Uma das queixas mais recorrentes de quem é contrário à implantação da placa padrão Mercosul no Brasil é a ausência do nome da cidade. O novo modelo traz somente a bandeira do Brasil e para saber a origem de registro do veículo é preciso ler o QR Code (código bidimensional) localizado do lado esquerdo.
As três letras iniciais da combinação alfanumérica também revelam qual estado ele foi emplacado. Por exemplo, AAA a BEZ é no Paraná; BFA a GKI refere-se à São Paulo; LWR a MMM/ OKD a OKH/ QHA a QJZ à Santa Catarina, e assim por diante nos demais estados.
O governo federal já anunciou que fará algumas mudanças na placa azul e branca, mas a inclusão da cidade não está entre elas. Por isso, a criatividade do brasileiro apareceu novamente para encontrar uma alternativa.
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A prefeitura de Liberato Salzano, município com pouco mais de 5 mil habitantes, situado ao Norte do Rio do Grande do Sul, quase divisa com Santa Catarina, começou a distribuir gratuitamente aos moradores adesivos com a bandeira e o nome da cidade.
Segundo o prefeito Gilson de Carli (MDB), a ideia é melhorar a segurança do município. "A medida não é obrigatória, mas, se os motoristas aderirem estarão contribuindo para aumentar a segurança e a eficácia na identificação dos veículos da nossa cidade, ou em outras localidades", ressaltou.
São 3 mil adesivos, praticamente o mesmo número de veículos emplacados na cidade, apesar de a maioria ainda não rodar com a nova placa. O autocolante exibe a bandeira do município e está sendo fixado na parte traseira dos veículos, ao lado da placa.
A ideia do adesivo veio após uma viagem feita pelo prefeito à China, onde, segundo ele, as regiões usam deste expediente como forma de valorizar a localidade.
"Somos um município pequeno, com dificuldade de segurança, falta de recursos humanos, e onde todo mundo se conhece", disse De Carli, em entrevista à RBS TV.
Na visão do prefeito de Liberato Salzano, quando um veículo de outro município rodar pela cidade e for estranho à população, poderá gerar um alerta às autoridades de segurança. O "forasteiro" será monitorado, o que pode ajudara a evitar alguma ação criminosa, como assalto a bancos, bem comum em cidades pequenas.
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A identificação do município não estava previsto no projeto original do padrão Mercosul, tanto que também não é adotado na Argentina, Uruguai e Paraguai, outros países que utilizam o modelo unificado.
Atualmente, a nova placa está vigente no Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
No mês passado o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) anunciou alterações no modelo para diminuir os custos e melhorar a segurança, além de um novo adiamento para que os demais estados adotem o sistema: 31 de janeiro de 2020.
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