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O professor Charles Marchi de Oliveira, de 27 anos, se auto-denomina "enjoado" para comprar carro usado. Nada escapa a seus olhos na hora de conferir o estado do veículo – exceção feita ao motor, que ele deixa para um mecânico de confiança a avaliação mais detalhada. Um retoque, por mínimo que seja, já é motivo para desconfiar do veículo. Massa plástica, então, dá recusa na certa. Todo esse cuidado faz o morador de Cascavel não se arrepender das suas aquisições. "Nunca tive problema com carro e sempre consegui um bom preço ao revender", orgulha-se.

A atual condução do professor, uma Parati branca 1.6, ano 2001, consumiu três meses de procura em quatro cidades diferentes (Curitiba, Cascavel, Toledo e Umuarama) e quase 100 veículos examinados. "Todo o cuidado é pouco. Cerca de 70% dos usados que olhei tinham algum tipo de correção na pintura e lataria ou eram batidos", conta.

Já o primeiro carro da farmacêutica Elaine Denise Martins Victor, de Curitiba, foi também o último que negociou apenas pela aparência. Quando viu o Gol 1.0 CL 96 exposto num feirão de automóveis, ela se encantou pelo seu aspecto "novinho". "A lataria chegava a brilhar", recorda. Depois de algumas voltas pelo quarteirão e uma examinada interna para "desencargo de consciência", Elaine não teve dúvidas: estava fazendo uma boa compra. Foram dois anos de uso sem dor de cabeça. Apenas gastos com manutenção preventiva e o consumo de combustível um pouco exagerado.

Porém, quando foi trocar por outro carro mais novo veio a surpresa. No assoalho do "Golzinho" havia um remendo de porta a porta, sinal de que o Volks havia sofrido um acidente que o partira ao meio. "O conserto estava bem camuflado pela forração. Foi o mecânico do comprador quem descobriu. Consegui vendê-lo, mas por um valor abaixo do que eu esperava", completa.

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