Com a chegada do inverno e das baixas temperaturas, os condutores devem prestar atenção em alguns detalhes para não ter dor de cabeça antes de sair de casa. Nesta época do ano, o problema mais comum são os carros com motores flex não pegarem de primeira ao girar a chave.
Dicas: Saiba como evitar que o veículo abastecido com etanol fique parado no inverno
O motivo mais corriqueiro é a falta de gasolina no tanquinho de partida a frio. Presente em grande parte dos automóveis que aceitam tanto o etanol quanto o combustível fóssil, o mecanismo tem a função justamente de auxiliar a partida com o motor frio, já que o álcool exige maiores temperaturas para entrar em ebulição, enquanto a gasolina se transforma em vapor mais rapidamente. “
Os carros podem andar normalmente se forem abastecidos apenas com álcool, desde que o tanquinho esteja cheio, de preferência com gasolina aditivada”, acrescenta o engenheiro de serviços da D’Paschoal, Leandro Vanni.
Em média, o combustível do reservatório deve ser trocado a cada 60 dias. Entretanto, o engenheiro afirma que com o maior consumo do recipiente no inverno, é preciso verificar com mais frequência o nível de gasolina. “A maioria dos carros não tem a indicação no painel, então o motorista deve sempre que possível abrir e observar o compartimento.”
Baterias
Mas isso não significa que os carros com a tecnologia flex start, que dispensa o tanquinho complementar, também não apresentem dificuldades para se mover nessa época do ano. Nestes casos, a primeira razão pode estar na bateria.
Embora seja no calor que o componente se desgaste mais, é nas temperaturas baixas que ele é mais exigido pelo motor, devido a maior viscosidade do óleo e à menor dilatação.
“Quando o motorista notar alguma dificuldade na partida, é melhor não esperar e fazer o quanto antes uma avaliação da vida útil da bateria”, afirma Vanni. O serviço é prestado em oficinas e centros automotivos e leva poucos minutos. Já a troca da bateria deve ocorrer em média a cada dois anos.
Aguarde 30 segundos
Se o carro não pegar de primeira, uma dica do engenheiro é aguardar por 30 segundos antes de tentar ligá-lo novamente, para não encharcar as velas, responsáveis pela ignição.
De acordo com Vanni, carros que percorrem menores distâncias e que andam até 25 minutos por dia têm mais chances de ter problemas na bateria. Diferentemente dos automóveis que rodam mais quilômetros, o que dá mais tempo para as baterias se recarregarem. Esses cuidados devem ser os mesmos para os proprietários de modelos movidos a diesel.
Dicas
Saiba como evitar que o veículo abastecido com etanol fique parado no inverno
Período de troca
Se o seu carro for flex com tanque de partida a frio, observe se há gasolina no compartimento reserva. O combustível deve ser trocado no mínimo a cada 60 dias e de preferência ser aditivado. Com o tempo, a gasolina pode perder o poder de queima, ficar velha e o carro pode não ligar em temperatura abaixo de 12°. Quem abastece o carro por muito tempo com gasolina e, depois, volta a usar o álcool, deve estar atento ao período em que a gasolina do tanquinho está ali.
Vazamentos
A manutenção do carro deve incluir a verificação de possíveis vazamentos no sistema de partida a frio (foto ao lado).
Velas
Além do tanquinho vazio ou com gasolina envelhecida, outra situação que dificulta a partida do veículo é quando as velas de ignição estão com a vida útil ultrapassada e com excesso de desgaste. Nestes casos, o desempenho do carro fica comprometido.
Baterias
Em dias frios, o motor exige mais da bateria, o que causa um maior desgaste do componente. Se após girar a chave na ignição o carro não pegar de primeira, espere 30 segundos antes de dar a partida novamente.
Quilometragem
Os automóveis que percorrem menores distâncias tendem a apresentar um desgaste mais rápido da bateria. Caso você ande em média até 25 minutos por dia, o problema pode estar na bateria.
Pneus e limpadores
Devido à maior umidade do ar, os motoristas devem estar atentos aos pneus e aos limpadores de para-brisa. Outro detalhe são as lâmpadas dos faróis e lanternas, mais usadas em dias escuros e com neblina.
Revisão regular
Outra dica que vale para todas as épocas do ano é manter a revisão do carro em dia. Trocar os filtros do ar-condicionado ao menos duas vezes no ano também é importante para não acumular ácaros, fungos e bactérias.
Se o carro não pegar...
Não insista em ligar o motor, caso não funcione. Isso pode encharcar as velas. Se o problema ocorrer, é preciso aguardar com o carro desligado até que o combustível evapore. Isso pode demorar uns 30 segundos.
Memória
Quando o veículo está abastecido com etanol e é feita a troca para a gasolina, ou vice-versa, é necessário dirigir de 5 a 10 km antes de estacionar por longo período. O sistema eletrônico do motor precisa de um tempo para reconhecer o novo combustível.
Embreagem
Pise no pedal de embreagem sempre que der as primeiras partidas. Em dias frios, o óleo do cárter fica mais denso e, assim, o sistema de arranque fará menos esforço para acionar o motor.
Acelerar
Espere de um a dois minutos antes de acelerar e de colocar o carro em movimento. Esse tempo permite que o óleo depositado no cárter circule pela parte superior do bloco e garanta a perfeita lubrificação do motor.
Injeção
Nos modelos com injeção eletrônica de combustível não é preciso acelerar logo em seguida à partida, pois essa função é feita pelo afogador automático (na foto ao lado a luz espia da injeção eletrônica).
Rampa
Quem deixa o automóvel em garagens ou estacionamento com rampas deve aguardar o motor esquentar alguns minutos a mais para então partir. Motor muito frio fica sem força e o carro encontra mais dificuldade para vencer as subidas.
Não esqueça das revisões regulares
Os motores e as baterias são os componentes que exigem mais cautela nesta época do ano, mas não são os únicos. As revisões pelas quais os carros devem passar periodicamente não podem ser esquecidas.
Com a maior umidade do ar no Sul do país, o engenheiro de serviços da D’Paschoal, Leandro Vanni, alerta que os motoristas devem redobrar a atenção com os pneus e os limpadores de para-brisa.
“Nesse período é preciso cuidado com o piso molhado. Por isso, é necessário observar o desgaste dos pneus. Se eles estiverem ‘carecas’ pode ser arriscado. E a palheta do para-brisa também não pode ser desprezada, porque quando os carros passam muito tempo sem usá-las, não dá para saber qual é a eficiência delas”, afirma.
Se uma das lâmpadas dos faróis ou lanternas estiverem queimadas, o engenheiro recomenda que sejam trocados os conjuntos, porque em geral os componentes têm o mesmo tempo de uso. E a troca dos filtros e a limpeza do ar-condicionado não podem ser esquecidos, já que o ar quente é muitas vezes usado nos carros. Se não há ao menos duas trocas ao ano, o aparelho pode acumular bactérias, fungos e ácaros.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião