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Outros dois "velhinhos" fazem sucesso no mercado nacional, mas já passaram por várias mudanças estéticas e mecânicas.

Gol

Lançado em 1980, é considerado o maior sucesso da indústria automobilística no Brasil, sendo líder de vendas por 20 anos consecutivos. Atualmente está na quinta geração. Com a versão GTi, em 1989, inaugurou a era da injeção eletrônica no país. É o primeiro carro brasileiro a ultrapassar a marca de 5 milhões de unidades produzidas. Só este ano, já vendeu 197.071 unidades.

Palio

A primeira geração do Palio chegou ao Brasil em 1996. Foi o primeiro carro da categoria produzido por aqui que podia trazer bolsas infláveis frontais. O motor 1.0 responde até hoje pela maior parte de suas vendas. O hatch da Fiat está em sua quarta geração, lançada em fevereiro do ano, e é o segundo carro mais vendido no Brasil, alcançando 148.713 de emplacamentos este ano.

  • Fiat Uno/Mille - Lançamento: junho de 1984. Vendas de janeiro a agosto de 2008: 93.110 unidades. Participação no segmento
  • Chevrolet Classic - Lançamento: novembro de 1995. Vendas de janeiro a agosto de 2008: 74.900 unidades. Participação no segmento
  • Ford Courier - Lançamento: setembro de 1997. Vendas de janeiro a agosto de 2008: 6.011. Participação no segmento

O recente lançamento da linha 2009 do Fiat Mille mostra que alguns modelos são capazes de se adaptar e sobreviver ao concorrido mercado automotivo. O veterano Uno, com seus 24 anos de vida, vem agora com o econômetro, uma espécie de contagiros que ajuda o motorista a controlar o consumo de combustível. O sistema já garante um fôlego extra na produção do hatch popular.

A Kombi é outro exemplo de sobrevida. Lá se vão 52 anos desde a primeira unidade fabricada no Brasil. Em 2005, ela aderiu à tecnologia flexível de combustível, expediente também utilizado pela picape Ford Courier, que roda há 11 anos no país. O sedã Chevrolet Corsa Classic completa esse time de "heróis da resistência". Desde 1995, ele é um sucesso de vendas sem a necessidade de recorrer à alterações significativas.

Com projetos antigos e visuais ultrapassados, os quatro modelos ainda estão na ativa por uma combinação de fatores. São produtos que há muito tempo já se pagaram e, por isso, bem lucrativos para os seus fabricantes. Além disso, vendem bem, o que significa que não devem sair de linha tão cedo. "Quem comanda é o mercado. Enquanto tiverem aceitação, continuarão a ser produzidos", justifica Fabrizio Monich Marzall, gerente de Vendas Especiais da Copava, concessionária VW em Curitiba. Ele explica que o formato mais simples dos carros propicia preço baixo e manutenção e seguro baratos, conquistando assim muitos consumidores. Soma-se a isso o forte apelo junto aos frotistas. Esse grupo, por exemplo, consome cerca de 80% da produção do modelo da Fiat.

Ao equipar o Mille com o econômetro, a marca apenas incorporou "algo a mais" ao sucessor do Fiat 147, lançado em 1984 e que até hoje utiliza a mesma plataforma. Se atualmente ele tem que se adaptar ao meio, em outros tempos o Uno foi inovador. Em 1990, por exemplo, consagrou-se como o pioneiro na onda dos motores 1.0 no Brasil.

Desde seu lançamento, foram comercializadas quase 2,5 milhões de unidade. E se mantém bem no ranking de vendas: é o quarto colocado, atrás apenas do VW Gol e Fiat Palio, também veteranos, mas com diversas gerações e reestilizações no currículo, e do Chevrolet Celta (com oito anos de mercado).

A Courier é a caçula do "quarteto" e também a lanterna em vendas. Em pouco mais de uma década de existência, a picape leve ganhou um ligeira reestilização frontal , teve a suspensão traseira revisada e, no ano passado, o motor virou bicombustível e foi recalibrado para ganhar mais potência. "Nosso foco é o cliente que está mais preocupado com o trabalho. Aquele que possui um pequeno negócio, além de frotista e serviços públicos", destaca Wilson Vasconcellos Filho, gerente de picapes da Ford.

O Corsa Classic surgiu há 13 anos, mas só recebeu este nome em 2002, com a chegada da nova geração do Corsa Sedan. O veículo passou a ser o novo três volumes de entrada da marca e o responsável por estrear o motor 1.0 VHC, que mais tarde equiparia as linhas Celta e Corsa. Visualmente é quase o mesmo desde o lançamento e só entrou na "era" flexível em 2006. Ele ocupa o posto de sedã compacto mais vendido do Brasil e fica em segundo lugar na gama Chevrolet, atrás do Celta. "O modelo se manteve por causa da relação custo-benefício. Tem um porta-malas grande, é econômico, confortável, além de muito espaçoso", ressalta Paulo Henrique de Jesus, assistente de Marketing da Metrosul, autorizada GM em Curitiba.

A Kombi, por sua vez, caminha sozinha no mercado em sua categoria (furgão). É o único utilitário do país a carregar até 1 tonelada por R$ 41 mil (R$ 33 mil para frotista). "A demanda da Kombi é maior que a oferta, por isso não existe unidade para a pronta entrega", destaca Marzall, da Copava. Nos anos 90, algumas marcas asiáticas tentaram arriscar no segmento, como a Asia Motors, com a Topic; a Kia, com a Besta; e a Hyundai, com a H100. Abocanharam uma fatia do mercado, mas não chegaram a ameaçar a "velha senhora". Ao logo do tempo a Kombi recebeu retoques visuais leves e, há três anos, propulsor 1.4 flexível. De resto, conserva as linhas originais. É o veículo mais antigo em produção no mercado brasileiro.

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