Picape Alaskan, SUV cupê Arkana e novas gerações de Sandero, Logan e Duster, além do próprio Kwid - sucesso de vendas. São com essas novidades que a Renault projeta abocanhar pelo menos 10% do mercado brasileiro até 2022.
Número que a colocaria definitivamente entre as quatro principais montadoras do país em volume de emplacamentos.
Hoje ela ocupa a quinta posição no acumulado de 2018, com 8,7% da fatia, mas nos últimos três meses vem figurando no quarto lugar mensal, superando a Ford e a Hyundai. Chevrolet, Volkswagen e Fiat dominam o pódio (nesta ordem).
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A projeção foi anunciada pelo presidente do Grupo Renault para a América Latina, Luiz Fernando Pedrucci, durante o evento de 20 anos da fábrica em São José dos Pinhais (PR), comemorados neste terça-feira (4).
O executivo não cravou os modelos citados acima, mas sinalizou que no prazo de dois anos irá atacar o segmento de SUVs maiores, hoje dominado por Jeep Compass, e que o Arkana seria o nome mais provável. Atualmente, a marca francesa comercializa apenas os compactos Duster e Captur na linah de utilitários leves.
“Para conseguirmos alcançar essa nova meta precisaremos produzir mais carros e oferecer outras opções, além de renovar a linha atual. Por isso, vamos mirar também os segmentos que ainda não temos participação”, destaca Pedrucci.
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ALASKAN E ARKANA
Dentro desta lógica, a Alaskan deve virar realidade em breve no mercado nacional já que a Renault não possui representante entre as picapes médias - a Duster Oroch atua no espaço das intermediárias.
“A Alaskan está pronta, a produção também, só ainda não encontramos o modelo de negócio ideal para lançá-la no Brasil. Temos de ajustar essa equação para sabermos como e quando virá, a que preço, que tipo de produto podemos oferecer e qual é o cliente certo”, ressalta o executivo.
Em outras palavras, por não ter tradição no segmento a Renault ainda não definiu se traz a Alaskan para brigar com as opções de entrada de Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e Volkswagen Amarok - e seus motores flexíveis (gasolina/etanol) - ou se sobe a régua para peitar as mais caras, com propulsor turbodiesel. Ou mesmo uma linha completa que contemple os dois cenários.
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A picape da Renault, que já é vendida na Colômbia, chegaria ao Brasil vindo da fábrica de Córdoba, na Argentina, derivada do mesmo projeto que originou a Mercedes-Benz Classe X.
E, segundo noticiou o site Motor1.com, o diretor da Renault no país vizinho, Hernán Bardi, revelou que a produção da Alaskan começaria no início de 2019, equipada apenas com o motor turbodiesel.
Neste caso o mesmo 2.3 do Nissan Frontier, com potências de 160 cv (monoturbo) ou 190 cv (biturbo), que passou a ser feito recentemente em Córdoba.
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No caso do Arkana, que mistura características de SUV e sedã, o nome já está até registrado no instituto de patentes industriais do Brasil desde o ano passado.
Por enquanto foi apresentado apenas sob a forma de um conceito, no Salão de Moscou em agosto deste ano.
O porte elevado e linhas angulosas fazem lembrar modelos premium como BMW X6 e Mercedes-Benz GLE Coupé. Mas ele é um pouco maior que o Duster e o Captur.
Viria para brigar com o Compass, porém tem tudo para encarar também VW Tiguan, Peugeot 3008, Kia Sportage e Hyundai New Tucson. Ou seja, chegaria com preços entre R$ 115 mil e R$ 150 mil.
LÍDER EM ELÉTRICOS NO BRASIL
A Renault é a que mais investe na eletrificação de carros no mercado brasileiro, vendendo atualmente metade do que é consumido no segmento - foram 150 unidades desde em três anos.
Fruto de parcerias com entidades públicas e privadas, como Itaipu, Correios, DHL, além da prefeitura de Curitiba, que equipou a frota da sua guarda municipal com unidades do Zoe - o pequenino Twizy e o furgão Kangoo ZE são outros modelos movidos a energia limpa rodando pelo país.
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No Salão de São Paulo deste ano, a marca iniciou a venda do Zoe para o consumidor ‘pessoa física’ e só na mostra paulista foram negociadas nove unidades, ao preço de R$ 149.900.
“Nos próximos 10 anos os automóveis vão mudar mais que nos últimos 50 anos”, prevê o presidente da Renault, colocando os veículos elétricos como protagonistas dessas mudanças. “Para a Renault, o carro elétrico não é o futuro, mas o presente no Brasil”, complementa.
MELHOR MOMENTO NO MERCADO
O otimismo da fabricante francesa no mercado brasileiro é reflexo do crescimento que vem observando desde 2010. Com 8,7% de market share de janeiro a novembro, a montadora vive seu melhor momento no país.
A marca projeta fechar o ano entre 28% a 30% de aumento nas vendas em relação a 2017, ou o dobro da média do mercado, que deve registrar de 13 a 14%. O Kwid aparece como o 8.º carro mais vendido no país em 2018 e o Sandero, o 13.º.
A fábrica em São José dos Pinhais acaba de festejar mais de 3 milhões de veículos e 4 de milhões de motores produzidos - sendo 30% do total exportados.
“Ao longo dos anos, a Renault investiu de forma contínua, no mesmo período de instabilidade econômica", afirma Pedrucci.
Operando em três turnos, a marca fabrica sete veículos no país: Kwid, Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch, Captur e o comercial leve Master – além dos motores 1.0 SCe e 1.6 SCe e o 1.6 Hi-Power para exportação.
A marca tem um quadro de 7.300 colaboradores no Brasil, além de gerar cerca de 25 mil empregos indiretos apenas no Paraná.
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