A Toyota lança a nova geração do SW4, que, inicialmente, será oferecida apenas na versão SRX, com transmissão automática de seis velocidades, tração 4x4 e capacidade para cinco e sete lugares.
O modelo estará disponível com duas motorizações: a 4.0 V6 a gasolina, de 238 cv e 38,3 kgfm de torque e a 2.8 a diesel, de 177 cv e 45,9 kgfm, que, neste caso, significa um aumento de 6 cv e 25% de torque se comparado ao antecessor. O motor flex deverá aparecer no segundo semestre.
Os preços começam em R$ 205 mil, na configuração a gasolina e somente com sete lugares, sobem para R$ 220 mil na diesel para cinco pessoas e vai a R$ 225 mil na diesel com sete assentos.
A antiga versão de entrada, SR com motor 2.7 flexível (que deixa de ser oferecido) e câmbio manual, custava R$ 130.050 e podia chegar aos R$ 139.400 com transmissão automático e sete lugares. Com motor diesel, os preços variavam entre R$ 204.800 e R$ 210.050, com cinco e sete assentos, respectivamente.
LEIA MAIS: Primeiro lote se esgota antes da estreia em Curitiba
Visual
O renovado SUV, produzido na Argentina e derivado da Hilux, agora surge com um visual próprio, descolado da picape, e que nada lembra a geração anterior, lançada em 2005.
Os faróis estão mais afilados, com luzes diurnas em led e a grade ficou mais estreita e ganhou bordas grossas cromadas nas laterais. A traseira traz lanternas bipartidas e com recorte fino, integradas por uma régua cromada.
O principal concorrente é o Chevrolet Trailblazer, que parte de R$ 163.790 para a versão 3.6 V6 a gasolina (277 cv e 34,5 kgfm), indo para a R$ 192.090 com motor 2.8 turbodiesel (200 cv e 51,0 kgfm), sempre com sete lugares e câmbio automático de seis marchas.
Motor menor é valente e há menos sacolejo na cabine
Não foi só no visual que o novo SW4 mudou. Tanto é que ao entrar na cabine a primeira constatação é de que está mais luxuosa e com um acabamento bem superior ao da geração antiga.
Há inserções de couro e madeira no painel e portas. O console central é ladeado por duas colunas com material de qualidade. O quadro de instrumentos conta com um visor digital de 4,2 polegadas com informações do computador de bordo e a central multimídia com tela de 7” vem com GPS, TV digital, DVD, MP3 e Bluetooth, além de exibir as imagens captadas por uma câmera traseira.
Parte das funcionalidades das duas telas também pode ser acessada por botões no volante. Os bancos, revestidos de couro, são confortáveis e é possível achar com facilidade a melhor posição de dirigir, já que o volante conta com ajuste de profundidade e de altura.
Embora de não ser arrebatador, o motor 2.8 diesel, de 177 cv e 45,9 kgfm, acoplado a um novo câmbio automático de seis marchas, tem força suficiente para empurrar o utilitário que pesa mais de duas toneladas. A vantagem desse bloco menor (o outro era 3.0) é entregar quase a mesma potência, com um consumo inferior.
As retomadas são rápidas e as acelerações consistentes, mesmo com o câmbio oferecendo marchas de relações longas. Elas ajudam a manter rotações e nível de ruído baixos na estrada, mas tiram um pouco de agilidade do modelo. Ao menos, há opção de trocas manuais por aletas atrás do volante. No modo Sport da transmissão, é visível uma resposta mais bruta.
Silêncio a bordo
Outra grande mudança, em relação a geração anterior, é que a cabine está bem mais silenciosa. Ao rodar na rodovia com velocidades entre 110 e 120 km/h pouco se ouve o ronco do motor.
A suspensão também passou por mudanças e ficou mais firme. Agora, o SW4 balança menos em mudanças de direção e, sobre o asfalto irregular, faz com que os passageiros sacolejem menos do que a geração antiga.
Em trechos off road, como o realizado na região de Itupeva (SP), o SW4 mostra valentia. Balança, mas ainda trata bem os ocupantes e consegue superar obstáculos sem grande esforço aparente.A tração integral, acionada por meio de um seletor giratório no painel, tem opção de reduzida e deixa o modelo pronto para caminhos mais severos. Nesse ambiente, o SW4 se sente em casa e praticamente ignora lamaçais, valetas e trechos de terra.
O que ele traz
Confira os itens de série do Toyota SW4:
SRX V6 7 lugares (gasolina)
R$ 205 mil
SRX 2.8 5 lugares (diesel)
R$ 220 mil
SRX 2.8 7 lugares (diesel)
R$ 225 mil
Principais itens de série
Direção elétrica; faróis full led; rodas de liga leve aro 18 com pneus mistos; ar-condicionado digital com saídas para todas as fileiras; abertura elétrica do porta-malas; banco do motorista com regulagens elétricas; câmera de ré; e bancos em couro.
Central multimídia com tela de 7 polegadas; DVD/TV digital e GPS; acesso e partida ‘sem chave’; lanternas em led; vidros, travas e retrovisores elétricos, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho (para o motorista); computador de bordo em tela LCD 4,2”; e porta-malas com carregador de 220V.
Controles de estabilidade e tração, assistentes de partida em aclives e declives, assistente de reboque (ajuda a carga a permanecer em linha reta), dois modos de condução (Eco e Power), e tração 4x4 com seletor eletrônico e bloqueio do diferencial.
Primeiro lote se esgota antes da estreia em Curitiba
- Renyere Trovão
As concessionárias de Curitiba realizaram o lançamento do SW4 simultaneamente à apresentação do carro para imprensa. E, antes mesmo de a novidade aparecer no showroom das lojas, o primeiro lote de unidades já estava todo vendido para clientes que fizeram a reserva antecipadamente.
“O SW4 está com visual diferenciado e moderno, que lembra o de utilitários de marcas premium, como Land Rover. Agora ele deixa de ser apenas a versão SUV da picape Hilux”, enfatiza Moacir Cossia, diretor superintendente do Grupo Sulpar, na capital. A adoção de uma personalidade própria para o carro, segundo o executivo, despertou ainda mais o interesse dos consumidores pela nova geração.
Por enquanto, as versões disponíveis são apenas a diesel. “Ainda não temos previsão de quando chegará a gasolina, mas deve ser em breve. Já no segundo semestre, provavelmente em agosto, venha a motorização flex”, salienta Cossia.
Na Espaço Motors, quem visitou o SW4 Day, realizado nesta quinta-feira (18), pode conferir a novidade de perto, realizar o test drive, mas não conseguiu sair de lá com o jipão adquirido. O primeiro lote da loja também foi arrematado na pré-venda do modelo.
“Os novos pedidos serão atendidos em até 30 dias, dependendo da cor pretendida. É o caso da prata e da preta, que tem menor procura. Já na branca (bastante requisitada), a espera pode chegar a 45 dias”, diz Rodrigo Borges Coelho, gerente de Novos da concessionária.
No ano passado, o utilitário emplacou 8.693 unidades, volume que impressiona neste segmento. Com a chegada da nova geração, a Toyota espera manter este mesmo patamar de vendas, sendo 75% delas da versão de sete lugares a diesel. Outros 20% dos emplacamentos contemplam a diesel de cinco lugares e apenas 5% a configuração ‘mais em conta’ a gasolina.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião