O Tata Nano chegou às lojas da Índia em 2009 com a promessa de ser o carro mais barato do mundo. À época, mais de 200 mil pessoas compraram unidades na pré-venda. Porém, quase dez anos e muitos problemas de segurança e qualidade depois, a história do modelo parece estar chegando ao fim.
O fim da produção ainda não foi anunciado oficialmente pela empresa, mas de acordo com um levantamento feito pela agência Bloomberg, é só uma questão de tempo: em junho deste ano, apenas uma unidade foi fabricada, ante 275 no mesmo período do ano passado. Os emplacamentos do mês também foram baixíssimos: somente três - e nenhum exemplar foi exportado.
>> T-Cross: teste na Europa revela características internas do SUV da VW
Inicialmente, a meta da Tata Motors era de vender 250 mil exemplares por ano, mas o melhor período de vendas do Nano foi em 2011, quando 74.527 unidades foram emplacadas. Em 2016 e 2017 o número chegou apenas a 7.591 exemplares.
Além disso, fontes internas afirmaram à agência que não há condições de manter a produção para além de 2019. A única saída seria colocar novos investimentos no modelo.
O compacto foi projetado para ser o primeiro carro das famílias indianas. O motor do Nano rendia 35 cv e 4,9 kgfm. O carro custava 100 mil rupias, cerca de R$5 mil. Contudo, o baixo custo tinha um preço: o modelo não tinha ar-condicionado e alguns equipamentos de segurança, como airbags e freios ABS. No porta-malas, o espaço era suficiente apenas para uma maleta.
Aos poucos, surgiram também os casos de incêndio e baixo desempenho em testes de colisão, que prejudicaram a imagem do modelo e frustraram os planos de levá-lo para outros mercados, como o americano e o europeu.
Em 2015 a montadora tentou reverter a situação, produzindo uma versão reestilizada com melhorias - mas ainda sem airbags e freios ABS. Batizada de GenX Nano vinha com direção elétrica, computador de bordo e sistema de som com bluetooth. O modelo recebeu pequenos retoques e vinha em opções com câmbio automático de cinco marchas ou manual de 4 marchas. O consumo prometido era de 21,9 km/l.
Para o futuro, a montadora tinha planos para produzir uma versão elétrica do carro, mas, pelo menos por enquanto, parece que eles terão que ficar na gaveta.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião