A Volkswagen Tarok foi apresentada em forma de conceito no Salão de São Paulo 2018. Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo| Foto:

O mercado de picapes não tem no Brasil o mesmo glamour do utilitários esportivos, segmento que mais fervilha com lançamentos a todo o instante.

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Nem por isso, deixa de brilhar os olhos de consumidores que buscam aliar espaço interno com capacidade de encarar terrenos adversos e, de quebra, transportar muita carga.

E a exemplo do que ocorreu com os SUVs, uma avalanche de novidades está prestes a invadir o Brasil. Pelo menos 12 estreias estão previstas até 2021 para aquecer o segmento de caçamba, desde compactos a médios. Há também modelos atuais que receberão atualizações visuais e de motorização.

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Um dos lançamentos mais aguardados, porém, pode não acontecer: a Mercedes-Benz anunciou que não pretende produzir tão cedo a Classe X na Argentina, devido à crise que assola o país vizinho.

Com isso, o modelo teria de chegar por aqui via importação, provavelmente da Espanha, o que encareceria a picape da marca alemã. A braço brasileiro da fabricante ainda não se pronunciou se a vinda da Classe X será mantida ou não.

De qualquer forma, há outras novidades confirmadas. Confira o que vem por aí:

FORD RANGER REESTILIZADA

A picape estreia a atualização em agosto, antes de mudar de geração que dará origem à próxima Volkswagen Amarok - por meio à parceria feita entre Volkswagen e Ford.

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A nova Ranger segue o visual lançado na Tailândia. Os faróis trazem luzes diurnas em led integradas e nova grade com duas barras horizontais.

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O motor 2.3 flex, de 173 cv, foi aposentado, mantendo as duas opções a diesel: 2.2 quatro cilindros, de 160 cv, e o 3.2, cinco cilindros, de 200 cv.

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RAM 1500

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O projeto da FCA de vender a RAM 1500 no Brasil ficou congelado nos anos de crise, mas após o lançamento da nova geração no EUA como um projeto global, o grupo resolveu importá-la para o nosso mercado.

A montadora pretende trazer uma versão com peso bruto total (veículo somado a passageiros e carga) inferior a 3.500 quilos, o que permite a condução por motoristas com carteira de habilitação categoria B, a mesma exigida para carros de passeio.

Seria uma opção mais acessível à mexicana RAM 2500, que custa R$ 249,9 mil. A novidade deve usar o motor 3.0 V6 EcoDiesel, que atualmente rende 241 cv e 56 kgfm no Jeep Grand Cherokee.

A comercialização começará no último trimestre, com preço estimado na caso dos R$ 200 mil.

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VOLKSWAGEN TAROK

Os dias de sossego da Fiat Toro no segmento de picapes intermediárias (a única rival é a Renault Oroch) estão perto do fim. No início do próximo ano começa a ser produzida a Tarok, provavelmente na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

Ela será baseada no Tarek, SUV médio que irá ocupar o espaço entre o T-Cross e o Tiguan. Assim como o Toro, que usa a base do Jeep Renegade, a picape da VW terá capacidade de carga de até 1 tonelada.

O motor será o 1.4 TSI, de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, associado ao câmbio automático de seis marchas, com opção de entrada da transmissão manual. Virá ainda como opcional o sistema de tração 4Motion, presente na Amarok e Tiguan.

O preço começará na faixa de R$ 110 mil e alcançará perto de R$ 200 mil nas versões mais completas.

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FIAT PICAPE

Com a cara do Mobi e a estrutura traseira do Firoino, novo modelo terá vocação para transporte de carga. Foto: Kleber Pinho / Projeção

O utilitário comercial ocupará uma posição abaixo da Toro na gama da marca, posicionado na mesma faixa atualmente preenchida pela Strada, cujo projeto está bastante envelhecido, com 21 anos de mercado.

As duas caminhonetes devem conviver por algum tempo antes que a mais recente substitua de vez a mais antiga. O lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2020.

A nova picape da Fiat utiliza uma plataforma mista, com a dianteira e as portas vindas do Mobi. Porém, o entre-eixos e o comprimento são bem maiores que o do subcompacto. Já a parte estrutural da traseira é compartilhada com o Fiorino.

Serão duas opções de cabine: simples e dupla. As versões mais caras virão equipadas com o motor 1.3 Firefly, de 101/ 109 cv e 13,7, 14,2 kgfm de torque (gasolina/ etanol). As de entrada serão movidas pelo veterano 1.4 Fire, de 85/ 88 cv e 12,4/ 12,5 kgfm.

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Ela será destinada a frotistas, trabalhadores rurais e outros consumidores que desejam uma caminhonete voltada, antes de mais nada, ao transporte de carga.

VW AMAROK - 272 CV

A única picape média com motor V6 no Brasil ficará ainda mais potente na linha 2020. O motor 3.0 que equipe as versões Highline e Extreme rende atualmente 225 cv, alcançando 245 cv por 20 segundos com a função Overboost.

O propulsor já recebeu ajustes na Europa para render 258 cv e chegar a 272 cv com o Overboost, com torque máximo de 59,1 kgfm. A novidade desembarcará por aqui no segundo semestre, vinda da Argentina.

A cavalaria extra foi obtida apenas por meio de remapeamentos eletrônicos do motor. O conjunto mecânico é o mesmo, o que inclui o câmbio automático de oito velocidades e a tração 4x4 do tipo permanente.

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MITSUBISHI L200

A renovação da L200 Triton ganhou a nova assinatura da marca, com uma frente já vista em lançamentos recentes, como o inédito Eclipse Cross e a nova geração do Pajero Sport.

Nos SUVs a solução recebeu elogios, já na picape poderá encontrar resistência por ser um público mais conservador.

As mudanças não são apenas visuais. A L200 adotará um novo modo off road, que ajusta automaticamente o conjunto mecânico conforme o tipo de piso (cascalho, lama/neve, areia e pedra).

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O controle de descida também é outra novidade. Ela gerencia a velocidade em descidas inclinadas ou escorregadias. Há ainda sistema de frenagem pré-colisão que detecta carros e pessoas à frente, reduzindo a velocidade aliviar a força do impacto.

O motor 2.4 turbodiesel, de 190 cv e 43,9 kgfm, foi mantido, mas agora gerenciado por um câmbio de seis marchas – o atual tem cinco.

FIAT TORO 1.3 TURBO

A projeção do designer Kleber Pinho dá uma ideia de como ficará a frente da nova picape Toro.

A segunda picape mais vendida no país - atrás apenas da irmã menor Strada - será reestilizado em 2020 e com o propulsor 1.3 turboflex como a principal novidade.

O novo propulsor renderá 180 cv e 25,5 kgfm de torque, bem mais animadores que o atual 1.8 E.Torq, de 139 cv e 19,3 kgfm, alvo de críticas pelo desempenho nada empolgante. Ele não matará apenas o 1.8, mas deverá tirar de cena também o 2.4 Tigershark , de 186 cv.

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A mudança no Fiat Toro também será visual. O modelo seguirá o padrão da dianteira revelada no conceito Fastback, exibido no Salão de São Paulo 2018. O conjunto óptico em três níveis permanece, porém o recorte das luzes diurnas em led na parte superior será levemente redesenhado.

Os faróis halógenos diminuirão de tamanho, bem como a grade frontal, ficando mais afilados. A frente receberá o logotipo, sem o escudo e com nome grafado em letras cromadas, já presente na traseira.

PICAPE PEUGEOT

A marca francesa retornará ao segmento de picapes, depois de aposentar a pequena Hoggar em 2014. E será uma modelo médio, desenvolvido em parceria com a chinesa Changan para vender na China, América Latina e Europa.

