A greve dos caminhoneiros vem desabastecendo os postos de combustíveis e formando filas gigantescas nos poucos estabelecimentos que ainda oferecem gasolina ou etanol. Por isso, é hora de tirar o pé do acelerador e corrigir maus hábitos ao volante.
Muitos não percebem, mas uma pequena mudança de postura na direção, além de manter o carro em perfeitas condições de rodagem já pode gerar uma economia de combustível de até 30%.
Para ajudar nesta tarefa de fazer o veículo ‘beber’ menos, elaboramos dez dicas que podem fazer o seu bolso agradecer. Confira:
1. Pneus murchos elevam o gasto
Muito gente não dá bola, mas se a pressão dos pneus estiver muito baixa, o consumo aumenta. Por exemplo, 5 libras a menos pode significar 15% a mais na despesa com combustível.
Quando os pneus estão murchos, o atrito com o solo é maior o que exige mais do motor para arrastar o veículo. Pressão em excesso não, mas favorece o desgaste dos pneus, que terão de ser trocados em tempo até três vezes menor do que o normal.
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O ideal é calibrá-los a cada 15 dias na medida correta (consulte o manual do proprietário) e sempre com pneus frios, ou seja, tendo rodado no máximo 3 quilômetros.
2. Troque a marcha na rotação correta
Monitore o conta-giros e procure trocar a marcha antes de atingir 2.500 rpm. Quando o ponteiro chegar neste parâmetro, significa que é hora de subir a marcha (alguns carros mais novos já trazem no painel o indicador do momento da troca).
Carros de menor potência exigem trocas mais rápidas. Motores maiores permitem uma esticada.
Também mantenha uma velocidade uniforme sempre que possível, evitando freadas. Se as condições do trânsito e a estrada permitirem, utilizar uma marcha mais alta. E, por fim, próximo aos semáforos tire o pé do acelerador ao avistar o sinal vermelho.
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3. Pise com carinho no acelerador
Evite aceleradas bruscas e desnecessárias, especialmente em saídas de semáforos e cruzamento. Tais atitudes impactam diretamente no gasto de combustível.
Opte por pisar de modo gradativo, usando só a força necessária para garantir a locomoção do veículo. E evite acelerar entre trocas de marchas, enquanto aciona a embreagem.
Alta velocidade então, nem pensar. Além de botar a segurança em risco, testes mostram que o consumo a 100 km/h é até 20% maior que a 80 km/h.
4. Evite as rodas desalinhadas
É um dos vilões que comprometem o consumo. A falta de alinhamento causa um desgaste dos pneus e faz com que as rodas serão arrastadas, em vez de somente girar.
É só comparar com um carrinho de supermercado que está com as rodinhas tortas, que vão em direção contrárias. Exigirá mais esforço para movimentá-lo. O mesmo raciocínio se aplica ao carro. O recomendável é fazer um alinhamento a cada 10 mil km.
5. Janelas abertas podem ser um perigo
Abrir os vidros do carro pode representar um risco nas paradas de semáforos, com a abordagem de um bandido só de olho na oportunidade. Também traz para a cabine todo o barulho externo.
Não bastasse, ainda interfere na aerodinâmica e no consumo, segurando mais o veículo à medida que se acelera. Acima de 80 km/h então, é certo o gasto a mais de combustível.
6. Fuja da banguela!
Ao contrário do que muitos pensam usar o ponto morto não é uma medida em prol da economia. A maioria dos veículos funciona com injeção eletrônica. Ao descer engatado, o módulo entende que se está em desaceleração e entra no modo ‘cut off’, fechando a abertura dos bicos injetores. Desengrenado, o módulo sempre utilizará por padrão uma mistura rica, com mais combustível.
Além disso, usando o ponto morto também sacrifica os freios, já que estará o tempo todo com o pé no pedal. Isso gera atrito e calor em níveis mais elevados - o que pode acarretar em fadiga -, e também reduz a vida útil dos componentes do sistema de freio.
7. Planeje o itinerário
Se possível, escolha um caminho que não passe por vias congestionadas, mesmo que isso aumente o percurso. O para e anda faz você acelerar mais e, consequente, o carro bebe mais combustível.
Se possível, não use o carro para ir a lugares muito próximos. Andar a pé ou de bicicleta faz bem para a saúde e para o bolso.
Também dê preferência ao transporte coletivo quando for a lugares de trânsito difícil e que o estacionamento pago é o único recurso de parar o automóvel. Combine também uma carona solidária com um amigo.
8. Tire o ‘armário’ do carro
Não transporte peso desnecessário nem sobrecarregue o porta-malas. Cada 50 kg de peso extra eleva o consumo em 1%.
Remova bagageiros se não estiverem em uso, pois aumentam a turbulência e criam resistência aos deslocamento, ampliando o consumo.
9. Desconfie da gasolina ‘barata’
Quem abastece em postos nos quais os preços dos combustíveis estão bem abaixo da média do mercado precisa ficar atento. Alguns estabelecimentos aproveitam a alta nas bombas para adultera a gasolina, adicionando álcool ou solventes, com intuito de baixar o valor do produto e assim atrair o consumidor.
De olho na economia, muitos motoristas se deixam levar por essa 'oferta'. Só que a gasolina ou etanol 'batizados' interferem na média de consumo pois a leitura do sistema de injeção eletrônica é afetada pela composição errada.
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O prejuízo do combustível de origem duvidosa traz problemas ao carro, como solavancos durante a aceleração e partidas mais difíceis, além de corroer peças essenciais do motor, diminuindo sua vida útil, poluição do óleo lubrificante, aumento da carbonização das velas e danos ao sistema de injeção eletrônica. E é claro, eleva o consumo de combustível.
10. Filtro em dia ajuda a ‘respirar’ melhor
É importante não esquecer que o filtro de ar precisa ser substituído temporariamente. Quando está sujo, ele dificulta a entrada de ar no motor e interfere diretamente na mistura de ar e combustível na câmara de combustão. O filtro precisa ser trocado nas datas previstas no manual.
Além disso, mantenha a revisão periódica em dia para checar as velas de ignição estão em bom estado. Caso contrário, a queima do combustível fica irregular, refletindo diretamente na quantidade de combustível injetado.
Abastecer com gasolina ou etanol?
0,7 ou menos é o resultado que deve dar da divisão do preço do litro do álcool pelo preço do litro da gasolina para que seja vantajoso, do ponto de vista econômico, usar o etanol. Isso porque, embora mais barato, ele gera menos energia e, portanto, exige uma quantidade maior para impulsionar o motor.
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