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O portador de deficiência física que dependa da cadeira de rodas para se locomover ganhou um grande aliado no acesso ao interior do carro. Um novo conceito de adaptação possibilita agora que o usuário entre no veículo sem a necessidade de ser carregado. E o que é melhor: não precisa deixar a cadeira. Uma plataforma elevatória, posicionada na parte traseira do automóvel, faz todo o processo de transporte.

O sistema, já utilizado em Kombi, é inédito no país em veículos de menor porte e foi desenvolvido pela Cavenaghi, empresa paulista especializada em equipamentos para pessoa com algum tipo de paralisia. Curitiba é a primeira cidade a comercializar o produto. A Mecânica Beto, representante da Cavenaghi na capital, ficou encarregada em adaptar a plataforma eletro-hidráulica aos utilitários. "O sistema é indicado para as furgovans, pois são as únicas que possuem traseira suficientemente alta para receber a novidade", explica Sandro Cruppeizaki, de 30 anos, dono da oficina, que também atua com mecânica geral e conversão para gás GNV. O acessório não interfere na estrutura do carro, o que faz com que o veículo continue na garantia e sustente seu poder de revenda.

O funcionamento da plataforma é bastante simples e de fácil manuseio. Um sistema hidráulico, com comando em alavanca, rebate a rampa de acesso. Após colocar o cadeirante sobre a plataforma e elevá-lo até a altura do assoalho do carro apenas com o aperto de um botão (que pode ser feito também via controle remoto), o acompanhante só terá o trabalho de posicioná-lo internamente. Um cinto de segurança e tensores com regulagem (que "fixam" a cadeira no assoalho) se encarregam de garantir a segurança do usuário à bordo do veículo.

O pacote inclui ainda uma pequena adaptação na cadeira de rodas. Ela ganha um encosto de cabeça, para a evitar o "chicote cervical" durante a condução, e um sistema de redutor de altura, que consiste na retirada das rodas maiores, utilizando-se apenas de rodinhas menores que rebaixam a cadeira em 15 cm. "Isso evita o choque da cabeça com o teto", ressalta Sandro, que contratou uma fisioterapeuta para auxiliar na elaboração de mecanismos que melhor se adaptem às condições físicas do cliente. "Com o produto, tanto a família quanto o portador de deficiência terão um ganho na qualidade de vida", completa Sandro. Conforto que custará ao consumidor cerca de R$ 12 mil.

Serviço: Mecânica Beto, Rua Eleusina Playsant, n.º 700, Santa Quitéria. Fone: (0XX41) 3029-5354. (www.mecanicabeto.com.br).

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