Preço do carro seminovo cai até 15% entre janeiro e maio deste ano

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A redução do Imposto sobre Produtos In­­dustrializados (IPI), aliada à queda na taxa de juros e a diminuição no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado sobre os financiamentos, impulsiona a venda de carros novos, mas também beneficia o mercado de seminovos. De acordo com a Associação dos Re­­vendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar), o preço dos carros usados caiu. De janeiro a maio deste ano houve uma desvalorização de 10% a 15%.

Essa redução do preço se deve à queda nas vendas, explica Silvan Dal Bello, presidente da Assovepar. Com isso, quem ganha é o consumidor, completa, que poderá adquirir carros em boas condições de uso e com baixa quilometragem. E ele dá um exemplo: um modelo Volkswagen Gol, geração 5, 2011, básico, que custava em janeiro R$ 25 mil nas revendas, hoje é vendido, em média, por R$ 22 mil.

O presidente da Assovepar garante que o mercado de seminovos não sai prejudicado com a redução do IPI para os novos. Em 2009, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou a medida de redução do IPI para driblar a crise, o setor de usados também foi beneficiado, registrando crescimento acentuado nas vendas. A mesma situação é esperada agora pelas revendas. "Vivemos um excelente momento para a compra de veículos, com boas taxas, mais crédito disponível, mais facilidade de aprovação e carros seminovos com preços reduzidos. Essas condições devem favorecer o nosso setor", observa.

Passado

As dificuldades produzidas pela escassez de crédito bancário promete ficar no passado. No início da última semana, o governo também solicitou, durante reunião com bancos públicos e privados, que essas instituições concedam mais crédito ao setor de carros usados, com melhores taxas e condições de financiamento, para que haja giro no estoque das lojas.

"Com o mercado aquecido, o cliente vai às compras e começa a comparar as vantagens de optar por um novo ou seminovo. Logo, poderá perceber que há uma margem grande de diferença ao optar pelo seminovo, que apresenta excelente condições de uso e já sofreu a depreciação natural, que logo ao sair da concessionária chega em média a 13%", ressalta o presidente da Assovepar.