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Grande estrela no estande da Ford no Salão de Detroit, o Mustang brilhou muito na edição deste ano | Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
Grande estrela no estande da Ford no Salão de Detroit, o Mustang brilhou muito na edição deste ano| Foto: Renyere Trovão/ Gazeta do Povo
  • Em 1994 a imagem do cavalo retorna à grade dianteira. É lançado o SVT Cobra, usado como carro-madrinha nas 500 milhas de Indianápolis. Gerava 240 cv
  • O primeiro Mustang estreia no Salão de Nova York em 1964 nas versões cupê e conversível. Possuía motores 6 cilindros 2.8 (101 cv) e 3.3 (116 cv) e V8 4.3 (164 cv) e 4.7 (de 210 cv a 271 cv)
  • Sucesso de vendas, em 1965 ganha a famosa versão Shelby GT 350, de 310 cv, que, posteriormente, ficou ainda mais forte, com 405 cv
  • Na primeira reestilização, em 1967, entrega mais força e conforto. O motor 3.3 assumiu o capô na versão de entrada, mas agora com 120 cv. Aparece o V8 big block 6.4, de 315 cv
  • Novo design em 1979, mais largo e com linhas retas, e sem o cavalo na grade dianteira. Visual mantido por 14 anos. Trazia os motores 2.3 (88 cv), V6 2.8 (106 cv) e 302 V8 (140 cv)
  • Em 1999 encara mais uma reestilização, incorporando faróis retangulares, lanternas triplas e a entrada de ar mais alta. O V6 3.8 rendia 190 cv e o V8 4.6 gerava 260 cv
  • Em 2005 ganhou faróis circulares, vincos laterais e a simulação do bocal do tanque combustível na traseira. Sob o capô um V6 4.0 (204 cv) ou V8 4.6 (304 cv)
  • Em 2010 recebeu novos faróis, lanternas e grade. Adotou um estilo mais retrô de acabamento e tecnologias do mundo digital
  • O novo Mustang chegará ao Brasil pela primeira vez de maneira oficial, via montadora – antes vinha por importação independente
  • Em 1974 aparece Mustang II, menor e mais econômico. Usava o bloco 2.3, de quatro cilindros e 88 cv, e o V6 2.8, de 105 cv
  • Em 1969 ele fica ainda mais esportivo com a versão Mach 1. Destaque para a entrada de ar no capô. Levava os V8 mais potentes da marca: 5.8 (250 cv), 6.4 (335 cv) e 7.0 (360 cv)
  • Em 1984 surge a versão SVO 2.3 de quatro cilindros com turbocompressor no lugar do V8. A potência variava de 175 e 205 cv. O SVO durou apenas dois anos e o V8 foi retomado
  • Para competir também nas pistas, a marca desenvolve o Mustang 302 Boss em 1969. Na versão destinada às provas da Nascar desenvolvia 500 cv

Dizem que chegar aos 50 anos significa para alguns encarar a crise da meia idade. Essa máxima não vale para o Ford Mustang. Pelo contrário, ele nunca esteve em melhor forma. Ainda goza de muito prestígio, é considerado um mito e possui atributos suficientes para continuar fazendo sucesso.

Este ano o esportivo comemora meio século de produção desde o seu lançamento em abril de 1964. Poucos anos antes disso, a General Motors tinha a fama de ser a única montadora norte-americana a contar com um carro verdadeiramente esportivo, o Corvette. Mas Henry Ford decidiu também embarcar nessa e, mais do que apostar em um modelo possante e mais acessível aos consumidores, fez história.

O sucesso de vendas foi tamanho que nem mesmo a criação de um novo concorrente da GM, o Camaro, foi suficiente para tirar o primeiro "pony car" do seu trono. Claro que a vida do Mustang não foi sempre tão fácil. Ele passou por alguns momentos críticos e por uma série de motivos perdeu muito daquilo que o fazia ser um ícone.

Mesmo assim o carro se manteve em produção e com o passar dos anos a Ford foi "reencontrando" o Mustang, trazendo de volta muitos atributos do passado e adequando-o ao mundo moderno.

No Salão de Detroit, que se encerra neste domingo (26), ele é a estrela da Ford. A sexta geração, apresentada no início de dezembro passado, fez sua estreia oficial em versão global. Este será o primeiro Mustang a ser vendido na Europa e na Ásia, por isso entre as seis cidades nas quais ele foi mostrado simultaneamente no ano passado estavam Barcelona (ESP), Xangai (CHI) e Sydnei (AUS) – as outras foram Detroit, Los Angeles e Nova York, nos EUA.

A novidade também chegará ao Brasil e pela primeira vez via montadora. Lá fora, ele começa a ser vendido ainda este ano, por aqui, só em 2015, mas antes o cupê será atração no Salão do Automóvel, em outubro.

Visual

O "muscle car" preservou o design agressivo. A tradicional dianteira com formato de "nariz de tubarão" ganhou nova e robusta grade trapezoidal e traços do estilo atual dos modelos da Ford. O conjunto ótico dianteiro tem os faróis estendidos para a frente. A traseira também foi redesenhada, com lanternas em três barras (tridimensionais), similares aos do Mustang da década de 1960. Para-brisa e vidro traseiro ganharam mais inclinação. O modelo traz ainda um pacote de tecnologia, pouco comum ao esportivo. Entre os acessórios, está o sistema multimídia SYNC.

Motorização

O Mustang 2015 conta com três motorizações. Além dos atuais V6 3.7, de 304 cv e 37,32 kgfm de torque, e V8 5.0, de 420 cv e 54,72 kgfm, da versão GT, ele estreia o motor 2.3 EcoBoost de quatro cilindros, capaz de entregar 309 cv e 41,48 kgfm. Os propulsores são aliados a uma transmissão manual ou automática de seis velocidades, com a possibilidade de trocas manuais através de shift paddles no volante.

O Mustang também possui uma versão conversível, disponível nas mesmas configurações de motorização da versão fastback. O diferencial está nos detalhes. O novo teto retrátil elétrico é recolhido em 25 segundos e foi produzido com um tecido isolante especial, que torna o interior mais silencioso e sofisticado.

Mustangs

Com colaboração de João Fortes, especial para a Gazeta do Povo

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