A frente ganhou novo desenho dos faróis, grade, para-choques e luzes de neblina.| Foto: Renyere Trovão / Gazeta do Povo

A palavra de ordem nas marcas chinesas é lançar SUVs e crossovers. Surfar na onda do segmento que virou o preferido do consumidor brasileiro virou uma estratégia para alavancar as vendas. 

CARREGANDO :)

No estande da Chery (agora parceira da Caoa) no Salão de São Paulo, que terminou no domingo passado (18), só se viu utilitários por todos os lados. Da Lifan não foi diferente.

JAC Motors não participou da feira, mas não perdeu a oportunidade para apresentar o novo T50, nome dado à atualização do conhecido T5, que estreou por aqui em 2016.

Publicidade

>> JAC anuncia carro elétrico mais barato no Brasil, picape e SUV de 7 lugares

O modelo passou por uma plástica e ganhou novo motor para ficar mais competitivo diante da concorrência que não para de crescer. O preço é de R$ 83.990 na versão Pack 2 e de R$ 87.990 na Pack 3.

VISUAL É O PONTO ALTO

A JAC vem acertando em seus lançamentos quando o assunto é visual. Mais uma vez o design é o que se destaca no carro.

Os faróis estão mais esguios, com um desenho similar aos modelos da Audi, e são unidos por uma barra em preto na qual está posicionada o novo logotipo da JAC, lançado no Brasil pelo T40.

Por falar em grade, ela está mais destacada, com maior valorização dos cromados e ligeira mudança no formato hexagonal e nos filetes, agora mais largos.

Publicidade

>> Bons de revenda: estudo aponta os carros que menos desvalorizam

Os faróis lembram o design visto nos carros da Audi.<br> 

Os faróis de milha também receberam um novo formato e a tecnologia cornering light (quando a iluminação acompanha o sentido de conversão do veículo, seja numa curva ou esquina).

A luz diurna em led que contorna a base dos faróis na versão mais cara carimbam a atualização dianteira.

>> CONFIRA OS ITENS DE SÉRIE DE CADA VERSÃO

Publicidade

As lanternas em led se comunicam por uma barra cromada. <br> 

Na traseira, as lanternas em led estão mais estreitas e se comunicam por uma barra cromada bem maior que no T5. O desenho da tampa do porta-malas também mudou, enquanto que a ponteira dupla dos escapes cromados aumentou de tamanho. 

As alterações externas contemplam ainda novos contornos dos para-choques e retrovisores, rodas de liga aro 16 redesenhadas e com as pinças do freio pintadas de vermelho, agregando charme ao conjunto. 

>> Bons de revenda: estudo aponta os carros que menos desvalorizam

INTERIOR TOTALMENTE NOVO

Por dentro, a repaginação foi geral. O painel não herdou nada do antecessor. Há um ar mais clean na cabine, sem excessos de botões ou profusão de recortes, e um cuidado maior no acabamento.

Publicidade

Destaque para o material soft costurado sobre o cluster e na parte central, apesar do plástico duro da parte superior e nas portas.

Novamente a Audi serviu de inspiração para os comandos do ar-condicionado digital e as saídas de ventilação com detalhes com molduras acetinadas. 

A  cabine está mais clean, sem excessos de botões ou profusão de recortes, e um cuidado maior no acabamento. 

Já a central multimídia de 8 polegadas subiu para o topo do painel e remete à da Mercedes-Benz e da Fiat. 

O volante multifuncional atualizado traz comandos do computador de bordo, controle de cruzeiro e contorno cromado no miolo que transmite maior sofisticação. 

Publicidade

Os arcos do quadro de instrumentos agora exibem formato arredondado (antes era poligonal) e incorporam novos grafismos.

>> Zoe, Leaf e Bolt: começa a guerra dos elétricos ‘populares’ no Brasil

TECNOLOGIA DE SOBRA

Como todo carro chinês, o pacote de itens de série e tecnologia é farto. Mas também a falta de esmero na interação continua.

A central multimídia tem uma tela imensa, de 8 polegadas, com boas funcionalidades, mas o MirrorLink que espelha o celular (Android ou IOS) não é tão simples de configurar. 

O mesmo se aplica para o quadro de instrumento. Os marcadores analógicos são de fácil visualização, enquanto que o computador de bordo digital exibe um grafismo ultrapassado e que exige um certo esforço para enxergar os números reduzidos. 

