A Tesla finalmente anunciou o lançamento do aguardado Model 3, que custa a partir de US$ 35 mil (cerca de R$ 130 mil). É o carro elétrico que os motoristas convencionais podem finalmente pagar e que pode ajudar a fabricante a estacionar também na garagem da classe média norte-americana.
No ano passado, o Model 3 foi o elétrico mais vendido no mundo, com R$ 146 mil unidades emplacadas.
A versão ‘básica’ do carro terá autonomia de 355 km, uma velocidade máxima de 210 km/h e acelerará de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos.
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A configuração do Model 3 mais barata até então custava US$ 42,9 (R$ 160,4 mil). A diferença significativa de US$ 7,9 mil (R$ 30 mil) se traduz em maior autonomia (eram 525 km) e aceleração mais rápida (de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos).
Elon Musk também anunciou novidades no formato de venda dos seus carros. "Agora você pode comprar um Tesla na América do Norte através do seu telefone em cerca de 1 minuto, e essa capacidade em breve será estendida em todo o mundo", disse a companhia no anúncio.
"Ainda teremos lojas, mas elas serão convertidas em galerias e centros de informação", disse Musk.
Ao mudar as vendas para online, o executivo afirmou que a Tesla vai fechar algumas concessionárias e demitir funcionários, o que permite economizar dinheiro e reduzir o preço do carro. "Não há como evitar isso. Eu gostaria que houvesse outro jeito", justificou.
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A empresa anunciou em janeiro que planejava cortar 7% de sua força de trabalho à medida que aumentasse sua produção do Model 3. Além disso, Musk disse que levará pelo menos mais dois ou três anos antes que a Tesla possa produzir um carro mais barato.
Os clientes agora poderão fazer o test drive no veículo antes de comprar e terão o direito de devolver o produto com reembolso integral se fizerem isso em até sete dias ou antes do carro atingir 1,6 mil km rodados.
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A Tesla vem prometendo a versão mais acessível desde que revelou o seu sedã de tamanho médio em 2016, à época também por US$ 35 mil. Mas uma longa série de atrasos significava que os motoristas só poderiam obter o carro a um custo maior.
O preço prometido originalmente ajudou a tornar Tesla um nome familiar: depois que Musk apresentou o carro há três anos, mais de 400 mil compradores pagaram para colocar seu nome em uma lista de reservas.
No entanto, ele decidiu priorizar a produção de configurações mais caras do carro para manter as margens de lucro altas.
Musk defendeu a decisão afirmando que fazer opções mais baratas não seria lucrativo e poderia levar Tesla à "morte". O CEO da empresa, porém, afirmou que não espera que a Tesla se torne uma empresa lucrativa já neste trimestre, o que levou as ações a caírem mais de 4% no mercado de futuro em Nova York.
Em 2006, quando sua empresa era conhecida apenas por seu esportivo de luxo Roadster, Musk disse que fabricar carros de família a preço acessível era o ‘plano secreto' da Tesla para gerar lucro e eliminar o mundo dos combustíveis fósseis.
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Em julho de 2018, a empresa anunciou que havia alcançado a meta de fabricar 5 mil sedãs Model 3 por semana, mas os únicos oferecidos para venda estavam a preços de carros de luxo.
Mesmo antes da versão mais acessível, o Model 3 já é um enorme sucesso de vendas. Em 2018, foram nada menos que 145.610 unidades vendidas nos EUA - no Brasil, estes números dariam ao carro de Elon Musk a segunda posição no ranking de vendas, atrás apenas do Chevrolet Onix.
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