
Na direção
Motor esperto, mas não empolga
A configuração avaliada pela reportagem foi a hatch, equipada com motor 1.8 e câmbio automático de seis velocidades, ou seja, o mesmo conjunto do Cruze. O bloco, que deverá ser substituído pelo inédito 1.6 no Brasil, torna o carro bem esperto, apesar de a transmissão automática não chega a empolgar.
Por se tratar de um veículo compacto, o motor deixou o Sonic mais ágil e por alguns momentos a sensação era de estar dirigindo um quase esportivo. Ficou apenas na impressão.
Se abaixo de 60 km/h quase não se houve o som do propulsor, quando foi preciso pisar fundo no acelerador o barulho invadiu a cabine. Na estrada, ao estabilizar a velocidade em torno de 120 km/h, a sexta marcha entrou em ação e derrubou o giro do motor para abaixo de 2.000 rpm, fato que contribui para deixar o carro silencioso e econômico.
A direção com assistência elétrica transmite segurança. Em curvas, a inclinação da carroceria foi mínima. Nos Estados Unidos, cerca de 40% das unidades vendidas correspondem ao hatch. (RT)
A Chevrolet revelou no Salão de Detroit (EUA), que encerra hoje, que terá sete novidades para o Brasil em 2012. Além da nova geração da S10, do Cruze hatch e do Cobalt automático, virão as minivans do projeto PM7, que substituem Meriva e Zafira, e os compactos Ônix e Sonic (hatch e sedã). Este último está previsto para o fim do ano, mas pode chegar antes. A Gazeta do Povo teve a oportunidade de dirigi-lo por Detroit e antecipar as impressões do carro.
Vendido na Europa sob o nome de Aveo, o Sonic foi lançado no fim de 2011 no mercado norte-americano. Por aqui, virá primeiramente dos EUA e numa segunda etapa da fábrica do México como já ocorre com o utilitário Captiva , onde ganhará inseção de imposto na importação para aí sim brigar em pé de igualdade (no preço) no segmento compacto premium com VW Polo, Fiat Punto e Ford New Fiesta.
A novidade da Chevrolet ocupará o lugar deixado pelo Astra. Segundo noticiou o blog Autos Segredos, ele será impulsionado pelo inédito 1.6 litro 16V Ecotec bicombustível, com potências de 115 cv (gasolina) a 120 cv (etanol). Lá fora, o Sonic anda com um motor 1.8 Ecotec de 138 cv (gasolina), mesma potência do bloco 1.4 16V Turbo da versão RS, apresentada no Salão de Detroit. Quem quiser força similar à do Astra (140 cv) precisa torcer para a vinda também desta opção.
O Sonic ficará posicionado entre Agile e Cruze -- no caso do sedã, acima do Cobalt --, com preço inicial próximo aos R$ 50 mil. Será vendido nas versões LS, LT e LTZ, com opção por câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas.
O modelo consegue entregar um bom espaço interno, sem aquela sensação de aperto típica dos compactos. O visual "mal-encarado" é o destaque do carro. A dianteira agressiva, com grade hexagonal em dois níveis, chama a atenção pelos faróis com dois canhões de luz arredondados e independentes e o fundo em tom black piano. Detalhe: não há aquela proteção de lente acrílica à frente dos projetores. As lanternas traseiras também contam com elementos independentes.
A lateral das duas carrocerias, hatch e sedã, segue o mesmo padrão com uma linha de cintura ascendente, e sem maçaneta aparente nas portas traseiras. O teto baixo na parte detrás do hatch tem a esportividade realçada por um curto aerofólio.
O acabamento interno é o mesmo presente no Cruze, compartilhando, inclusive, componentes como volante, botão de acionamento dos faróis e as alavancas de controles. O console traz tom metálico na parte inferior, posição onde ficam os botões do ar-condicionado e travamento das portas.
O quadro de instrumentos em tamanho reduzido, similar ao de carros de corrida, pode causar estranheza no início, porém o motorista logo se acostuma, uma vez que oferece fácil leitura de todas as informações necessárias: desde o conta-giros no formato analógico ao velocímetro em grandes numerais digitais, além das informações do computador de bordo. Os mostradores são os mesmos já usados por aqui pelo Cobalt.
No mercado americano, é bem equipado de série: tem direção elétrica, assistente de arrancada em subida, monitoramente de pressão dos pneus, rodas de liga, freios com ABS e frenagem de emergência (EBD, controle de estabilidade e 10 air bags. Seus preços partem de de US$ 16 mil (sedã) e de US$ 17,5 mil (hatch).
O jornalista viajou a convite da Anfavea.
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