Dizem que chegar aos 50 anos significa para alguns encarar a crise da meia idade. Essa máxima não vale para o Ford Mustang. Pelo contrário, ele nunca esteve em melhor forma. Ainda goza de muito prestígio, é considerado um mito e possui atributos suficientes para continuar fazendo sucesso.
Este ano o esportivo comemora meio século de produção desde o seu lançamento em abril de 1964. Poucos anos antes disso, a General Motors tinha a fama de ser a única montadora norte-americana a contar com um carro verdadeiramente esportivo, o Corvette. Mas Henry Ford decidiu também embarcar nessa e, mais do que apostar em um modelo possante e mais acessível aos consumidores, fez história.
O sucesso de vendas foi tamanho que nem mesmo a criação de um novo concorrente da GM, o Camaro, foi suficiente para tirar o primeiro "pony car" do seu trono. Claro que a vida do Mustang não foi sempre tão fácil. Ele passou por alguns momentos críticos e por uma série de motivos perdeu muito daquilo que o fazia ser um ícone.
Mesmo assim o carro se manteve em produção e com o passar dos anos a Ford foi "reencontrando" o Mustang, trazendo de volta muitos atributos do passado e adequando-o ao mundo moderno.
No Salão de Detroit, que se encerra neste domingo (26), ele é a estrela da Ford. A sexta geração, apresentada no início de dezembro passado, fez sua estreia oficial em versão global. Este será o primeiro Mustang a ser vendido na Europa e na Ásia, por isso entre as seis cidades nas quais ele foi mostrado simultaneamente no ano passado estavam Barcelona (ESP), Xangai (CHI) e Sydnei (AUS) as outras foram Detroit, Los Angeles e Nova York, nos EUA.
A novidade também chegará ao Brasil e pela primeira vez via montadora. Lá fora, ele começa a ser vendido ainda este ano, por aqui, só em 2015, mas antes o cupê será atração no Salão do Automóvel, em outubro.
Visual
O "muscle car" preservou o design agressivo. A tradicional dianteira com formato de "nariz de tubarão" ganhou nova e robusta grade trapezoidal e traços do estilo atual dos modelos da Ford. O conjunto ótico dianteiro tem os faróis estendidos para a frente. A traseira também foi redesenhada, com lanternas em três barras (tridimensionais), similares aos do Mustang da década de 1960. Para-brisa e vidro traseiro ganharam mais inclinação. O modelo traz ainda um pacote de tecnologia, pouco comum ao esportivo. Entre os acessórios, está o sistema multimídia SYNC.
Motorização
O Mustang 2015 conta com três motorizações. Além dos atuais V6 3.7, de 304 cv e 37,32 kgfm de torque, e V8 5.0, de 420 cv e 54,72 kgfm, da versão GT, ele estreia o motor 2.3 EcoBoost de quatro cilindros, capaz de entregar 309 cv e 41,48 kgfm. Os propulsores são aliados a uma transmissão manual ou automática de seis velocidades, com a possibilidade de trocas manuais através de shift paddles no volante.
O Mustang também possui uma versão conversível, disponível nas mesmas configurações de motorização da versão fastback. O diferencial está nos detalhes. O novo teto retrátil elétrico é recolhido em 25 segundos e foi produzido com um tecido isolante especial, que torna o interior mais silencioso e sofisticado.
Mustangs
Com colaboração de João Fortes, especial para a Gazeta do Povo
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