Hoje, conduzir uma moto no caótico trânsito dos grandes centros urbanos é conviver em constante alerta a cada esquina. O piloto deve sempre antever o perigo e usar equipamentos de segurança para que os riscos sejam minimizados. É a boa e velha pilotagem defensiva e uso racional do veículo. Bons capacetes, jaquetas, luvas e botas ajudam a proteger o motociclista, mas esse texto tem como objetivo alertar, prevenir; partindo do pressuposto que nem sempre é preciso remediar.
A maioria das dicas abaixo já é velha conhecida de muitos, todavia não custa sublinhar os atos mais simples, a fim de o motociclista aprender realmente o que não se deve fazer no trânsito urbano.
Nunca ande na direita
Seis horas da tarde, fim do expediente, o funcionário desliga o computador, pega o capacete e deixa a empresa. Já na saída no prédio, encontra o caos. Carros parados, ônibus trocando de faixa e nem mesmo um corredor com espaço mínimo para motos. Essa hora é complicada. O motociclista, que muitas vezes comprou uma moto só para furar o trânsito, é impaciente por natureza. Mas, nessa hora, não adianta, não há o que fazer.
Sair da esquerda e tentar passar os carros pela direita é uma loucura para não falar suicídio. A sarjeta também não é uma via e jamais deve ser uma opção. Então, resta ao motociclista esperar e, com calma, trafegar somente pelo corredor em que os carros já estão acostumados a vê-lo.
Pressa é inimiga da condução
Os amantes da motovelocidade podem sonhar em acelerar com vigor no apagar da luz vermelha, como um verdadeiro Valentino Rossi. Entretanto, no dia a dia, as coisas não são bem assim. O piloto, depois de o farol abrir, tem que esperar um pouco antes de partir. Muitos transeuntes desrespeitam o sinal de pedestre e a pressa nesse sentido é inimiga da condução. Por isso, conte até três e depois acelere. Não custa nada. Esta ação pode diminuir o risco de um atropelamento.
Mantenha distância
Parece óbvio, mas não é. Muitos motociclistas ainda se acidentam porque não mantêm distância segura dos outros veículos principalmente dos carros. Não se sabe quando os motoristas irão mudar de faixa, porque alguns não usam a seta. Não se sabe quando uma porta irá se abrir, ou mesmo sairá um pedestre de trás de um caminhão fora da faixa, lógico.
Por isso, mantenha a distância. Anteveja os riscos, diminua a velocidade quando achar que algo poderá dar errado e tenha calma. Muitas vezes o sexto sentido do piloto é o melhor sinal de alerta.
Sinalize tudo
Todo veículo maior deveria dar preferência ao menor. Caminhão para carro, carro para moto, moto para a bicicleta e a bicicleta para o pedestre. Mas, enquanto as regras não são assimiladas, preste atenção ao que acontece ao redor. Toda mudança de direção deve ser sinalizada no trânsito urbano.
E não é só isso. Caminhões e ônibus são veículos compridos e todas as vezes que eles fazem uma conversão o motociclista deve ficar atento. Além de nunca dividir uma curva com veículos desse porte, o piloto tem de ter paciência, muita paciência.
Tenha paciência
Não à toa, a palavra paciência aparece muitas vezes neste texto. O motociclista urbano precisa de muita paciência. Brigas com motoristas, estresse para passar a frente de outro veículo ou chegar em primeiro, tudo isso é comum na pilotagem urbana, mas não deveria.
O melhor amigo do motociclista é a paciência. Relaxe e deixe espaço entre sua moto e a outra, pois você não está competindo com ninguém. Seguindo essas regras e munido de cautela, sua convivência com os demais veículos no caótico trânsito urbano será mais amistosa, com certeza.
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