Publicidade

Em compensação o T50 é equipado com o sistema de monitoramento em 360 graus, com cinco câmeras ativas, que mostram ao redor do carro e ainda projeta uma ‘visão de cima’. 

A câmera 360 graus facilita as manobras em lugares mais apertados.<br> 

A tecnologia, mais comum em carros premium (o Kicks é outro da categoria a oferecer), auxilia bastante na hora da manobra.

Outro recurso interessante, emprestado do T40, é a câmera frontal fixada no para-brisa para gravação de vídeos e fotos durante o trajeto. É possível registrar paisagens e o que acontece no trânsito à frente, como um acidente, podendo até identificar de quem é a culpa, caso seja necessário.

A tecnologia evoluiu em relação ao T40, já que as imagens agora são reproduzidas na tela do multimídia. 

Publicidade

No quesito comodidade o T50 é equipado com o sistema keyless, no qual permite abrir e fechar a porta sem tirar a chave do bolso (apenas pressionando a maçaneta) e ligar o carro por botão.

Há ainda uma entrada USB atrás (no túnel central) com 2.4 mAh, ideal para recarregar mais rapidamente o celular.

>> Volks revela a picape Tarok para provocar a Toro

 

MOTOR MUDA, MAS AINDA FALTA TEMPERO

Um dos pontos negativos do T5 era o seu motor 1.5 VVT flex, de 127 cv e 15,7 kgfm de torque, com pouco apetite para o tamanho do carro. A JAC substituiu pelo 1.6 DVVT, de 138 cv e 17,1 kgfm, entregando mais força, porém ainda sem tempero para uma condução mais divertida.

Publicidade

O ritmo das respostas é sofrível, culpa em boa parte do câmbio automático do tipo CVT, que tem por natureza responder lentamente à pressão no acelerador. Mesmo no modo Sport, o desempenho não empolga. 

 

Já a simulação de seis marchas, com trocas na alavanca, até ajuda na hora de uma ultrapassagem em rodovias, com o giro acima de 3.500 rpm. Mas não espero o mesmo resultado em saídas de semáforo ou cruzamento.

Rodando a 110 km/h, o conta-giros marca satisfatórios 2.800 rpm, contribuindo para o melhor consumo.

A direção elétrica é macia na hora da manobra, porém o sistema progressivo em velocidades mais altas não é tão eficiente. Ele transmite pouca segurança em curvas ou mudanças bruscas de direção. 

Publicidade

Cabe ao bom acerto da suspensão, que ficou mais firme, corrigir uma parte desta instabilidade. Também é sentida a ausência do ajuste de profundidade do volante.

CONFIRA AS DUAS VERSÕES DO JAC T50
T50 Pack 2
R$ 83.990
Publicidade
  • Direção elétrica; ar-condicionado digital; vidros das quatro portas com antiesmagamento; trava central e retrovisores elétricos e função one-touch para subir/descer os vidros; alarme antifurto, assistente de partida em rampas, controle de estabilidade; sistema de monitoramento de pressão dos pneus; assistente nas frenagens de pânico; Isofix para fixação de cadeirinhas infantis; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; coluna de direção ajustável na altura; computador de bordo; faróis com regulagem elétrica de altura; bancos revestidos em couro ecológico; faróis de neblina dianteiros e traseiro; luzes de conversão estática (cornering lights); rodas de liga leve aro 16; volante multifuncional; duas entradas USB; e tomada 12V no console central e no porta-malas.
T50 Pack 3
R$ 87.990
  • Adiciona câmera frontal (grava imagens à frente do carro e reproduz também no multimídia, além de conversas no interior da cabine); câmera de imagem panorâmica 360 graus; câmera de ré; rebatimento elétrico dos retrovisores; função 'follow me home' (luzes se mantém acesas por um período após o veículo ser desligado), faróis com acendimento automático (sensor crepuscular); luzes diurnas em led; rack no teto; volante revestido em couro; piloto automático; kit multimídia com tela de 8” e tecnologia mirror link (espelhamento de celulares Android e IOS).
*O jornalista viajou a convite da JAC Motors
Publicidade
SIGA O AUTO DA GAZETA NO INSTAGRAM