A grana está curta para ‘investir’ num carro zero km ou mesmo um seminovo? Que tal levar para a garagem um usado, ou melhor, um clássico, com 30 anos ou mais de idade!
Se você não faz questão de sofisticação, equipamentos modernos e potência no motor, gastar de R$ 5 mil a R$ 10 mil num modelo, que fez parte da vida de muitos brasileiros é uma boa opção para os mais saudosistas.
Nos classificados online enkontra.com, da Gazeta do Povo, é possível achar Volkswagen Brasília 1.6 1975 por R$ 5,3 mil, Del Rey GLX 1.6 1986, por R$ 6,5 mil e o Opala 4.1 Comodoro SL 1988 a R$ 10,9 mil.
Porém, comprar veículos das décadas de 1970, 1980 e 1990 gera um receio quando o assunto é manutenção. Garimpar peças e acessórios originais de modelos do passado pode ser uma missão difícil e cara.
Por isso, tomar atitudes que protejam o veículo antigo e preservem seus componentes é uma maneira de ir mais longe sem recorrer a uma oficina.
O Cesvi Brasil, Centro de Experimentação e Segurança Viária do Grupo Mapfre, reuniu algumas dicas simples e práticas que podem ser adotadas para cuidar do modelo ‘velhinho’ e até dos automóveis mais novos.
Gerson Burin, coordenador técnico da entidade, explica que a reparação e a manutenção têm por objetivo garantir a segurança de todos no veículo e, ao mesmo tempo, evitar gastos indesejados.
“No entanto, carros mais antigos e com itens que são difíceis de encontrar no mercado, o cuidado para a preservação das peças originais é essencial para manter a segurança na condução, o ar vintage e a conta bancária no azul, sem gastos fora de época”, ressalta.
Segundo ele, veículos que ficam muito tempo na garagem exigem do proprietário uma percepção maior dos sinais que indicam a necessidade de uma nova manutenção.
“O importante é colocar o carro para andar com frequência, movimentar os fluidos, óleos e combustível para evitar o ressecamento de peças, mangueiras e até do sistema de freios e embreagem”, diz Burin.
A seguir, dicas que ajudam a proteger a raridade na garagem:
Vida longa ao usado
- Motor: O óleo do motor é um item importante para a durabilidade e desempenho do motor. Se ficar muito tempo parado, acaba vencendo o seu prazo de validade e perde a sua característica de lubrificação.
Por isso, o ideal é ligar o propulsor do veículo por 20 minutos a cada semana, evitando assim o total escoamento do fluido das partes mais altas do motor. - Bateria: Mesmo com o carro parado, a bateria pode descarregar com o tempo, devido a itens elétricos como rádio, alarmes, relógios e até o painel que demandam uma quantidade mínima de energia.
Portanto, desligar os cabos da bateria quando o veículo não for usado por mais de duas semanas pode gerar uma economia relativa para o bolso do motorista. - Pintura: Lavar e encerar o automóvel regulamente é uma boa maneira de preservar a pintura. Outra dica é o uso de capas de proteção de qualidade e manter o veículo na sombra para evitar o desgaste com o tempo.
Mas se for preferir algum detergente durante a lavagem, prefira os neutros. Agridem menos a pintura. - Para-brisas: Lembre-se de trocar as palhetas do para-brisa, que devido à falta de uso tendem a ficar ressecadas.
Além disso, preencher o reservatório do líquido de lavagem facilita a limpeza e evita riscos no vidro durante a utilização do limpador. - Pneus: Deixar os pneus murchos pode deformar a cinta de metal interna, por isso é preciso mantê-los sempre cheios e calibrá-los com frequência.
Em carros com pouco uso é recomendável ficar atento ao prazo de validade dos pneus (indicado na lateral da peça), que ficam ressecados e mais suscetíveis a danos em contato com o asfalto.
E, como em todos os veículos, ainda é recomendado observar a marcação entre as fissuras que indica a hora da troca (TWI), mesmo em itens que ainda não venceram. - Óleos: Fiquem atentos a vazamentos de óleo que podem ser do sistema de direção hidráulica, do motor ou mesmo da caixa de transmissão.
Observe também o consumo de óleo do motor, sempre verificando o seu nível na vareta para que não trabalhe sem óleo, o que poderá travar o motor.
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