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O clima era de nostalgia, como não poderia deixar de ser um encontro de apaixonados por Fusca. Embalados pelo som de AC/DC, Dire Straits e Nirvana (afinal, eram muitas décadas convivendo no mesmo pátio), os fãs do icônico carro da Volkswagen se reuniram neste domingo (21) para trocar informações sobre manutenção, curiosidades de modelos e celebrar o Dia Nacional do Fusca (comemorado no sábado, 20).
Os automóveis em exibição foram do original conservado há décadas na mesma família até o Rat Look, estilo que usa a ferrugem a seu favor. Durante as dez horas de evento, passaram mais de 2.100 carros pelo Dia Nacional do Fusca 2018, realizado no pátio da Sociesc, no bairro Pinheirinho. Até o fechamento da matéria, a organização não soube precisar quantos destes automóveis eram Fuscas.
Conheça algumas das histórias do famoso besouro da Volkswagen:
Surpresa de Natal: há menos de um mês Josemara Sousa Orchel, de 35 anos, pode dizer que tem um Fusca só seu. O presente de Natal do marido Angelo Orchel é um Fusca 1969. A reforma foi mantida em segredo por três meses com a cumplicidade da família e do filho de 16 anos, Diego. A escolha da cor foi por ouvir Josemara dizer que queria um carro da cor da Renault Duster: verde com tons de marrom, que rendeu o apelido de “bombonzinho” para o automóvel. A reforma deixou o carro no estilo do Beetle alemão do início da década de 1950, mais oval na traseira.
Herança Rat Look: o pedreiro Wilian da Silva, de 22 anos, herdou o Fusca 1976 amarelo do pai em 2014. O primeiro carro do jovem foi também o primeiro da família, que comprou o automóvel poucas semanas antes de Wilian nascer. “Ele chamou um táxi para a maternidade porque tinha medo de ir dirigindo”, conta. Há dois anos o rapaz customiza o Fusca no estilo Rat, que usa ferrugem, “estragos” propositais e acessórios como a caixa de refrigerantes e a mala vintage para compor sua estética. Apesar da aparência surrada, Wilian exige bons tratos ao Fusca Frank: “Bata a porta e eu bato em você”, avisa um adesivo na porta do passageiro.
Peppo Pink: Peppo é o nome do Fusca pink com ares de Penélope Charmosa, mas a alcunha do carro de 1970 é por causa do desenho Peppa Pig. O automóvel é o oitavo Fusca do policial militar Leandro Silveira, de 32 anos, que desde criança ama o modelo da Volkswagen e já teve modelos Rat look e também originais. “Comprei na carcaça, não tinha nem bancos. Até agora, gastei R$ 40 mil em peças e na pintura, uma cor exclusiva”, conta. Os bancos são de couro e o motor é original de 1973. “A manutenção eu faço sozinho, só pago para repararem a pintura”.
Meio de transporte e de trabalho: o mecânico Valentin Giacomelli Neto, de 53 anos, trabalha há quatro anos vendendo peças originais e adaptadas para Fusca usando o seu Fusca azul como meio de transporte. O carro é de 1964 e a cor e o estofado são originais. “Até agora tive seis Fuscas. Não sei porque, mas eu gosto muito desse carro”, confessa, tímido. Com o sócio Erick Linz, de 40 anos, toca a Antiguidades Tim, em Mandirituba, e roda as redondezas com faróis, volantes, calotas e relógios para vender em eventos de apaixonados pelo besouro.
Vermelho conversível: depois de seis anos, Celso Ercule, de 54 anos, terminou a montagem do seu Fusca híbrido conversível. Foram muitos os automóveis que passaram pelas mãos do mecânico, mas o Fusca vermelho foi o primeiro a ficar na família: “Tive 30 ou 40 Fuscas, que comprei para reformar e deixar original, aí revendia”, relembra. Montar um conversível foi ideia dos amigos a partir do presente da esposa de Celso, Clélia Toaldo Ercule, que lhe deu de presente uma miniatura de um Fusca verde água conversível. De lá para cá (e R$ 16 mil investidos, contando cada parafuso e vidro), Celso o reproduziu na vida real, mas à sua maneira: o chassi é de 1974, o motor é original, do ano anterior. Apesar de ter modelos conversíveis de fábrica, Celso adaptou o desenho do automóvel para suas preferências. As portas, por exemplo, não são abauladas, e sim retas.
Fuscas de diferentes estilos marcaram presença no encontro.
Clima era de nostalgia entre os presentes.
A pequena Letícia de Souza Oliveira, 7 anos, dirigindo seu minifusca.
Cerca de 2,1 mil carros passaram pelo evento. Mas a organização não confirmou à reportagem se todos eram Fuscas
Peças e acessórios do clássico modelo da Volkswagen
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