6º Dia Mundial do Fusca
Data: 22/06.
Horário: 9 horas às 17 horas.
Endereço: Pátio de Seminovos da Copava. Rua dos Funcionários, 1.000, Cabral.
Entrada: Gratuita.
Informações: www.euamomeufusca.com.br/blog.
Linha do tempo
Veja algumas datas marcantes do besouro
1934 Por ordem de Hitler, o projetista austríaco Ferdinand Prosche é contratado para produzir o projeto do Fusca. O primeiro protótipo surge um ano depois.
1936 Em julho, saem as primeiras unidades do sedã (V1). A resistência delas é testada em um enduro de 50 mil km. No mesmo ano surge a versão conversível.
1939 Mal os besouros começam a ser fabricados quando, no auge da 2ª Guerra Mundial, eles são interrompidos para a montagem de veículos militares.
1947 Onze anos depois do desenvolvimento dos sedãs, a Alemanha realiza as primeiras exportações. Os carros vão para a Holanda e os EUA.
1950 Em setembro, chegam ao Brasil os primeiros modelos. Cinco anos depois, a fabricante alcança a marca de um milhão de unidades na Alemanha.
1959 O Fusca passa a ser feito oficialmente no Brasil, com 54% das peças nacionalizadas. Em 1972 foi a vez de o país atingir o um milhão de veículos.
1986 Para fabricar outros modelos, a VW do Brasil abandona a montagem do Fusca. O sedã volta em 1993, mas logo é deixado em 1996.
Junho de 1954. Estes são o mês e o ano do nascimento do Fusca de Dorival Piccoli Junior. Para atestar a data, o apaixonado por carros até mandou fazer uma certidão de nascimento para o veículo, na fábrica da VW na Alemanha. Afinal, não é um modelo qualquer que ele tem em mãos, mas sim um dos carros populares mais emblemáticos da História, que no próximo dia 22 completa 80 anos.
Para comemorar a data, conhecida como o Dia Mundial do Fusca, o Fusca Mania Clube Curitiba, em parceria com a concessionária Copava, realiza o 6.º encontro em homenagem ao modelo. O evento começará às 9 horas e terá 120 veículos expostos e cerca de mil visitantes, além da apresentação de um mosaico gigante dedicado ao ‘besouro’.
Mesmo depois de a primeira e clássica geração deixar de ser produzida no Brasil em 1996, o carro mais vendido de todos os tempos, renovado e transformado em New Beetle em 1998, ainda cativa os fãs de automóveis. Para o administrador da página do Facebook VW Über Alles, dedicada à Volkswagen, Murilo Celso Ferri, uma das razões para isso está na nostalgia e no valor sentimental do carrinho. “Foi o primeiro carro da minha família. Ele evoca lembranças agradáveis, dos meus pais, dos tempos da faculdade, das viagens...”, recorda. Dono de um modelo 1.300 primeira série, de 1970, Ferri manteve as características originais do carro, o qual usa apenas nos fins de semana.
Mas se há os proprietários que prezam pela autenticidade, há outros que exploram a versatilidade do ‘fuque’ para deixá-lo com uma cara renovada. Entre os exemplos estão os hood rides, carros com ferrugem aparente e estilo deteriorado, e os tunados, que ganham cores, luzes e rodas diferentes. Este é o caso do modelo de Sheila Stofela, um 1974 roxo com rodas aro 17. Ao contrário de muitas famílias brasileiras, a paixão dela pelo sedã veio em 2006, quando comprou e passou a customizá-lo. “Você nunca vai achar dois Fuscas iguais. Cada um terá as suas diferenças. E é isso o que atrai novos fãs. Ele aceita a personalidade de cada dono”, conta Stofela.
Já a história é diferente para Dorival Piccoli Junior, presidente do Clube da Kombi de Curitiba. Ele calcula que pelas mãos dele e da família passaram ao menos quatro modelos. E o primeiro foi um dos mais marcantes. “Foi um presente do meu pai para a minha mãe”, lembra o dono de um 1954 na cor dourada, a mesma do modelo de número um milhão. “Do barulho do motor ao design, tudo nele cativa. O Fusca é um carro carismático.”"
Para o presidente do Fusca Mania Clube, Otto K. Bisneto, o besouro se destaca também pela robustez e simplicidade da mecânica, com o seu motor refrigerado a ar. “Ele é o pai de muitos outros carros: da Kombi, da Variant... É um modelo icônico.”"
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