Apesar das mudanças sutis, é possível notar que a nova geração da Suzuki GSX-R 1000 foi reestilizada. Técnica que a fábrica de Hamamatsu domina: atualizar um modelo, mas sem extrair sua identidade. Os fãs agradecem, mas os críticos mais ácidos acham que já era hora de uma mudança mais radical. O fato é que a décima geração dessa esportiva manteve as qualidades que fizeram a fama da linhagem. E não é para menos, já que a marca nipônica constrói superesportivas há 25 anos. Lançada no exterior em 2009, a Suzuki GSX-R 1000 não traz os apelos eletrônicos de uma BMW S 1000RR ou os modernos freios da Honda CBR 1000RR. Mas ainda impressiona com suas qualidades: um motor que cresce de giros quase que exponencialmente e um chassi intuitivo, que quase "conversa" com o piloto.
O motor DOHC (duplo comando no cabeçote), quatro cilindros, quatro tempos, 16 válvulas e com arrefecimento líquido, de 999 cm³, gera 185 cv de potência e 11,9 kgfm de torque. Graças às mudanças no gerenciamento do propulsor, os 185 cavalos de potência máxima a 12.000 rpm são entregues de forma bastante linear e controlável. Mas experimente exagerar no acelerador em terceira marcha e veja o mundo ficando para trás rapidamente.
A GSX-R 1000 conta com avançado sistema de exaustão que reduziu as emissões de CO2. Para completar, os escapamentos são feitos em titânio e aço inoxidável e foram inspirados nos modelos utilizados no Campeonato Mundial de Motovelocidade, categoria MotoGP.
Pilotagem
O piloto ainda pode selecionar um dos três mapas de gerenciamento do motor (A, B e C) para diferentes situações de pilotagem. A mudança no novo modelo fica por conta do reposicionamento do seletor no punho esquerdo, facilitando seu acionamento. Assim, o sistema S-DMS (Suzuki Drive Mode Selector) possibilita a escolha do modo de pilotagem de acordo com a preferência ou condições de pilotagem como, por exemplo, em pista fechada ou com chuva. Fica evidente a diferença de comportamento do motor quando o piloto seleciona uma das três opções de seleção.
A impressão de controle na pilotagem também se deve muito ao novo quadro e ao conjunto de suspensões. Na dianteira, o sistema de big piston fork (garfo de pistão grande em tradução literal) evita mergulhos em frenagens bruscas e transmite total confiança para o piloto em curvas.
O novo desenho da balança traseira e o amortecedor totalmente regulável mantém a roda traseira no chão em curvas de alta velocidade de uma forma que dá vontade de testar o limite dessa superbike, ainda mais em pista fechada, caso deste teste.
A distância entre-eixos está um centímetro menor, porém a balança traseira foi alongada em 3,2 cm resultando em uma melhor tração na roda traseira e mais estabilidade.
Já o sistema de freio é composto por duplo disco flutuante com fixação radial, de 310 mm de diâmetro e mordido por pinças de quatro pistões opostos na dianteira. Na traseira, disco simples de 220 mm de diâmetro e mordido por pinça de um pistão. Apesar da não adoção do sistema de freios ABS, o comportamento dos freios está de acordo com a proposta da moto, mas é preciso saber dosar a força no manete. Para ajudar ainda mais no trabalho de frenagem e amortecimento, a moto está calçada com pneus radiais de perfil esportivo nas medidas 120/70ZR 17 (D) e 190/50ZR 17 (T).
Apesar do porte avantajado da Suzuki GSX-R 1000, o piloto vai bem encaixado no estreito tanque, que tem capacidade para 17,5 litros de gasolina. A posição de pilotagem é até confortável para uma superesportiva, já que a GSX-R1000 conta com pedaleiras ajustáveis e uma tampa substitui o assento traseiro para pilotagens solo.
Painel e preço
Completo, o painel de instrumentos da Suzuki 1000 conta com display em LCD que traz várias informações: dois hodômetros (parciais e reserva), temperatura do líquido de arrefecimento, alerta de baixa pressão do óleo, cronômetro de volta, seleção do S-DMS e barra gráfica indicando a intensidade do brilho do painel, além de relógio.
O preço sugerido da GSX-R 1000 é de R$ 58.900. Valor interessante para se ter um ícone entre as superesportivas. Uma moto com motor potente, chassi excelente, mas sem o visual moderno e toda a tecnologia da concorrência.
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