Trocar de automóvel é uma decisão que começa a pipocar na cabeça quando o veículo completa dois ou três anos de aniversário na garagem de casa. Mas vender um carro comprado zero km é uma decisão que requer análise.
Fatores como desvalorização, manutenção e impostos precisam ser considerados para que o motorista não tome prejuízo demais.
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Maurício Feldman, fundador da plataforma Volanty, que conecta vendedores e compradores carros, explica que o primeiro fator que deve ser levado em conta para a troca de um automóvel é o custo de manutenção.
O empresário explica:
“Para saber se está na hora de trocar de veículo, é preciso fazer as contas. Se o gasto anual com a oficina estiver superando em 10% o valor de tabela do carro, significa que há prejuízo.”
Outro parâmetro a ser analisado na hora de vender o carro são as revisões periódicas. Normalmente, as de 50 e 60 mil quilômetros são mais caras.
Isso porque é nessa quilometragem que o dono do carro precisa trocar itens como correia dentada, pneus e amortecedores.
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Desvalorização e o momento ideal
Joel Leite, diretor da Agência Auto Informe, empresa que monitora o mercado de seminovos e usados, afirma que, em média, um carro perde de 10 a 15% de valor no seu primeiro ano.
No segundo, a desvalorização é de 10%. Depois do terceiro ano de fabricação, a queda no preço fica menor e mais estável. Por isso, vender um carro nos seus primeiros dois anos não é uma boa opção do ponto de vista financeiro.
“Por outro lado, para quem quer comprar, os três primeiros anos são o melhor momento. O curioso é que muita gente vende o carro nesse período, para se manter com a versão mais atualizada do modelo. Existe, no mercado, uma grande oferta de veículos com dois ou três anos de uso”, comenta o especialista em mercado.”
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Reestilizações e ciclo de vida
Maurício Feldman afirma que que a atualização dos modelos pode influenciar no valor dos automóveis de anos anteriores.
“O ciclo de vida de um modelo de carro é de cerca de 5 anos sem sofrer atualizações significativas. Esse número pode variar de acordo com o veículo e com a marca.”
O especialista salienta que quando há uma grande mudança no modelo, ele logo perde valor no mercado de usados.
Portanto, é bom ficar atento às notícias. Ao menor sinal de novidades na linha, é melhor se prevenir e negociar o carro, antes que ele se desvalorize em excesso..
Joel Leite, por sua vez, chama atenção para outro ponto. As pessoas tendem a ficar preocupadas em não comprar um carro quando ele está prestes a sair de linha porque acreditam que terão que encarar o problema da desvalorização.
“Mas a percepção que eu tenho é que quando um carro sai de linha, ele pode até mesmo valorizar. É o exemplo da Kombi, que virou queridinha depois deixar de ser produzida.”
Taxas e financiamentos: o que considerar na troca
O valor do seguro também deve ser considerado na hora de comprar ou vender um carro.
É que o preço da proteção do automóvel pode mudar significativamente de acordo com a categoria, modelo e marca. Para trocar de carro, é interessante comparar o valor do seguro atual e do veículo desejado.
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Por fim, é preciso acompanhar o financiamento do automóvel. De acordo com Feldman, a taxa de juros praticada pelo mercado varia muito ao longo do tempo.
Provavelmente, enquanto um contrato é pago, há redução de taxas para novos financiamentos. Neste caso, vale fazer as contas. Se houver uma redução significativa e a diferença no valor total a pagar for pequena, ou igual, vale a pena vender o carro.
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