Saiba como valorizar o seu carro usado na hora da revenda

Tão importante quanto saber o que fazer na hora de comprar um usado é saber valorizar o seu quando é a sua vez de ser o vendedor. A regra básica é: quanto mais cuidados seu carro receber, como manutenções em dia e bom uso, menor o investimento para deixá-lo apresentável na hora da venda.

Veja o que é bacana ter ou fazer no veículo ao chegar a hora de se despedir dele. Lembre-se: um automóvel bem apresentado é como um cartão de visitas.

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NO BRAÇO

Lembra quando foi a última vez que destravou a porta para o passageiro, subiu o vidro na manivela ou pediu para o amigo? Carro sem trio elétrico é coisa do século passado e sinônimo de ter seu valor reduzido em R$ 500, em média. Mesmo em modelos de entrada, são indispensáveis. “São itens de comodidade”, diz Milad Kalume, gerente de negócios da consultoria automotiva Jato.

CORES EXÓTICAS

É fato que o trânsito brasileiro é um tanto sem vida, com tantos carros pretos, pratas e cinzas. Mas não dá para negar que tons berrantes ainda são menos procurados e, consequentemente, depreciam o carro em até 10%.

Ter uma cor diferente é legal, mas se você é dono de um modelo verde-limão ou laranja saiba que terá dificuldades de passar seu veículo pra frente.

CHOVE CHUVA

Não deu para incrementar seu carro com aquele teto solar quando você o tirou da concessionária 0 km? Se resigne com a falta de grana e tente no próximo novo que tiver, mas não instale o equipamento depois. “Teto solar instalado por conta própria é um mico danado. Geralmente causa goteiras e a instalação sempre mexe com a estrutura de sustentação do veículo”, avisa Kalume.

MAIS É MAIS

Um Opala duas portas era muito mais procurado do que o modelo de quatro portas. Hoje, é o contrário. Palios e Gols com duas portas são sinônimos de carro muito espartano. As pessoas buscam mais facilidade de acesso e conforto. Azar dos modelos de duas portas, que valem cerca de 10% menos que suas versões de quatro.

GELADA

Assim como o teto solar, ar-condicionado é item que se compra junto com o carro 0 km. “Vamos supor que um carro com ar original custe R$ 15 mil. Aquele com ar não original sairá por R$ 12 mil e o sem ar, por R$ 10 mil”, exemplifica Kalume.

O mesmo vale para o som. Se ele veio com o carro, melhor – nem pense em tirar o original para colocar um aparelho melhor. Você perderá dinheiro na compra e não o recuperará na hora da revenda.

FRISOS E LOGOS

Parece detalhe, mas um carro sem frisos e logotipo da marca perde valor porque afeta a originalidade. “A ausência desses itens pressupõe que ele foi batido e que não houve capricho no conserto”, diz o consultor.

E muitos consumidores prezam pela originalidade do automóvel. Quando um potencial comprador notar a falta desses itens e imaginar o trabalho que terá para ir atrás dos emblemas, é bem provável que ele desista da compra.

PNEUS

É claro que é melhor um carro com pneus não originais e novos do que originais e carecas. Mas também é colocado na balança se o veículo tem dois pneus originais e dois de quinta categoria.

Não estranhe se o comprador quiser abater a diferença dos preços dos pneus. Portanto, ao repor, opte pela marca usada pela fabricante.

FARÓIS

Não se atreva a anunciar seu carro se os faróis e lanternas estiverem amarelados ou com infiltrações. Se eles também não forem originais, haverá desconfiança sobre a integridade do carro.

Esse tipo de peça pode até custar menos no mercado paralelo, mas na hora de vender, a falta de originalidade pode lhe tirar R$ 500 do preço final do carro. Também é possível recuperá-lo por meio de um serviço especializado.

INTERIOR

Se a beleza externa é importante, a interna também vale muito. Carro sujo por dentro é sinônimo de descuido. Evite comer na cabine, porque depois é difícil tirar manchas dos estofados, por exemplo.

Mantenha tudo limpo e original. E se o insulfilm já estiver desbotando, retire-o completamente ou troque a parte danificada por uma nova.

ONDE VENDER

Por fim, escolha onde vender. As feiras de automóveis são antigas, mas ainda funcionam bem. Muitas têm, lá mesmo, despachantes e agências bancárias. Sites de classificados poupam seu tempo, mas te obrigam a, posteriormente, marcar um encontro para mostrar o carro.

As revendas são mais seguras quanto à documentação e pagamento, mas nelas você receberá menos pelo veículo, já que elas terão que revendê-lo pelo preço de mercado para poder lucrar.