As novas motocicletas Triumph Tiger 800 XRx e Tiger 800 XCx, lançadas no Salão de Milão em novembro do ano passado, começam a ser vendidas em abril no mercado nacional com preço sugerido de R$ 42.190 e R$ 45.390, respectivamente. Montadas em Manaus, as duas devem responder por 1,5 mil unidades vendidas até o fim do ano, segundo prevê a marca inglesa.
O novo visual da Tiger traz a proteção atualizada para o radiador e as linhas mais ousadas do painel lateral do tanque de combustível, este com capacidade para 19 litros. O conforto também foi melhorado através de mudanças projetadas para reduzir o peso nos punhos e para aumentar o espaço para as pernas. O para-brisa é ajustável e as duas versões são equipadas com protetores de mão.
Topo da gama
Vale ressaltar que as duas versões da Tiger 800 são topos de gama, com o ‘x’ minúsculo na nomenclatura e todos os extras que se tem direito. A Triumph também irá lançar as versões mais ‘básicas’, sem o ‘x’, que ainda não estrearam lá fora. As futuras XR e XC terão freios ABS e controle de tração, mas sem os modos de pilotagem e outros itens opcionais.
Entre as tecnologias incorporadas pela moto aventureira estão os sistemas eletrônicos, como o acelerador Ride by Wire (sem cabo de aço), freio ABS comutável (previne o travamento das rodas em todas as condições de terreno), controle de tração, diferentes mapas de aceleração, modos de pilotagem selecionáveis e piloto automático.
O conjunto de freios ABS permite ser personalizado em três modos de pilotagem. Na opção off-road, por exemplo, o ABS é desabilitado para que o condutor não tenha dificuldades ao parar a moto em terrenos com pouca aderência.
Concorrência
A antiga versão standard, agoraTiger 800 XRx, passou de R$ 36.490 para R$ 42.190. E a XC, agora XCx, foi de R$ 39.990 para R$ 45.390. A principal rival, a BMW F 800GS, que já tinha ABS e controle de tração, sai por R$ 43.350 (standard), e R$ 47.900 ( Adventure).
O controle de tração está presente nas duas versões. O recurso previne o giro inesperado da roda traseira, cortando o torque do motor para evitar a perda de aderência lateral, proporcionando controle tanto na rodovia como em terrenos fora de estrada.
A versão topo XCx oferece também com as configurações ‘estrada’ e ‘off-road’. No modo ‘off-road’, o controle de tração permite maior deslize da roda traseira em comparação ao modo ‘estrada’, sendo ideal para a condução em terra.
Aceleração
O usuário conta ainda com quatro diferentes mapas de aceleração, podendo, assim, selecionar a melhor configuração de acordo com suas preferências e condições climáticas. O modo ‘chuva’, por exemplo, reduz a resposta da aceleração para se adequar a situações onde há umidade e risco de derrapagem. Já o modo ‘esportivo’ proporciona uma resposta mais agressiva e rápida, sendo necessário um menor acionamento do acelerador. No modo ‘off-road’, a aceleração é otimizada para encarar trilhas e terrenos não pavimentados. O modo ‘estrada’ é a configuração padrão, oferecendo uma aceleração extremamente linear e suave para as condições do dia a dia.
As mudanças no modo de pilotagem são feitas com um simples apertar de botão, seguido do acionamento da embreagem. A ação configura automaticamente o sistema de freios ABS, o controle de tração e os mapas de aceleração, mesmo com a moto em movimento, garantindo uma melhor condução nas novas condições.
Outra inovação é a inclusão do controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático), sendo a primeira motocicleta da categoria equipada com este recurso. Indicada para as longas viagens, o sistema reduz o cansaço do piloto e melhora o consumo de combustível.
A Tiger 800 também vem equipada de série com computador de bordo e será oferecida nas cores branca, preta e azul. Há ainda uma grande variedade de pacotes de acessórios projetados especialmente para o modelo, com opções de esportivo, conforto e viagem.
Presente no Brasil há dois anos e meio, a Triumph registrou um crescimento de 86% em 2014, alcançando 4.560 unidades vendidas. A meta da empresa é chegar a 5 mil neste ano. Só a Tiger 800 representa 39% do volume negociado.
Curitiba
Atualmente, a marca premium possui 12 concessionárias no país, incluindo a capital paranaense. “Curitiba há alguns anos vem atravessando um momento muito positivo para motocicletas do segmento premium, como os modelos da Triumph. A cidade se destaca no cenário nacional em relação a modelos desse segmento, pois os consumidores são exigentes e procuram máxima qualidade”, destaca Luiz Raymundo, gerente da Triumph CWB.
Mesma potência com maior autonomia
Os modelos vêm equipados com a segunda geração do motor de três cilindros, com 800 cc, 95 cv e 8,06 kgfm de torque. É o mesmo desempenho da linha anterior, porém com melhor distribuição de força em baixos e médios regimes. Segundo a Triumph, a nova moto tem maior autonomia, com 17% a mais de eficiência no consumo de combustível em relação à anterior. Outra mudança está no câmbio, que passa a utilizar peças da Daytona 675. Com isso os engates das seis marchas ficaram mais suaves e precisos.
Sem modificações no chassi, a Tiger 800 na versão XRx traz a suspensão dianteira com tubos com diâmetro de 43 mm e garfo USD, agora em preto anodizado (mais resistente a atritos). A suspensão traseira possui um amortecedor único com ajuste de pré-carga, permitindo fácil adequação e flexibilidade para ajustar a configuração da suspensão às necessidades de cada viagem, seja um percurso solitário ou uma aventura com alguém na garupa.
A suspensão foi usada para uma melhor adesão ao ambiente off-road no modelo XCx. O garfo USD, também com diâmetro de 43 mm, com rebote e amortecimento de compressão, é facilmente ajustável através de dispositivos nas cabeças do garfo. A suspensão traseira possui um amortecedor único, ajustável para pré-carga e compressão de amortecimento.
A nova Tiger XRx vem com rodas de alumínio de 17” na traseira e 19” na dianteira. Já a XCx usa rodas de raios para uma maior durabilidade em terrenos hostis, com diâmetro de 17” na traseira e 21” na dianteira, uma medida especialmente direcionada para o uso off-road.
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