A Renault prepara dois importantes lançamentos para o mercado global, que certamente terão também o Brasil como destino, país considerado um dos mais importantes e estratégicos para a marca francesa fora da Europa.
As identidades não foram reveladas, porém um cronograma de dez lançamentos apresentado nesta semana durante a reunião anual realizada com acionistas não deixa dúvidas: trata-se da versão de produção da Alaskan, definida como ‘picape de 1 tonelada’, e a nova geração do Fluence, chamada no documento de ‘sedã para o segmento C’.
As novidades se juntarão a dois lançamentos de peso já anunciados pela Renault para o mercado brasileiro ainda em 2016: Kwid e Captur. O primeiro é um hatch com jeitão de SUV que estreia na virada do semestre e o segundo é um crossover, recém-lançado na Rússia, previsto para o Salão de São Paulo, em novembro.
O conceito Alaskan foi mostrado no ano passado e sua produção ocorrerá em Barcelona, na Espanha, para alimentar a Europa e Ásia ainda neste ano, e em Córdoba, na Argentina, de onde sairá para o Brasil em 2017 ou 2018.
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O modelo ficará numa faixa de mercado logo acima do Duster Oroch e disputará o segmento de Chevrolet S10, Toyota Hilux, Ford Ranger, entre outras. O modelo compartilhará a mesma plataforma da nova Nissan Frontier (que chegará em 2018 por aqui) e da inédita picape da Mercedes-Benz, a ser lançada até 2020.
Ao contrário da Oroch, que é derivada do SUV Duster, a Alaskan é inédita em sua concepção, com visual próprio baseado na identidade da marca francesa. A dianteira traz o tradicional logotipo em destaque e a grade seccionada, como exibe os produtos da romena Dacia, parceira da Renault na Europa e responsável por produzir por lá Duster, Sandero e Logan.
Os faróis são afilados, abraçados por luzes diurnas em led. O capô vem marcado por relevos e as luzes traseiras em C trazem os indicadores de seta destacados.
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Quanto à motorização, na Europa a picape deverá ter dois propulsores da linha Energy (dCi 135 e 165), ambos 1.6 biturbo de quatro cilindros, derivados do furgão Master.
A Alaskan trará tecnologias como kit multimídia, câmeras nos retrovisores para gravar a paisagem e conectividade com smartphones. O modelo poderá ser usado tanto como veículo de carga como para o lazer, levando cinco passageiros e cerca de 1 tonelada de carga.
Fluence
Já a nova geração do Fluence traz as mudanças incorporadas pelo hatch Mégane apresentado no ano passado no Salão de Frankfurt (Alemanha) e que nada tem a ver com o antigo sedã vendido no Brasil. Também buscou inspiração no Talisman, o novo três volumes topo de gama francês, lançado para substituir o Laguna.
Por enquanto, apenas projeções do carro foram divulgadas na internet baseadas em flagras feitas em testes no Velho Continente. As imagens mostram uma dianteira com as linhas muito próximas às do hatch e a traseira com grandes lanternas horizontais, que invadem toda a tampa do porta-malas. Além do Fluence atual, a novidade ocupa o lugar do Megane Sedan no mercado europeu.
Os outros dois modelos destacados no cronograma são a versão de sete lugares da nova geração da Scénic, chamada de Grand Scénic, e um crossover para o segmento B, que poderá ser um facelift do Captur europeu ou o Kaptur, apresentado há poucos dias na Rússia e chegará ao Brasil ainda neste ano.
Picape da Mercedes deverá chamar GLT
A Mercedes-Benz também terá a sua picape média. O modelo, que deve ganhar o nome de GLT (‘Geländewagen Leicht Truck’, ou picape leve para todo terreno) será feita em Córdoba, na Argentina, numa parceria com a Alainça Renault-Nissan.
Segundo a empresa, até alguns anos atrás os SUV’s eram rústicos e agora estão luxuosos. Por isso, a montadora alemã quer ser a primeira marca premium a entrar nesse mercado.
A nova picape virá com cabine dupla e quatro portas e compartilhará longarinas, eixos e estruturas da carroceria com a Nissan Frontier e a nova picape Renault, que sairão mais cedo da mesma linha de montagem.
A camionete usará motores de quatro e seis cilindros turbos e tração traseira. As versões mais completas adotarão suspensão independente com tração integral. Os blocos virão acoplados a um câmbio manual de seis marchas ou automatizado de sete.
A parceria entre Daimler, grupo do qual faz parte a Mercedes, e Renault-Nissan teve início em 2010 e hoje os produto mais destacados desse projeto são os novos Smart ForTwo e Renault Twingo
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