Saiba mais
A inscrição "Rallye" aparece nas laterais numa faixa em prata.
Auxílio
O computador de bordo traz alerta de velocidade e indicadores de autonomia, consumo médio e instantâneo, distância percorrida, tempo de viagem e velocidade média.
Concorrência
O principal concorrente da versão aventureira light da VW é o Uno Way 1.4, que parte de R$ 32.480 e chega a R$ 36.321 na configuração semelhante ao do Gol, com desembaçador e ar quente, direção hidráulica, preparação para som e alto-falantes, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, rodas de liga leve e adesivos na carroceria. A potência é de 88 cv.
A Volkswagen volta a comercializar o Gol Rallye três anos após a última edição da série. A novidade, agora na carroceria da quinta geração do carro, chega às lojas na primeira semana de outubro a partir de R$ 40.370, com câmbio manual, e R$ 43.030, com a transmissão automatizada (I-Motion).
Com o lançamento, a marca espera dar um fôlego às vendas do Gol, uma vez que o reinado do carro mais emplacado no Brasil há mais de duas décadas é ameaçado pela nova geração do Uno. Na primeira quinzena de setembro foram comercializadas 11.855 unidades do modelo da Volks, contra 11.613 do carro da Fiat (que faz dobradinha com o modelo Mille), uma diferença de apenas 242 unidades. Em agosto, por exemplo, a distância ficou em 1.761 exemplares (25.855 contra 24.094) em maio, quando o novo Uno foi lançado, a diferença era de 10.072 unidades.
A meta da marca alemã é atrair consumidores adeptos do estilo "aventureiro urbano", no qual se encaixaria a versão Rallye e também a Way, do Uno, que representa 23% do mix de vendas do modelo. Segundo a VW, a reedição da série deverá representar 5% das vendas do Gol, o que significa 1.150 unidades das 23 mil comercializadas, em média, por mês.
Motor
O modelo traz apenas o motor 1.6 litro Total Flex, que já equipa outras versões do hatch e modelos da família Volks, com potência de 101 cavalos a gasolina e 104 cv com etanol (torque de 15,4 e 15,6 kgfm, respectivamente). Em relação ao Gol convencional, a principal novidade é a suspensão 2,8 cm mais elevada, que proporciona 17,1 cm de altura em relação ao solo, com o veículo vazio, e 14,6 cm, quando carregado. A alteração é resultado das rodas e pneus de 15 polegadas com perfil mais alto (205/55 contra o habitual 170/55 aro 14) e da suspensão retrabalhada, com molas, amortecedores, barra estabilizadora e eixo traseiro mais rígidos. No total, o vão livre chega a quase 15 cm.
Visualmente, a receita "off-road leve" é similar à adotada pela picape compacta Saveiro Cross, que por sua vez se inspirou no renovado CrossFox: para-choques diferenciados (o frontal, todo em plástico preto, tem apliques que simulam alumínio), moldura para rodas, adesivos exclusivos, spoilers pretos, faróis e lanternas com máscara negra e faróis de neblina que acumulam a função de luz de longo alcance.
Equipamentos
A oferta de equipamentos, no entanto, segue a linha de qualquer Gol, incluindo a vasta lista de opcionais. De fábrica, o Rallye traz vidros e travas elétricas, direção hidráulica, sensor de estacionamento, repetidores de setas nos retrovisores, spoiler traseiro, luz de leitura para passageiros do banco de trás e forração do teto e colunas na cor preta.
Como pacote opcional há ar-condicionado, air bags, freios com ABS, volante multifuncional (com borbletas de troca de marcha para o I-Motion), computador de bordo I-System (no câmbio automatizado ele vem de série), alarme antifurto, sistema de som com entradas USB, para iPod e para cartão SD, e interface Bluetooth para telefone celular. O ar-condicionado, por exemplo, custa R$ 2.660. O modelo vem em cinco opções de cores sólidas, incluindo a Amarelo Solaris, que estreou no CrossFox.
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Estilo "aventureiro" do carro é para impressionar na cidade
Assim como a maioria de seus concorrentes vestidos com roupagem aventureira, o Gol Rallye foi concebido para impressionar em piso urbano, como confirmou o teste realizado pela reportagem em trechos de asfalto e terra, na região de Campinas (SP). Fora de estrada, o motorista terá praticamente o mesmo desempenho que teria a bordo de um Gol convencional, com exceção da maior altura livre para o solo, que pode livrar o assoalho de raspadas indesejadas.
Já na cidade, o visual diferenciado certamente atrairá a atenção, assim como faz o Saveiro Cross. Destaque para o interior escuro com detalhes brilhantes nos painéis das portas e as rodas aro 15 pintadas de cinza.
Para compensar a elevação do centro de gravidade, que torna o carro mais instável nas curvas, a engenharia adotou novas molas e os amortecedores ao conjunto da suspensão, deixando-a mais dura. Os pneus, com perfil mais baixo em relação a versão normal, ficaram mais sensíveis às irregularidades do piso. Essas mudanças deixaram o hatch um pouco mais rígido no asfalto.
O desempenho do motor 1.6 litro é o mesmo de sempre, bastante satisfatório, inclusive quando gerenciado pela caixa automatizada ASG. As mudanças de marchas com esse tipo de transmissão são feitas com o giro lá em cima e, dependendo da velocidade, pode ocasionar trancos que certamente vão incomodar os motoristas mais exigentes. Não foram alteradas as relações de marcha da versão convencional. Um encurtamento, nesse quesito, seria bem-vindo para que a versão aventureira ganhasse um pouco mais de esportividade.
Dados obtidos em testes pela fábrica indicam que a versão manual acelera até 100 km/h em 10,3 segundos (com gasolina atinge a mesma velocidade em 10,6 segundos). A versão I-Motion chega a 100 km/h em 11,1 segundos com gasolina e em 10,8 segundos com álcool. A velocidade máxima é de 180 km/h com gasolina e 182 km/h com álcool. O consumo médio estimado é de 14,16 km/l com gasolina e 9,71 km/l com etanol (13,85/ 9,64 km/l no I-motion).
O jornalista viajou a convite da Volkswagen.
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