Conseguir um bom desconto na hora de comprar o carro zero-quilômetro não é uma tarefa fácil para o consumidor. Exige muito paciência e jogo de cintura para negociar. Porém, há clientes que desfrutam de vantagens no preço sem a necessidade de ficar pechinchando com o vendedor. São setores específicos beneficiados pela venda direta, modalidade na qual a concessionária conduz o negócio mas a compra é feita na fábrica. Pode resultar em descontos, na maioria das vezes, superiores aos oferecidos pela loja autorizada. Entre os que têm direito a esse tipo de aquisição estão frotistas, donos de empresa em geral (inclusive pequenos e micro-empresários), auto-escolas, produtores rurais, prestadores de serviço, taxistas, portadores de deficiência físicas, entre outros.
De olho neste mercado, quase todas as concessionárias já têm um departamento específico nesta área. Na Volkswagen, por exemplo, 25% da produção é direcionada a frotistas, enquanto na Fiat essa modalidade representa de 30% a 35% do faturamento da marca.
Pela venda direta, a redução no preço final do veículo pode chegar a 20% em relação ao valor de tabela. "O desconto varia conforme o modelo do carro, opcionais e o tipo de segmento", explica Fabrizio Monich Marzall, gerente de Vendas Especiais da Copava. O porcentual é ainda maior para taxistas e portadores de deficiência física, que ganham isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Em alguns casos passa dos 30%.
Quando o modelo está prestes a mudar de versão, as fábricas costumam aumentar o desconto. A Ford, por exemplo, está praticando 9% no Focus 1.6 a nova geração do carro chega em setembro. "Antes não passava de 7%", frisa Ana Paula de Andrade, do setor de Vendas ao Governo e ao Frotista da Metropolitana, na capital. Segundo ela, a política se inverte quando se trata de um lançamento. "Neste caso, o percentual dificilmente é superior a 4%."
Acessórios
Na venda direta também existe a facilidade de configurar o carro de acordo com o interesse e a necessidade do consumidor. "Como o pedido é feito diretamente à fábrica, a inclusão de acessórios acaba saindo mais barata do que se fosse feita posteriormente, já na concessionária. Ou seja, é uma venda personalizada", diz Marzall, da Copava.
Há marcas que exigem a comprovação de uma frota mínima para usufruir das vantagens quando o cliente é frotista. Para pessoa jurídica de um modo geral, na maioria das vezes basta apenas apresentar o contrato social e a cópia do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). "Muitos micro e pequenos empresários desconhecem essa alternativa de compra e acabam adquirindo o veículo no varejo sem essas vantagens. Seja a padaria da esquina, a oficina mecânica ou o mercadinho do bairro, todos podem ter direito aos descontos", enfatiza Marzall. Existem ainda casos nos quais funcionários de empresas parceiras à determinadas marcas também figuram no grupo dos beneficiados.
Segundo informa o departamento de Vendas Direta da CCV, autorizada Chevrolet em Curitiba, o prazo de entrega do veículo está condicionado à demanda de fábrica, podendo variar de 10 a 120 dias. Se o carro que o consumidor quiser já estiver disponível no pátio, a entrega ocorre em poucos dias.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast