| Foto: Vespa Brasil/Divulgação

A Paggio do Brasil anunciou nesta segunda-feira (10) os preços das duas versões da Vespa que marcam o retorno oficial da famosa scooter ao Brasil após quase 30 anos.

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A partir desta terça-feira (11) as compras já podem ser feitas via site da Vespa Brasil para as configurações Primavera 125 cc, por R$ 22.890, e Primavera 150 cc Série Histórica, por R$ 27.930.

Aquisição pode ser feita com entrada de 30% do valor e o restante parcelado em até 36 meses. A empresa se encarrega de entregar a motoneta em qualquer lugar do país.

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A italiana Paggio, fabricante da Vespa, deixa claro que o objetivo é posicionar o modelo no segmento premium entre os scooters, como evidencia os preços divulgados. A tabela está acima até mesmo que as opções mais caras de modelos tradicionais no mercado brasileiro.

A Honda PCX 150, líder do setor, começa em R$ 10.300, e a rival Yamaha NMax 160 sai por R$ 11.690. Há ainda exemplares mais em conta, como o Honda Lead (R$ 7.290), Yamaha Neo (R$ 7.990) e Suzuki Burgman i (R$ 9.490).

Assim como a Vespa, a Dafra também segue em um visual retrô com o SYM Fiddle III, disponível por R$ 11.390. A marca comercializa ainda o Cityclass 200i (R$ 10.990).

Butiques

 
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A primeira versão disponível pela internet aos brasileiros é uma série especial da Primevera 150 cc, de 12,9 cv. Serão mil unidades ofertadas, com direito a logotipo exclusivo, placa numerada 0001 a 1000 com o nome do proprietário, e pintura alusiva à Itália na lateral.

No dia 22 de outubro o modelo então chegará às lojas, com a inauguração das duas primeiras concessionárias. Uma ficará no shopping JK, na Zona Sul de São Paulo, e a outra no shopping Iguatemi, em Campinas (SP).

A primeira loja de rua virá em novembro, também em São Paulo. Até o fim do ano serão oito pontos de venda; em 2017, subirá para 18, chegando a 40 em 2018. Curitiba é uma das praças que fazem parte do planos da empresa italiana para receber uma das lojas-conceito.

Trazida pelo grupo financeiro Asset Beccly, a marca desembarca com o intuito de abocanhar 10% do mercado de motos do país.

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Segundo Longino Morawski, executivo que passou anos à frente da Harley Davidson e foi escolhido para ser o presidente da Vespa no Brasil, a scooter italiana chega para ser uma “solução de mobilidade, fashion, autêntica e premium”.

“O potencial de vendas que vemos é para o consumidor que já anda de moto, mas também vislumbramos a criação de um mercado. Esse é o efeito Vespa”, disse Morawski, que também conta com um processo de “scooterização” do mercado de motos, que seria a substituição dos modelos street para as scooters.

A moto chega com a pompa italiana. O executivo diz que não haverá uma rede de concessionárias, mas “butiques”. Além da venda das Vespas, as lojas terão também café, lounge, wifi, produtos e acessórios para as motos. No lugar dos vendedores haverá consultores que também serão “profundos conhecedores do produto”.

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Também terá uma oficina dentro de cada butique, com um estoque de peças da marca. A intenção da empresa é abrir uma fábrica própria no Brasil em 2018. “Trazemos esse conceito porque, assim como não se toma um bom espumante em taça de plástico, não se vende Vespa em concessionária, brincou o executivo.

A Piaggio do Brasil estima emplacar perto de 2 mil unidades da Vespa até o fim deste ano. Em 2017, a entrega chegaria a 12 mil exemplares.

Em 2018, está prevista a construção de uma fábrica em Manaus, com capacidade de produção de 35 mil exemplares. De lá também sairiam outras marcas do grupo Piaggio, como Aprilia, Moto Guzzi e a própria Piaggio.

Outras versões

A versão 946 Armani, de estilo retrô, é alusiva aos 70 anos da Vespa e os 40 anos da famosa grife de roupas. 

A partir do próximo mês, a Vespa será oferecida em quatro versões, todas com motores de 4 tempos. A de entrada Primavera 125, que se destaca por fazer uma releitura do homônimo exemplar de 1968.

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O motor de 125 cc rende 10,7 cv, que possibilita atingir a velocidade máxima de 95 km/k. As rodas têm 11 polegadas.

Logo acima estará a Sprint 150, com a mesma mecânica da Primavera 150, porém com rodas aro 12 e visual próprio. Na sequência vem a GTS 300, a mais potente da linha (300 cc), que traz um único motor de refrigeração líquida capaz de gerar 22 cv, além do controle de tração.

Caberá à 946 Armani o papel de modelo imagem da marca. Trará detalhes retrô alusivos aos 70 anos de Vespa e aos 40 anos da famosa grife de roupas. A pintura em verde militar contrapõe ao assento marrom, destacando o veículo. Seu motor é o mesmo 125 do Primavera.

Toda a gama virá de série com injeção eletrônica, freios a disco com ABS e câmbio automático CVT.

Com exceção à 946 Emporio, nas demais configurações o cliente poderá escolher a cor da carroceria e do assento e também uma lista de acessórios, que inclui roupas e objetos da Vespa.

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Vespa Primavera
Vespa Primavera
Vespa Sprint
Vespa Sprint
Vespa 946 Emporio Armani
Vespa 946 Emporio Armani
Vespa GTS 300
Vespa GTS 300

Primeiro modelo produzido em 1946. 

Fenômeno mundial surgiu no pós-guerra

A scooter Vespa foi lançada em 1946, na cidade de Pontedera, na Itália, pelo empresário Enrico Piaggio. A ideia dele foi criar um meio de transporte fácil e barato de usar após a Segunda Guerra Mundial.

Ele encomendou o projeto ao engenheiro aeroespecial Corradino D’Ascanio, que revolucionou à época ao colocar o motor na roda traseira, eliminando a correia e óleo. Já para a roda dianteira, o profissional adotou um mecanismo articulado, tal qual um trem de pouso de um avião.

Reza a lenda que ao ver o protótipo Piaggio teria dito: “Bela, parece uma vespa“, referindo-se ao desenho da frente do veículo, com as guias do retrovisor formando duas antenas, similares do inseto.

Outra explicação para o nome estaria relacionado ao som vibrante do motor, que mais parecia a de uma vespa e teria encantando o empresário.

O modelo virou um fenômeno mundial, encantando várias gerações. São mais de 15 milhões de exemplares vendidos.

A Vespa já foi negociada no Brasil nos anos 80, por meio de uma parceria da Piaggio com a fabricante de bicicletas Caloi.