Obra de Domicio Pedroso| Foto: Divulgação/Solar do Rosário

O representante comercial Rafael Luis Zimmermann, 25 anos, tem um carinho especial por Brasília. Encanto que nasceu ainda na infância à bordo de um modelo 78, adquirido zero-quilômetro pelo pai. "Era o carro com o qual eu ia para o colégio e dos passeios em família", recorda.

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Em 2003, comprou um exemplar 79, de 1.600 cc, após três anos de busca. "Meu pai não era saudosista de carros antigos, mas fez questão de aprovar a minha aquisição. E ele era exigente. Foram diversos modelos, alguns que pareciam ter saído do ferro velho, até chegar a atual, na cor beje Ipanema", relata.

Na verdade, Zimmermann diz ter "salvado" a Brasília de perder a originalidade. O antigo proprietário (o segundo), um rapaz de 26 anos, pretendia tuná-la. "Ele confessou que se não vendesse o carro, iria ‘fechar de insulfilme e derrubá-la no chão’. Graças a Deus fechamos negócio antes", conta o morador do bairro Jardins das Américas, em Curitiba.

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Quase impecável, a Brasília, passou por poucos ajuste mecânicos, como troca de amortecedores, pivôs de suspensão e escapamento, além da colocação de pneus radias, mais seguros, no lugar dos originais que eram diagonais com câmara. Como curiosidade, o primeiro dono da Brasília 79 era um senhor de 90 anos que, devido a problemas na vista, não podia mais dirigir e foi obrigado a se desfazer do veículo.