Enquanto os carros elétricos não se tornam uma tecnologia acessível à maior parte da população, alguns inventos surgem como alternativa para eliminar as emissões de gases poluentes e também melhorar o tráfego nos grandes centros urbanos. No Michelin Challenge Bibendum, fórum internacional com enfoque na mobilidade sustentável, realizado no Rio de Janeiro na semana passada, foi possível conferir alguns meios de transporte individual movidos a energia limpa para distâncias curtas e médias. O diferencial de todos eles é o fato de poderem ser carregados em uma tomada comum.
A grande atração foi a tradicional bicicleta. Várias delas cruzavam o Riocentro, local do evento, sem que seus condutores mexessem um músculo da perna. Era só acelerar e frear. A Electra Bike, comercializada por uma empresa de Duque de Caxias (RJ), não modifica as características da bicicleta. Pode ser utilizada de forma "flex": somente motor, somente pedal, ou ainda, motor e pedal simultaneamente. "Você economiza não pagando seguro obrigatório, IPVA, licenciamento e multas. Além disso, gera um custo de R$ 0,15 por quilômetro rodado", dizia o folheto promocional do produto.
O veículo custa R$ 1.800 e leva um passageiro a até 25 km/h, com autonomia de aproximadamente 50 km. Pode ser usado como transporte para o trabalho, a escola e o passeio. Leva seis horas para ser carregado. Se o consumidor já tem uma "magrela", a empresa instala apenas o sistema com bateria e motor. O custo, neste caso, cai para R$ 1.200.
Outra solução interessante é o Trikke, um tipo de triciclo no qual o passageiro vai em pé. A empresa deverá abrir uma fábrica em Manaus (AM) no semestre que vem para comercializar o produto, que custará entre R$ 4 mil e R$ 5 mil atualmente ele é vendido por representantes espalhados pelo país (confira os locais no site da empresa). Na verdade, o Trikke é mais voltado ao lazer, porém é possível alcançar 40 km/h com o "brinquedinho".
Made in Brasil
O Veículo Inteligente Livre de Combustível Orgânico, ou simplesmente Vilco Speedy, também divertiu o público presente no Challenge Bibendum. Ele é o primeiro veículo individual elétrico 100% projetado e fabricado no Brasil. Com dois motores, baterias seladas que geram 500 watts de potência, quatro rodas, freio a disco nas rodas traseiras e travamento eletrônico por chave ou cartão, esse meio de locomoção sai por R$ 6 mil e já é usado principalmente para ronda em shoppings, condomínios e estacionamentos.
A carga, que leva entre quatro e seis horas, garante uma autonomia de até 40 quilômetros em uma velocidade média de 20 km/h. Entre estes transportes individuais, é o que aguenta o maior peso: 150 quilos.
O Segway é muito parecido com o Vilco Speedy, pois também carrega um pessoa em pé, com os mesmos 20 km/h de velocidade média e 40 quilômetros de autonomia, mas o preço, no entanto, é de carro popular: R$ 28 mil. Vem equipado com duas rodas, e não quatro como o Speedy.
Segundo o fabricante, a tecnologia cuja aceleração varia conforme o movimento humano (para acelerar, basta inclinar o corpo para frente) é única no mundo. Além de seguir os movimentos do condutor por meio de um sensor de equilíbrio, o Segway possui uma "chave" que controla informações e velocidade do veículo. Há também uma configuração off-road na linha da empresa, cujo público principal é o mercado de segurança.
Serviço: Electra Bike (21) 2674-7021 (www.bicicletaeletrica.net.br). Trikke (19) 3578-9015 ou (11) 9406-9463 (www.trikke.com.br). Vilco (51) 3205-2555 (www.vilco.com.br). Segway Brasil (11) 3545-6246 (www.segwaybrasil.com.br).
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O jornalista viajou a convite da Michelin.
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