É difícil não olhar para esta moto, ainda mais se a pintura for vermelha como no modelo testado. Na dianteira, os faróis mais parecem os olhos de uma fera. As bengalas dianteiras douradas e escapamento com saída por baixo do banco mostram que esta moto nasceu nas pistas. Ao ligá-la surge a primeira surpresa: o ronco é diferente do esperado e mais parece um assobio. Porém, o que impressiona mesmo é a resposta do motor, rápida e forte em quase todos os regimes de rotação.
Desde que foi lançada, a Triumph 675 Daytona ganhou diversos comparativos e corridas da categoria SuperSport. Apesar de um cilindro a menos que a concorrência, sim ela é uma tricilíndrica, o motor tem 75 cc a mais de capacidade, daí o nome 675. Atualmente, as principais rivais são Honda CBR 600RR, Kawasaki ZX-6R, Yamaha YZF-R6 e Suzuki GSX-R600 - as duas últimas não são vendidas no Brasil.
Normalmente as superesportivas de 600 cc são mais "calmas" em baixas rotações, precisando atingir altos giros para entregar toda a potência. Mas, na hora de acelerar essa inglesa, supreende a resposta do motor, mesmo em baixas rotações. O principal trunfo é a arquitetura de seu motor com três cilindros. Segundo a Triumph, essa configuração tem o melhor dos dois mundos: o rápido aumento de rotações de um motor bicilíndrico e a "explosão" em altas rotações de um tetracilíndrico.
A potência de 126 cv e o torque de 7,54 kgfm impressionam frente a qualquer 600 do mercado. Outra característica do motor três cilindros é seu tamanho reduzido em relação às tetracilíndricas. Além de seu peso menor, permite que a moto seja mais estreita e fácil de domar. Basta alguns minutos para começar a abusar do acelerador.
Freios
Para quem gosta de pilotar em circuito ou mesmo participar de um track day, tem na Daytona 675 um veículo para fazer bonito nas pistas. Os freios são potentes e precisos, na dianteira os discos têm 308 mm de diâmetro (na Yamaha YZF-R1 são de 310 mm). Se isso não bastasse, as linhas trazem cobertura com malha de aço (o chamado aeroquip). A suspensão, com tubos de 41 mm na dianteira, oferecem todo o tipo de regulagem e garante ótima estabilidade.
Abaixado na bolha é possível ver o completo painel que tem shift-light e até mesmo marcador de velocidade máxima atingida. A posição de pilotagem é radical, com o condutor praticamente deitado sobre o eixo dianteiro. Mas essa posição "racing" chega a ser interessante em viagens mais longas.
Muitos motociclistas partem logo para as esportivas de 1.000 cc como primeira moto grande. Pilotar uma SuperBike realmente é uma experiência única, porém o piloto precisa estar muito bem preparado para domar essas feras. Mas com uma 600 cc ou mesmo uma 675 cc você consegue a mesma diversão por um preço mais acessível e em uma moto mais fácil de pilotar.
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