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A partir de junho de 2017 a Renault começará a produzir o Kwid na fábrica de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, com a apresentação oficial prevista para o Salão de Buenos Aires.

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O hatch com jeitão de SUV subcompacto, que substituirá o Clio como modelo de entrada, ficará numa faixa de preço abaixo do Sandero, especula-se até inferior a R$ 30 mil.

E o destaque será a presença de airbags laterais em todas as versões, sendo o primeiro da categoria de entrada no mercado brasileiro a oferecer as bolsas adicionais de série, além dos obrigatórios airbags frontais.

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Os sidebags geralmente são instalados ao lado dos encostos dos bancos dianteiros e/ou traseiros. Têm a função de proteger o tronco dos ocupantes de lesões ocasionadas pela invasão da coluna B em caso de impacto lateral. Ombros, costelas, braços e até as cabeças ficam menos expostos durante a colisão.

O Kwid virá ainda com o sistema Isofix para ancoragem da cadeira infantil, também disponível em um dos seus concorrentes diretos, o up! (R$ 37.990). Já o Fiat Mobi (R$ 33.700), outro rival, não oferece o sistema de fixação.

Interior da versão vendida na Índia, cujo volante fica à direita.

O exemplar da Renault já é vendido na Índia. Por lá, ele tem uma proposta bem popular, sem recursos de segurança, como airbag duplo frontal e ABS (obrigatórios no Brasil), e acabamento simples.

A montadora destaca que o modelo será adaptado para o mercado brasileiro pela Renault Technology Americas, um dos seus sete centros de engenharia ao redor do mundo, localizado na planta brasileira. Além das adições de equipamentos de segurança, haverá também modificações na parte estrutural.

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Ele terá aumento em cerca de 20% no peso total, na comparação com o indiano (passará de cerca de 650 kg para perto de 800 kg - só o banco do motorista pesa 9 kg a mais). A gordura a mais se deve pelos reforços no monobloco e uso de aços de maior resistência.

“A estratégia da Renault prevê a utilização de uma plataforma mundial em seus modelos, mas com desenvolvimento específico para cada mercado”, diz a marca em comunicado, explicando as alterações feitas no carro para atender às exigências no Brasil.

O peso ‘leve’ do veículo (o Mobi pesa 907 kg) e o motor eficiente devem resultar num consumo digno para brigar pelo posto de o carro flex mais econômico do país - a Renault desenvolveu um motor 1.0, com três cilindros, que também migrará para o Sandero e o Logan.O câmbio será manual de cinco velocidades.

A fabricante divulga que na Índia o modelo é capaz de chegar a 25 Km/l na motorização apenas a gasolina.

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O hatch possui uma boa altura livre em relação ao solo de 18 cm e a posição de dirigir mais elevada. Suas dimensões são: 3,68 m de comprimento, 2,42 m de entre-eixos, 1,58 m de largura e 1,48 m de altura. Ou seja, um pouco maior do que up! - 3,60 m (c), 2,42 m (ee), 1,64 m(l) e 1,50 m (a) - e do Mobi - 3,56 m (c), 2,30 m (ee), 1,55 m (l) e 1,63 (l).

Micro SUV

 

O Kwid chama a atenção pelo visual de utilitário esportivo exibindo traços que lembram os irmãos Duster, na grade integrada ao conjunto óptico, e Sandero, nos faróis e para-choques. A traseira é mais arredondada e com uma pegada também de suvinho.

O carro vem ainda molduras pretas nos para-lamas ao melhor estilo aventureiro de boutique, que faz sucesso no mercado nacional.

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Por dentro, o compacto tem visual sóbrio, como é comum nos modelos da Renault, e bastante funcional, como a central multimídia Media NAV com tela de 7” sensível ao toque. O quadro de instrumentos é todo digital.

Kwid indiano zera em crash test

Se no Brasil o Kwid ganhará um padrão de segurança superior à média do segmento, na Índia ele ainda carece de um cuidado maior neste quesito. O modelo não passou nos testes de colisão feito pela Global NCAP. Avaliado sem airbag, como é vendido de série no país asiático, o carro ficou sem nenhuma estrela na proteção para adultos e duas para crianças, de cinco possíveis.

Após o resultado, a Renault fez melhorias no veículo para dois novos testes, um sem a bolsa inflável e outro com o dispositivo apenas para o motorista. Mesmo assim, a pontuação continuou igual, mas com mudanças em detalhes técnicos.

No primeiro teste, a estrutura frontal não colapsou por completo, mas não aguentaria novos impactos. Já no segundo, houve um alto nível de compressão na área do peito do boneco de teste. Em comunicado, a Renault Índia informou que fará melhorias no Kwid.

Na imagem, colisão do primeiro teste rompeu até a coluna A do veículo.