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Curitiba já pode ser considerada a capital dos carros exclusivos. Depois de receber a primeira Mercedes-Benz SLR McLaren do país, que desembarcou por aqui em fevereiro de 2006, agora é a vez de um Ford Mustang Shelby Cobra começar a ser visto pelas ruas.

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O modelo 2007 do lendário GT 500 chegou na última quinta-feira no Porto de Paranaguá, após 22 dias de viagem vindo de Miami (EUA). Trazido pela importadora Rimini Trading, o surpesportivo é o primeiro modelo e, por enquanto o único, a ser comercializado no país. Está avaliado em mais de R$ 400 mil. Segundo Alessandro Marchini, diretor da empresa, o Shelby Cobra não é uma raridade só por aqui como também no próprio mercado norte-americano. "A Ford produziu de 5 mil a 7 mil unidades desse Mustang, com as vendas já esgotadas", informa.

A reportagem da Gazeta do Povo foi conferir de perto o cupê envenenado, na cor preta, e entender porque ele se tornou um ícone da cultura automobilística. De cara, saltam aos olhos o logotipo com a cobra naja estilizada na grade dianteira e na lateral, além das duas salientes entradas de ar no capô, que realçam a sua vocação esportiva. Aliás, nada mais adequado para ajudar na refrigeração do poderoso motor V8 "big-block" (bloco grande), Supercharger, que desenvolve 500 cavalos com 62,3 kgfm de torque (força).

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Nunca o V8 de um Mustang produzido em série roncou tão forte – é a versão mais potente já feita pela Ford. Com 5.4 litros de cilindrada e 32 válvulas, traz um compressor volumétrico que funciona com até 8,5 libras por polegada quadrada de pressão, o que equivale a 0,6 bar. Os cilindros são de alumínio, assim como os anéis dos pistões. O câmbio é manual de seis marchas.

Ao relançar o modelo em 2005, a Ford resgatou a essência dos primeiros Mustangs sem perder o visual contemporâneo. Vários componentes do motor foram herdados do antigo GT 500, bem como a tampa de combustível cromada e o clássico aerofólio embutido na tampa do porta-malas. Projetado pelo piloto texano Carroll Shelby nos anos 60, o GT se tornou um símbolo de desempenho na história do "carro-pônei" (apelido dado aos esportivos compactos). Carroll também assina o projeto atual, em parceria com a SVT (Special Vehicle Team), divisão esportiva da Ford.

Para conter os ânimos do "mucle-car" (carros grandes e potentes) foram adotados sistemas de freios Brembo, compostos por discos ventilados com pinças de 4 pistões na dianteira e pinças de pistão único na traseira. As rodas de 18 polegadas vestem pneus radiais dianteiros 255/45 e traseiros de 285/40. Em nome da segurança, o "bólido" é equipado com controle de tração, ABS, além de air-bags dianteiros duplo estágio e laterais para motorista e carona.

Por dentro, o couro está por todo lado. Bancos, painel, laterais das portas e volante. O desenho do volante de três raios em conjunto com a instrumentação, cujo grafismo oferece iluminação de diferentes cores, valoriza o estilo retro-futurista. Alguns componentes em alumínio dão o toque de nostalgia, como os aros das saídas de ar e o topo da manopla da alavanca de câmbio. Chama a atenção a posição invertida entre o velocímetro, localizado à esquerda, e o conta-giros, à direita. Já o retrovisor interno possui uma bússola digital acoplada ao espelho.

Para personalizar ainda mais modelo, os encostos dos bancos trazem o logo da Cobra, também visível na capa do air-bag do volante. O sistema de áudio é o Shaker 1000, composto por CD/MP3 player, 10 alto-falantes (e mais 2 subwoofers) e rádio via satélite Sirius.

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Quem quiser apreciar com mais detalhes o imponente modelo, que inspirou filmes como "Bullit", estrelado por Steve McQueen, e "60 Segundos", com Nicolas Cage, basta ir na importadora Rimini Trading, que fica na Rua Capitão Souza Franco, 188, no Batel. Porém, Marchini avisa: "É provável que até o fim de semana ele não esteja mais em exposição". O diretor promete trazer um outro Mustang Shelby para o mês maio, só que na versão tradicional, na cor azul com faixas brancas.

Serviço: Rimini Trading. Fone: 3078-7787.