O Salão de Detroit (EUA), que teve início ontem e vai até o dia 22, é um evento dirigido para o consumidor norte-americano. Mas isso não significa que ele não atraia a atenção do resto do mundo, afinal várias novidades da feira são lançamentos globais e serão vendidos simultaneamente em outros mercados mundo afora. O brasileiro será o destino de algumas delas.
A nova geração do Ford Fusion, prevista para chegar em agosto, promete esquentar o segmento de sedãs médio-grande no Brasil com seu visual repaginado. Do carro lançado em 2005 nos Estados Unidos e que desembarcou no Brasil no ano seguinte só ficou o nome. A ampla grade frontal com lâminas cromadas, por exemplo, foi trocada por uma maior, em formato hexagonal, inspirada nos Fords europeus, como o Focus de terceira geração. O conjunto óptico ganhou traços mais finos e modernos - as novas lanternas, que agora invadem o porta-malas, deixaram o carro mais bonito do que as antigas triangulares. O motor agora é o EcoBoost (turbo). O Brasil receberá a configuração 2.0 a gasolina, menor que o atual 2.5 flex (que permancerá), porém bem mais potente - 237 cavalos contra 173 cv há ainda a bloco 1.6, de 179 cv. Já a opção V6 foi aposentada. A versão híbrida também deverá seguir a convencional para atualizar o modelo comercializado hoje no Brasil
No estande da General Motors, os holofotes estão voltados para o Sonic. Em solo brasileiro, o carro irá rodar nas carrocerias hatch e sedã, equipadas com um bloco 1.8. Deve se posicionar entre entre o Agile e Cruze hatch -previsto para o primeiro semestre -, brigando com New Fiesta e Hyundai i30. No caso do três volumes, ficará logo acima do Cobalt (veja a avaliação do modelo nas próximas edições).
Os consumidores brasileiros logo verão nas lojas o novo BMW Serie 3, lançado oficialmente no mercado norte-americano. A grande novidade da marca bávara em Detroit, porém, é o ActiveHybrid 3, a versão híbrida de seu sedã de entrada, que também irá aparecer no Brasil num futuro próximo - atualmente o mercado nacional comercializa o ActiveHybrid7. O Hyundai Veloster turbo com motor 1.6 GDi, que desenvolve 204 cavalos de potência, é outro modelo aguardado para o nosso mercado. Mas, por enquanto, não há previsão de chegada ou preço.
A Mercedes-Benz exibe com pompa a nova SL, um dos mais belos esportivos da empresa alemã. O conversível foi renovado em sua sexta geração e lembra o seu irmão mais veloz, o SLS. O modelo surgirá no Brasil no segundo semestre e tem como destaques o Magic Sky Control, recurso que permite aos ocupantes deixar o teto transparente, com pouca sombra ou mais escurecido; e os motores 3.5 V6 (306 cv) e um 4.7 V8 (434 cv).
A MINI aproveita o mostra para apresentar pela primeira vez ao público a versão conversível do Coupé. O MINI Roadster adiciona um toque de liberdade ao carrinho britânico, com a possibilidade de andar de capota aberta. Capaz de levar dois passageiros, ele tem três opções de motores: 1.6 de 121 cv, 1.6 Turbo e 184 cv e 2.0 diesel, sendo a última exclusiva da Europa. O Roadster deve pintar até o fim do ano no mercado nacional. A novidade terá ainda uma versão John Cooper Works, com 206 cv e vocação esportiva.
A Porsche, por sua vez, revela o novo 911 Cabriolet. A sétima geração do lendário cupê foi renovada para o Salão de Frankfurt, em setembro passado, e agora a versão conversível faz sua estreia mundial. O 911 conta com entre-eixos maior e é mais leve que o da geração anterior, e tem duas opções de motores: 3.4 litros, com 350 cv, e 3.8, com 400 cv.
Já o Corolla S, que está sem segundo plano no estande da Toyota, aparece com um possível candidato a desembarcar no Brasil. Na verdade servir de inspiração para o sedã produzido no Brasil, com a adição de um kit esportivo, com mini-saias, spoiler dianteiro e traseiro, aerofólios, rodas diferenciadas e também um novo defletor de ar dianteiro.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião