A vida do Ford EcoSport e do Renault Duster cada dia parece ficar mais complicada. A chegada de rivais de peso, como Honda HR-V e Jeep Renegade, além do Peugeot 2008 e JAC T6, começa a afetar as vendas dos então líderes do segmento de SUVs e crossovers compactos.
Para piorar a situação dos ‘veteranos’, outro adversário acaba de subir ao ringue. A Suzuki lança o SX4 S-Cross, um ‘crossover puro’ como frisa a marca, que entrega uma farta lista de itens de série, tecnologias inéditas e tração 4x4 nas versões mais completas. Os preços variam de R$ 74.900 na versão de entrada GL 4x2, com câmbio manual de cinco velocidades, e batem os R$ 105.900 na topo de linha GLS 4x2, com transmissão CVT.
O modelo vem equipado com um motor 1.6 16V a gasolina, de 120 cv e 15,5 kgfm. Parece pouco, porém o ‘peso leve’ do modelo (apenas 1.190 kg na versão GLS 4WD, ou 550 kg a menos que o HR-V) possibilita desempenhos interessantes, especialmente na estrada.
Mesmo com uma rede reduzida no mercado nacional – são 54 lojas no Brasil – a Suzuki afirma que o S-Cross entra na briga com a pretensão não só de roubar clientes dos rivais diretos, mas atrair também consumidores de sedãs médios como Toyota Corolla e Honda Civic e de SUVs maiores.
“O S-Cross oferece o mesmo espaço interno de um sedã (são 2,60 m de entre-eixos) e é menos dispendioso para o uso cotidiano do que um utilitário grande, especialmente no consumo de combustível, além da vantagem de caber em qualquer garagem”, justifica Luiz Rosenfeld, presidente da Suzuki do Brasil.
Multimídia
A central multimídia disponível na versão GLS, além da tela de 8”, com câmera de ré e GPS integrado, traz ainda o sistema Android 4.1. Ele pode ser conectado por wifi e sinais 3G e 4G de celulares, permitindo fazer o download de aplicativos, como player de música online e até do navegador Waze.
A meta da Suzuki é modesta comparada à concorrência. A previsão é entregar 1,5 mil unidades até o fim de 2015, quase o mesmo volume que a Peugeot projetou para o 2008, porém ao mês. Já HR-V, EcoSport e Duster passam dos 2,5 mil licenciamentos mensais facilmente.
Contudo, a marca japonesa projeta melhorar o desempenho a partir do ano que vem, subindo para 250 carros/mês, o que daria 3 mil unidades em 12 meses. “Não estamos preocupados com volume de venda e sim em oferecer qualidade no produto e no atendimento ao cliente”, ressalta Rosenfeld.
Revisão
A Suzuki oferece revisão com preço fixo, adotando também a estratégia usada por boa parte das marcas. O custo da primeira revisão com 10 mil km ou 6 meses é de R$ 404. O da segunda, com 20 mil km ou 1 ano, é de R$ 455, e o da terceira, com 30 mil km ou 1 ano e meio, sai por R$ 647.
Lançado lá fora no fim de 2013 e apresentado ao mercado brasileiro no Salão de São Paulo de 2014, o S-Cross chega importado da Hungria e conviverá no Brasil com o ‘irmão’ menor SX4. Os preços iniciais contemplam apenas a pintura em vermelho sólido. As demais cores, perolizada ou metálica, acrescentam R$ 1.400 ao preço. A versão topo GLS ainda tem opção de combinar duas tonalidades, com o teto diferente (bronze/bege, prata/preto, cinza/preto e branco/preto) e, neste caso, o preço sugerido sobe R$ 1 mil.
Tração inteligente e motor 1.6 que dá conta do recado
Com bom nível de equipamentos, o SX4 S-Cross oferece conforto e maciez ao dirigir que agradam em cheio ao consumidor urbano, assim como Honda HR-V e Peugeot 2008. Mas, ele se difere de ambos ao contar com a tração 4x4 - a partir da versão GLX (R$ 95.900) -, presente também no Jeep Renegade Sport 2.0 turbodiesel (R$ 99.900), de 170 cv e câmbio automático de 9 marchas, no EcoSport Fresstyle 2.0 (R$ 82.900) e no Duster Dynamique 2.0 (R$ 74.990), os dois últimos dotados de câmbio manual de seis marchas e potência máxima de 147 cv e 148 cv, respectivamente.
Só que o concorrente japonês está um degrau acima neste quesito com a tecnologia All Grip. Nela, a tração integral atua sob demanda conforme a exigência do terreno. Ou seja, a entrega do torque, feita de modo automático, pode se concentrar tanto na dianteira quanto na traseira ou ainda dividi-la entre os dois eixos (de forma igualitária ou não) de acordo com velocidade e posição do volante empregados pelo condutor e o tipo de aderência e irregularidades no piso identificadas pelos sensores.
“O All Grip é o sexto sentido do carro. Ele toma a decisão (aplica o freio, coloca o torque) antes da ação do condutor, evitando que este venha a cometer um erro que coloque em risco a dirigibilidade. Ele age antes mesmo dos sistemas ESP (controle de estabilidade) e TCS (de tração) entrarem em ação, uma vez que estes ‘tomam’ a atitude só depois de ocorrer a manobra errada”, explica o presidente da Suzuki.
Se preferir, o motorista pode optar por quatro modos de condução que fazem uso do sistema 4x4 e são acionados por meio de um seletor giratório digital no console central: automático (sob demanda), esportivo, neve/lama e lock 4x4 (com bloqueio eletrônico do diferencial).
Quanto ao propulsor 1.6 a gasolina, ele é suficiente para movimentar o crossover sem perdas em retomadas ou quando se quer respostas maiores do velocidade. A tecnologia TECT (Total Effective Control Technology) aplicada à estrutura deixou o carro mais leve e criou um efeito em cascata, possibilitando a redução de tamanho de outros componentes, inclusive da utilização de um motor menor. O Suzuki vai da inércia aos 100 km/h em 11,68 segundos no câmbio CVT. Outro ganho é no consumo: a configuração 4x2 CVT recebeu nota A do Inmetro e selo de eficiência do Conpet, com média de 11,9 km/l para cidade e 13,2 km/l na estrada.
O que ele traz
Confira os preços e as versões do SX4 S-Cross:
GL 4x2 – R$ 74.900
Direção elétrica; câmbio manual; ar-condicionado manual; volante em couro multifuncional; sistema multimídia com bluetooth e MP3; computador de bordo; rodas de liga leve aro 16; trio elétrico; faróis de neblina; ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem); BAS (auxílio de frenagem de emergência); BOS (brake override, que inibe o acelerador durante as frenagens caso ambos os pediais sejam acionados ao mesmo tempo equivocadamente); Isofix; e quatro airbags.
GLX CVT 4x2 – R$ 88.900
Adiciona rodas aro 17; câmbio automático CVT com aletas para trocas manuais no volante; seis airbags; piloto automático com limitador de velocidade; rack de teto; sistema de partida sem chave; sensor de estacionamento dianteiro e traseiro; controles de tração e de estabilidade; retrovisores com rebatimento elétrico e pisca integrado; Hill Hold (assistente de partida em rampas); e ar digital de duas zonas.
GLX CVT 4x4 – R$ 95.900
Agrega tração integral sob demanda, com seletor de modo de condução (All Grip) e bloqueio do diferencial; e revestimento de couro para bancos e portas.
GLS CVT 4x4 – R$ 105.900
Agrega faróis bixênonio e luz diurna em led; sensores de chuva e de iluminação; teto solar elétrico; espelho retrovisor interno eletrocrômico; sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas, câmera de ré, GPS, além de um ambiente operacional Android.
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