Até 2020, os primeiros carros autônomos estarão circulando pelas ruas e estradas da Europa e Estados Unidos. Pelo menos é o que prometem algumas fabricantes, como Volvo e Mercedes-Benz, em fase final de testes na condução ‘sem motorista’. A marca sueca, aliás, já lançou o SUV grande XC90 com direção inteligente (ele se ‘guia’ pelas faixas da pista).
Mas, essa tecnologia que tem por objetivo diminuir os riscos de acidentes e facilitar a vida do motorista ainda gera muita desconfiança nas pessoas habilitadas à dirigir. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que três em cada quatro motoristas afirmam ter ‘medo’ de andar em um automóvel autônomo. O levantamento foi realizado em janeiro passado pela AAA, uma fundação pela segurança no trânsito. Foram consultados 1.832 motoristas a partir de 18 anos.
Segundo John Nielsen, diretor da AAA, o avanço rápido no desenvolvimento dos veículos autônomos faz com que os americanos ainda fiquem hesitantes em abrir mão totalmente do controle do carro.
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Ele ressalta que as pessoas que demostraram medo talvez ainda não percebam que as bases dessa tecnologia já estão incorporadas nos carros atuais e cada vez mais estão sendo aprimoradas, conquistando a confiança dos que têm algum tipo de carro com funções semiautônomas.
E é justamente isso que o estudo também revela. Cerca de 75% dos que possuíam veículos com recursos de auxílio à condução demonstravam ser mais propensos a confiar na tecnologia autônoma do que aqueles cujos carros são desprovidos desses recursos, sugerindo que a experiência gradual com dispositivos avançados pode diminuir a preocupação dos consumidores.
A amostragem indicou ainda que a demanda dos consumidores por tecnologia dos veículos semiautônomos é alta. Quase dois terços (61%) dos motoristas americanos relatam querer pelo menos um dos seguintes dispositivos no seu próximo veículo: frenagem automática de emergência (reduz a velocidade do veículo quando a colisão é inevitável), controle de cruzeiro adaptativo (freia e acelera o carro automaticamente conforme o ritmo do trânsito à frente), assistente de estacionamento de vagas de rua e detector de mudança de faixa não intencional (avisa por avisos luminosos, sonoros e tremor no volante).
Esses sistemas equipam diversos modelos de luxo e estão disponíveis também em intermediários, inclusive no Brasil.
Por enquanto, nenhum país comercializa automóveis totalmente autônomos. Muitos fabricantes ainda desenvolvem a tecnologia e há uma série de fatores que precisam ser colocados em prática para que o ‘carro inteligente’ torne viável, como a aprovação de leis e a criação de infraestruturas para que as ruas e estradas interajam e ‘guiem’ os veículos.
Entre as montadoras que correm contra o tempo para ser a primeira a lançar essa tecnologia comercialmente estão Audi, BMW, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Tesla, Toyota, Volkswagen e Volvo.
A Google também está nessa corrida e desde o ano passado faz testes em vias públicas na Califórnia (EUA) - o estado é um dos lugares com mais concessões para experimentos de direção autônoma. Há exigência, porém, da presença de um motorista nos veículos para casos de emergência. Recentemente, um Lexus RX450h autônomo da gigante da tecnologia colidiu, sem gravidade, com um ônibus durante avaliações. Foi o primeiro caso de acidente em que um veículo de direção inteligente teria sido o culpado.
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