As rodas de liga leve realmente trazem benefícios ao desempenho ou são apenas um acessório decorativo?
Carlos Henrique dos Santos, de Curitiba.
Resposta
Há quem conheça as rodas de liga leve por rodas de magnésio, embora este metal com raras exceções não mais esteja presente na composição das ligas atualmente empregadas. Elas utilizam uma liga composta por alumínio (para menor peso), silício e ferro (para ganhar resistência), entre outros metais. A menor densidade da liga de alumínio representa, conseqüentemente, menor peso (aproximadamente 30% até 35 %) se comparado com as rodas de aço nas mesmas dimensões e aplicações.
Isso contribui para diminuir o peso não-suspenso do veículo peso de todo componente que não repouse sobre as molas da suspensão, como freios, cubos, rolamentos, rodas e pneus. Também submete o sistema de suspensão a um esforço menor, garantindo uma menor força exercida no volante. Vale lembrar que quanto mais pesada a roda, maior será o esforço para colocá-la em movimento (nas acelerações) ou para cessar o movimento. O oposto (menor peso) significa também menor movimentação de massa, como também menos consumo de combustível e melhor estabilidade na pista.
Em contrapartida, as rodas de liga leve estão mais sujeitas a apresentar trincas em impactos fortes, como num buraco ou meio-fio, em comparação as de aço, mas isso também não quer dizer que estas não possam trincar nas mesmas situações, apesar de o ferro ser mais maleável que o alumínio.
E mesmo quando só amassa, a liga pode-se partir na tentativa de desamassá-la, exigindo a substituição da roda. Dependendo da composição da liga de alumínio a possibilidade de trincar no desamassar é maior ou menor. Fazendo-se uma análise criteriosa da região trincada pode-se soldá-la com total segurança. Outra desvantagem em relação à de ferro está no preço. A roda de alumínio é 60% a 70% mais cara.
Savino Villaverde Cendon, Sócio-proprietário da Condor Auto Center, em Curitiba.
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