Quem teve um carro a álcool deve se lembrar, ou melhor, "prefere esquecer", a dificuldade de dar a partida do motor em dias frios. A boa notícia é que este fantasma é coisa do passado nos atuais veículos bicombustíveis, que hoje representam mais de 80% dos automóveis vendidos no país. Mas há alguns cuidados que os motoristas devem tomar no período de inverno.
No caso dos modelos flexíveis, merece atenção especial o sistema de partida a frio, aquele tanquezinho adicional localizado junto ao motor que deve estar sempre abastecido com gasolina. "Como o álcool só consegue atingir o ponto de combustão em temperaturas mais elevadas, a gasolina tem o papel de auxiliar no funcionamento do propulsor, principalmente em dias com baixa temperatura", explica Eduardo Campos, engenheiro e gerente comercial da Magneti Marelli, que produz este sistema. Ele alerta ainda que se o tanque estiver vazio ou a gasolina ficar muito tempo sem uso e não for trocada o que pode entupir o sistema por causa da borra que se forma , fica difícil fazer a ignição.
Outro item que merece atenção é a bateria. O motivo, salienta Mário Márcio Tommey, chefe de assistência técnica da divisão Automotive Aftermarket da Bosch, fabricante do equipamento, é que, com a chegada do frio, o motor de arranque passa a exigir mais energia do componente para dar a partida e se a bateria não estiver com capacidade de acumulação, não terá condições de atender à necessidade e poderá arriar de vez. Tommey conta que as baterias têm uma validade de 4 a 5 anos.
Mas quem constatar que a bateria está com problema de carga não deve simplesmente trocá-la. Isso porque, alerta o funcionário da Bosch, o defeito pode estar num outro sistema do carro, o alternador. Vale lembrar que esse componente é responsável por produzir a energia elétrica para todo o automóvel (inclusive recarregar a bateria).
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Fique atento
Confira mais um cuidado que o motorista deve ter durante o inverno:
Responsável por manter a boa visibilidade do vidro traseiro, o desembaçador é um item que também precisa ser inspecionado. Eventuais rompimentos nos filamentos podem prejudicar seu funcionamento. Fusíveis defeituosos e a retirada malfeita de películas escuras são outros fatores que costumam danificar esse sistema.
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Saiba mais
"Chupeta" só em emergências (foto 2)
Quando a carga da bateria acaba, uma solução emergencial já que ela não é recomendada sempre é a popular "chupeta", em que a bateria com problema é recarregada por outra em bom estado. Mas deve-se tomar o cuidado de não inverter a polaridade ao conectar os dois equipamentos. Esse descuido pode provocar a queima de uma central eletrônica. Segundo Beno Hoffmann, proprietário da Auto Mecânica João Hoffmann, oficina em Curitiba, deve-se sempre ligar o polo positivo com o positivo e o negativo com o negativo.
Depois de carregar a bateria, é importante investigar a causa da perda de energia. Hoffmann lembra que, em alguns casos o problema indica que a vida útil do dispositivo está no fim. Em outros, pode ser uma luz interna que ficou ligada por várias horas ou um farol aceso por muito tempo. (RC)
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