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Ela será baseada na Kaicheng F70, que ainda nem foi lançada no mercado asiático. No entanto, o protótipo já foi flagrado em teste e dá uma ideia de como ficará a aposta na Peugeot no segmento. De diferente, seria somente a grade e o para-choque dianteiro.

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Já o interior terá inspiração no SUV 3008, com a moderna tela da central multimídia 'flutuante', que 'salta' para fora do painel, e os botões do ar-condicionado em formato de teclas de piano.

Quanto à motorização, é que utiliza a 2.0 BlueHDI, de 180 cv, associado ao câmbio automático de 6 marchas disponível no 3008. A estreia é esperada para 2020.

HYUNDAI CRETA PICAPE

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A marca coreana entrará neste segmento com o produto final derivado do conceito Creta Sport Truck Concept, mostrado no Salão de São Paulo de 2016.

Assim como o Creta, a picape usará a plataforma do Elantra e terá os mesmos motores 1.6 (130 cv) e 2.0 (166 cv) do SUV, gerenciados pelo câmbio manual ou automático de seis marchas.

É possível até uma opção de tração integral e, quem sabe, motorização a diesel nas versões mais caras.

No fim do ano passado, o presidente da Hyundai na Argentina, Guilermo Artaga, declarou que o segmento tem apresentado uma boa demanda na região do Mercosul e uma picape intermediária seria importante para o crescimento da fabricante.

FORD PICAPE

Imagem: Kleber Pinho da Silva/ Projeção
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O modelo faz parte de uma nova estratégia da Ford, que está aposentando modelos como Fusion, Fiesta e Taurus de linha nos EUA para investir em utilitários, picapes e veículos comerciais.

A picape intermediária estaria neste projeto, inclusive com foco no mercado da América Latina - leia-se Brasil. E o nome estaria até definido: Courier. Isso mesmo, resgataria o da picape compacta que saiu de linha por aqui em 2013.

O modelo usaria a mesma plataforma da nova geração do Focus e ficaria posicionada logo abaixo da Ranger.

A anti-Toro seria produzida no México e chegaria até 2021 no Brasil. O propulsor seria o 1.5, de 137 cv, e câmbio automático de seis marchas, que equipa atualmente o EcoSport e o Ka.

CHEVROLET PICAPE

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A Chevrolet do Brasil já informou que não pretende investir numa picape intermediária a curto e médio prazo, mas é bem provável que mude de ideia caso o segmento vire a bola da vez, como acontece atualmente o dos SUVs compactos.

Pois, abrir mão de uma tendência de mercado poderia comprometer a liderança em vendas no mercado nacional. Caso resolva entrar na briga, a novidade será baseada na plataforma global GEM 2, destinada a mercados emergentes e que dará origem à próxima geração dos modelos Onix, Prisma, Spin e Cobalt.

A picape da Chevrolet teria até tração 4x4 e com produção na planta de Santa Fé, na Argentina, onde já é feito o Cruze e de quem emprestaria o motor turboflex 1.4, de 153 cv e 24,5 kgfm de torque.

A picape teria também cabine dupla, apesar de a projeção da GM Authority mostrar a opção simples.

JAC T8

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A marca chinesa lançará no segundo semestre sua primeira picape no Brasil. E como todo carro vindo do país asiático, a ideia é vender o modelo turbodiesel 4x4 pelo preço de opções com motor flex.

Além disso, a JAC promete que a novidade terá ainda uma versão 100% elétrica, tornando-se pioneira nesta configuração no país.

Na China, a picape já é vendida com o nome de Shuailing, mas adotaria no mercado nacional a nomenclatura T8, a mesma já usada pela van da marca.

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Lá fora, ela usa o propulsor 2.0 turbodiesel, de 139 cv e 32,6 kgfm de torque, associado ao câmbio manual de seis marchas. A JAC já adiantou que no Brasil irá aumentar a potência e oferecer câmbio automático.

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A ideia é atender ao público que usaria a picape para o trabalho, com preço partindo da casa dos R$ 110 mil.

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