O consumidor que for comprar um carro zero-quilômetro tem agora mais um quesito para avaliar na hora de escolher um modelo: o consumo de combustível. Chevrolet, Fiat, Honda, Kia e Volkswagen são as primeiras montadoras que atuam no país a aderir ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE Veicular). Ao todo, 13 modelos (com diferentes versões de motorização) passaram por avaliações e receberam a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, que indica o consumo do carro, tanto na cidade quanto em rodovias.
Mas se os dados já estão disponíveis para alguns carros, ter acesso a eles é um pouco mais complicado. Isso porque a adesão dos fabricantes é voluntária e as montadoras nem precisam fixar a etiqueta nos veículos. Porém, com ou sem o selo, o consumidor deve pedir as informações de consumo nas concessionárias.
Apesar do PBVE não ser obrigatório, o governo aposta que o consumidor acabará pressionando os fabricantes a participar do programa. O Brasil, na realidade, é um dos últimos países com um mercado de peso onde a maioria das montadoras ainda não informa dados de consumo. "O programa de etiquetagem é um fator de competitividade na indústria nacional e influenciará na eficiência dos veículos brasileiros, já que as normas adotadas aqui são alinhadas às existentes no exterior", afirma João Jornada, presidente do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), órgão federal responsável por desenvolver o programa.
Assim que uma montadora adere ao PBE Veicular, o fabricante deve submeter 50% do volume de sua frota a testes de consumo em laboratório (sejam eles das próprias montadoras ou em outros indicados pelo Inmetro), conforme norma ABNT NBR 7024.
Depois de passarem pelos testes que simulam situações muito próximas às condições reais de uso do veículo, com ciclos de condução e combustíveis padronizados , os carros são classificados de A (menor consumo) a E (maior consumo), de acordo com os concorrentes de sua categoria. São quatro categorias (sub-compacto, compacto, médio e grande). Na escala dos melhores (A) para os piores (E) colocados, Mille 1.0; Picanto 1.0; Gol 1.0; Fit 14, manual e Polo1.6 Bluemotion foram os campeões todos conquistaram "A". Estão mal (E): Palio (1.4 e 1.8), Idea (1.4) e Siena (1.8).
Parâmetro
Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, empresa especializada na análise do comportamento do setor automotivo, lembra, no entanto, que os dados das etiquetas servem apenas como parâmetro para o consumidor. "Cada motorista tem seu modo de dirigir, o que influencia totalmente no consumo de combustível do veículo. Por exemplo, há pessoas que pisam mais no acelerador, o que eleva o gasto com álcool ou gasolina", justifica o especialista.
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Avião comercial e helicóptero militar colidem em Washington, nos EUA
Girão cita riscos com possível volta de Alcolumbre à presidência do Senado; assista ao Entrelinhas
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião