Encontro de donos de motor-home Safari realizado em Três Barras, Santa Catarina| Foto: Fotos: Arquivo pessoal

História

Fabricação teve início nos anos 70

Os motor-homes começaram a ser fabricados nos anos 70 na fábrica da Karmann Ghia do Brasil. Saiam de fábrica dois modelos: a Touring e a Safari. O primeiro tinha capacidade para dois passageiros, mas podia levar três se o proprietário optasse por incluir o beliche. Esse modelo não é mais fabricado. O Safari leva quatro pessoas e, com beliche, cinco.

Além do Brasil, o motor-home era fabricado na África e na Alemanha. Por aqui, a produção foi encerrada em 1995. Atualmente, só na Alemanha é fabricada a Karmann Mobil Safari pela Fiat Ducato ao preço médio de 48.950 euros, cerca de R$ 124,8 mil. Comprar uma zero é inviável financeiramente, diz o funcionário público Artur Cristo Silva. O preço médio de uma usada está na faixa de R$ 20 mil a R$ 50 mil, completa.

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O funcionário público Artur Cris­­­to Silva já sabe o que vai fazer nas férias, em ja­­neiro de 2010. Ele, a mu­­lher e a filha vão para o Uruguai. Mas na­­da de avião e hotel. A família vai para o país vi­­zinho a bordo do seu inseparável companheiro de viagem, o motor-home Safari, mo­­delo montado so­­bre o chassi da Kom­­bi (Vol­kswa­gen). É as­­sim que eles viajam há cinco anos. Silva conta que frequenta campings desde os 18 anos de idade, mas aos 14 já saía para pescarias e usava pedaços de lona para acampar.

Hoje o conforto é muito maior. A Safari tem capacidade para quatro pessoas, com opção de beliche, o que permite que cinco pessoas viajem tranquilamente. São 4,86 metros de comprimento, 2,04 metros de largura e 2,71 metros de altura. Do lado de dentro, são 2,04 me­­tros de altura e 1,88 metro de largura. E ainda tem a cozinha e o banheiro.

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Silva conta que a viagem mais longa que fez foi em janeiro deste ano. A família ficou 28 dias passeando por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Por enquanto não dá para ficar fora de casa por mais de 30 dias, mas o funcionário público está só esperando a aposentadoria para colocar o pé na estrada. Ainda faltam cinco anos, lembra ele.

De acordo com Silva, o ideal é ficar em campings. Mas se du­­rante o deslocamento for necessário fazer alguma parada mais longa, o melhor é escolher os postos de combustíveis com boa estrutura e que são seguros, fa­­cilmente identificados: são aque­­les com muitos caminhoneiros. O safarista comenta que o número de campings tem di­­minuído no país, mas cita Santa Catarina como exemplo de um estado que tem boas opções de locais para quem gosta de acampar.

Encontros

Os safaristas, claro, são os amantes do motor-home Safari. Há no­­ve anos, eles se reúnem em en­­contros nacionais para trocar ideias e informações sobre suas viagens e fazer novos amigos. Silva lembra que tudo começou com um safarista gaúcho chamado Régis, que reuniu os amigos no seu sítio em Novo Ham­­burgo. Naquele primeiro encontro participaram seis motor-ho­­mes. Este ano, em abril, em Join­­ville (SC), foram 32 vindos de Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Pa­­raná, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo Silva, os encontros du­­ram quatro dias e ele participa desde a sexta edição. O sétimo encontro foi realizado em Curi­tiba e o décimo, em 2010, será em Florianópolis (SC).

Em Curitiba foi criado, em abril de 2006, o Grupo Paranaen­se de Proprietários de Safari (GPPS). Silva explica que participam nove safaristas da capital, Araucária e Pinhais.

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Serviço:

Mais informações podem ser encontradas no endereço eletrônio do grupo Safaristas do Brasil, que é o http://br.groups.yahoo.com/group/safaristas/.