Dificuldades na partida, falhas na aceleração, aumento do consumo de combustível e perda de potência. Se o carro começa a apresentar um desses problemas, ou todos eles, é sinal de que o conjunto de velas do sistema de ignição precisa ser trocado. Ele é o responsável por produzir a faísca (ou centelha) necessária para a combustão da mistura ar/combustível que faz o motor funcionar.
Segundo o departamento técnico da Bosch, há vários fatores que contribuem para a deterioração do conjunto: filtros de ar e combustível sujos, motor em baixa rotação por tempo prolongado, ponto de ignição atrasado ou adiantado e válvulas injetoras defeituosas.
Porém, o maior de todos os inimigos são os combustíveis de má qualidade, que podem causar, entre outras coisas, o superaquecimento das velas e a carbonização dos eletrodos (responsáveis por gerar a faísca). "Na hora de abastecer, uma dica é procurar sempre os mesmos postos. Escolha os que tenham bom giro de carros e credibilidade", aconselha Roberto Ziwich, chefe de oficina da Copava, concessionária Volkswagen em Curitiba.
Os problemas decorrentes do combustível ruim podem ser solucionados com a remoção das incrustações que, geralmente, fecham o contato, impedindo o centelhamento. "Mas para isso o conjunto precisa estar em boas condições", diz Ziwich.
O recomendável é avaliar as velas a cada 20 mil quilômetros rodados, principalmente nos carros com motores a álcool ou flexíveis, já que o combustível vegetal é mais corrosivo que a gasolina. "Seja gasolina ou álcool, o ideal é substituir as velas a cada 30 mil quilômetros, pois a partir daí tendem a aparecer problemas como fuga de corrente e aumento de consumo", observa Robson Carvalho, eletricista da Florença Veículos, autorizada Fiat.
Ele pede um cuidado ainda maior com os motores movidos a gás natural veicular (GNV). "As velas devem ser trocadas entre 10 mil e 15 mil quilômetros rodados. Por ser mais seco, o GNV gera uma tensão maior para a queima do combustível", completa. O jogo de velas custa em média R$ 56.
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