipamentos de qualidade, profissionais capacitados e boas ferramentas são itens que devem ser notados pelo motorista assim que entrar em uma oficina mecânica. Desta forma, é possível analisar de que forma o seu carro será tratado”, explica Gerson Burin, coordenador técnico do Cesvi Brasil, centro de pesquisa dedicado à segurança viária e veicular, pertencente ao Grupo Mapfre.
Outra questão fundamental a ser considerada é a procedência e qualidade das peças e produtos utilizados para a manutenção ou reparo do veículo. Fique atento, pois a utilização de componentes de segunda linha ou até mesmo falsificados resultarão em uma durabilidade inferior a peças originais, colocando em risco a segurança do automóvel e passageiros.
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Sendo assim, antes de parar na primeira oficina que está na sua frente, confira algumas dicas do Cesvi e da Smartia Seguros Online para escolher um bom estabelecimento.
- Converse com amigos e familiares que têm o seu mecânico de confiança. Toda boa recomendação é bem-vinda, o que atesta o trabalho bem feito e, o melhor, evita o risco de ‘surpresas’ ao buscar o carro na oficina.
- Faça uma pesquisa comparando custos e benefícios antes de fechar qualquer reparo ou manutenção. O cliente deve pedir um orçamento formal e nele deve constar os serviços que precisam ser executados, as peças com defeitos e os valores de cada item, incluindo a mão de obra.
- Verifique a oficina: como é o seu padrão de limpeza, o estado dos aparelhos utilizados pelos mecânicos, organização dos materiais.
- Solicite um documento relatando as condições gerais do carro, como a quilometragem e o nível de combustível. Esta é uma medida que ajuda o condutor a certificar-se que não houve novos danos, como amassados, riscos na pintura e até mesmo equipamentos quebrados no veículo.
- Exija que as peças a serem trocadas no carro sejam itens originais e novos - pois de acordo com o Artigo 21 do Código de Defesa do Consumidor, se o cliente não fala nada a respeito das peças, as mesmas devem ser originais. Se o dono do veículo aceitar o uso de itens recondicionados, deverá deixar uma autorização por escrito com a oficina.
- Confira se a oficina tem total autonomia para a realização dos serviços listados no orçamento, ou necessita também de trabalhos terceirizados. Reparos feitos fora da oficina requerem translado do veículo, o que acaba expondo-o as mesmas condições de uso pelo seu proprietário, como roubo, multa, avarias, entre outros. Lembre-se que a terceirização é uma extensão das atividades praticadas pela oficina, o que significa que deve atender os mesmos quesitos de qualidade, segurança e garantia.
- Todo serviço prestado pela oficina deve ter um prazo de garantia 90 dias, segundo o Procon. Caso algum serviço não saia de acordo com o tratado, ou volte a dar problema, o estabelecimento deve reparar gratuitamente, devolver o dinheiro, ou devolver a diferença de valor entre o que foi contratado e o que acabou sendo executado. Para tanto, é necessário pedir a nota fiscal.
- Fechou o conserto? Após a retirada do veículo, é fundamental rodar e checar o comportamento do carro. Avalie como está o desempenho e se tudo saiu como o previsto.
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