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| Letícia AkemiGazeta do Povo
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O estilo hot rod é um dos mais apreciados em eventos de carros. Os exemplares chamam a atenção pelo visual exótico e motores possantes. E Curitiba virou a cidade referência no país na preservação da cultura e, principalmente, na fabricação de projetos de alto nível.

Uma ideia colocada em prática durante o MS Trade Show, ocorrido no início de agosto na capital paranaense, reforçou ainda mais essa imagem. A “Missão Hot Rod” foi uma das principais atrações do evento, que é considerado o maior parque de diversões a motor do Brasil.

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Simplesmente um hot rod nasceu “do zero” durante os três dias de MS Trade Show. A montagem e customização do Ford Tudor 1930 consumiu 36 horas de trabalho, envolvendo 18 profissionais e dez empresas da área de fabricação automotiva e especializadas no gênero ‘biela quente’ - uma tradução livre para o estilo que nasceu nos EUA na década de 1950 e chegou a Curitiba no início de 1970.

Construção de um hot rod modelo Ford Tudor 1930 ao vivo no Motor Show 2018. Foto: Letícia Akemi/ Gazeta do Povo
Construção de um hot rod modelo Ford Tudor 1930 ao vivo no Motor Show 2018. Foto: Letícia Akemi/ Gazeta do Povo

A equipe da Gazeta do Povo acompanhou todo o processo e resumiu em um vídeo o trabalho que culminou com a missão cumprida.

“No Brasil, eu não tenho conhecimento de nada que tenha chegado próximo aos três dias para a fabricação. O Leandro Bochesko (mecânico e expert em hot) fez um em 29 dias para levar a Águas de Lindóia (exposição de veículos antigos que ocorre no interior de São Paulo)”, salienta Evandro Rui Fernandes, responsável pelo planejamento e logística do projeto. Aliás, Bochesko integrou a equipe ‘Missão Hot Rod”.

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Segundo Evandro, a construção de um veículo no mesmo estágio atingido pelo Tudor 1930 levaria no mínimo seis meses, na média de mercado. Isso considerando a participação de empresas terceirizadas na área de elétrica, de acabamento interior, de pintura e até mesmo de retífica de motor.

Já o custo pode chegar a R$ 80 mil, levando em conta o nível da pintura, tipo de suspensão e a utilização de um propulsor com oito cilindros.

Alguns dos profissionais envolvidos no ‘Missão Hot Rod’.
Fabiano Guma

Por falar em motor, foi empregado um small block V8 da Chevrolet, de 283 m³ e 4.6 litros, com potência aproximada de 200 cv e 40,0 kgfm de troque. É o mesmo usado na década de 1960 por ImpalaCorvette. Já o câmbio de três marcas veio emprestado do clássico Opala.

O veículo ainda precisa ser finalizado, com a adição de uma série de itens de segurança exigidos por lei para que possa transitar por vias públicas, como para-choques, sinaleiras, para-sol, entre outros.

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A regularização do carro acontece numa segunda etapa e assim possa atender às exigências para que a documentação seja emitida como fabricação artesanal.

Evandro adianta que hot rod é de propriedade do grupo e será compartilhado entre as oficinas envolvidas para ações de divulgação e promoção dos serviços oferecidos por elas.

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