

Na estrada
Trancos são sentidos na versão automatizada
A versão com câmbio automatizado i-Motion foi avaliada em um percurso de pouco mais de 150 quilômetros, com rodovia de ótima pavimentação e estradas secundárias com asfalto regular. A suspensão elevada, junto dos pneus que a perua ganhou (205/55 R15" em vez dos 195/55 R15" usados da versão original do modelo), dão estabilidade e conforto, principalmente nas partes sem pavimento. Faltou, porém, a opção de equipar o carro com pneus de uso misto.
A versão automatizada do carro, no entanto, dá trancos na hora que o veículo muda de marcha, assim como acontece com o SpaceFox. Contudo, o modelo tem como opcional o volante com shift paddles, o que torna a função de troca de marchas mais suave. Outro diferencial do modelo são os discos de freio.
A Volkswagen aumentou em 24 mm o conjunto dianteiro. De acordo com a marca, o objetivo foi de proporcionar uma melhor sensação na frenagem.
Com câmbio manual, a perua vai de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos (com etanol). Já com o sistema i-Motion, com o mesmo combustível, o modelo alcança 100 km/h em 12 segundos. Ainda de acordo com a montadora, em ambas as configurações de câmbio, o carro mantém a média de consumo de 13,8 km com um litro de gasolina e 9,3 km/l com etanol.
Derivada do SpaceFox e fantasiada de aventureira, a perua batizada de SpaceCross começa a chegar este mês nas concessionárias Volkswagen. Fabricada na Argentina, o modelo está com o preço de R$ 57.990 na versão manual e R$ 60.690 com câmbio automatizado i-Motion. A marca espera vender aproximadamente 1 mil unidades por mês. O carro deve representar entre 20% e 25% das vendas da família SpaceFox no país.
A nova perua utiliza o motor flex 1.6 de 104 cv de potência, que é o mesmo do Space Fox, e no mercado vai enfrentar outros modelos "fora de estrada" que ganham cada vez mais espaço no gosto do brasileiro, como Fiat Palio Adventure, Peugeot Escapade, Citroën AirCross e Nissan Livina X-Gear. Os equipamentos que caracterizam o modelo como "Cross" foram baseados no CrossFox. Contudo, o modelo recebeu adaptações mecânicas, como a nova suspensão, elevada em 33 mm na frente e 35 mm na traseira, além de componentes de segurança como air bag duplo e retrovisor interno eletrocrômico.
No visual, um enorme friso escuro em plástico com a identificação do modelo aparece nas laterais. Além disso, o SpaceCross conta com estribo lateral com detalhe em alumínio, rodeado por molduras na caixas de rodas. As rodas são pintadas de cinza escuro.Na dianteira, o para-choque possui uma ampla entrada de ar, com grade em formato de colmeia. O carro conta com dois grandes faróis auxiliares com dupla função, neblina e longo alcance incorporados.
No interior, o mesmo painel da SpaceFox, com plásticos e aspecto de qualidade. Adereços típicos de versões aventureiras das marcas rivais, como bússola ou inclinômetro, não existem nesta perua. Mas a SpaceCross conta com pedaleiras de alumínio e a logo do modelo nos bancos em tecido. O porta-malas tem capacidade para 430 litros, podendo ser ampliado para 527 litros com os bancos rebatidos.
De série, o modelo conta com ar-condicionado, direção hidráulica, retrovisores com ajuste elétrico, computador de bordo, regulagem de altura no banco do motorista, destravamento do porta-malas pela chave, retrovisor direito autorebatível, além do sistema Coming Leaving Home, que deixa as luzes do farol acesas por alguns segundos. Os opcionais, entretanto, elevam razoavelmente o valor do carro. Na versão com câmbio manual, a pintura perolizada, bancos em couro, CD Player com MP3, Bluetooth e entradas USB e SD Card, mais coluna de direção com ajuste de altura, somariam mais R$ 4.395 ao preço da perua. Na versão com câmbio automático, os mesmo itens somados ao volante multifuncional com shift paddles e comando do rádio custam R$ 4.890.
O jornalista viajou a convite da Volkswagen
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